Se você pensava que muitos músicos amadores se empenham para adquirir habilidades na guitarra para impressionar as mulheres pode estar redondamente enganado.
Uma pesquisa publicada pela revista Evolutionary Behavioral Sciences (via Lambgoat) investigou as motivações por trás da dedicação de tempo de homens héteros para dominar técnicas complexas de guitarra no Metal extremo e chegou à conclusão de que eles o fazem simplesmente pela competição masculina.
Intitulado “Habilidade extrema na guitarra de metal: um caso de busca de status entre homens, atração de companheira ou subproduto?”, o estudo foi conduzido por Tara DeLecce e seus colegas Farid Pazhoohi, Anna Szala e Todd K. Shackelford, envolvendo 328 participantes de forma remota.
Após uma triagem, 44 guitarristas heterossexuais do sexo masculino e fãs de Metal foram escolhidos para participar nas etapas seguintes da pesquisa, que explorou vários aspectos de suas vidas, hábitos e preferências para tocar guitarra.
No geral, o estudo sugeriu que tocar guitarra com virtuosismo tem mais a ver com o homem afirmar o domínio e ganhar status diante de outros homens, e menos com o desejo de conquistar pessoas do sexo feminino.
Líder do estudo, Tara foi taxativa para apontar as intenções dos homens ao iniciar suas incursões na arte de aprender riffs e tocar a guitarra com técnica apurada (via Lambgoat):
Homens heterossexuais que tocam guitarra de metal extremo não parecem fazer isso para atrair mulheres, como se suspeita sobre músicos de outros gêneros. Em vez disso, parece que estão tentando impressionar e/ou intimidar outros homens heterossexuais com suas habilidades.
Fez sentido por aí?
Estudo investigou por que os homens buscam tocar guitarra melhor
Os participantes da pesquisa foram convidados a avaliar seus gostos por uma música tradicional de Heavy Metal, no caso “Iron Man”, do Black Sabbath, e uma canção de metal extremo mais técnico, no caso “Shards of Scorched Earth, do Rings of Saturn.
O método permitiu aos pesquisadores avaliar o estilo de Metal que eles preferiam e potencialmente tocavam. Em entrevista, Tara explicou o que a levou a conduzir a experiência:
Sempre me interessei pelas perspectivas evolutivas da música. No entanto, as tendências dentro do metal, e especialmente o gênero de metal extremo com habilidades de guitarra basicamente de nível virtuoso, entram em conflito com esta hipótese. Aqueles que gostam de metal extremo e aqueles que o produzem são estatisticamente mais propensos a serem homens. Estas dinâmicas não parecem ser úteis para fins relacionados com o acasalamento heterossexual. Portanto, eu queria explorar a possibilidade de uma função adaptativa do metal extremo e explicar o grande investimento no aprendizado de habilidades técnicas e complexas de guitarra neste gênero. Ah, e um pouco disso é porque eu também sou uma grande fã de metal extremo e costumava tocar guitarra em bandas de metal.
Se isso for verdade, imagina quanto o Dragonforce impressionou de homens esses anos todos, hein?
LEIA TAMBÉM: Pesquisa revela que o Brasil está entre países que mais consomem música no mundo