Quando uma banda é tão experimental como o Radiohead e muda sua sonoridade a cada disco, é natural que isso gere resistências pra quem nunca ouviu. Mesmo entre os fãs, algumas faixas funcionam melhor do que outras.
Com nove excelentes discos lançados, o grupo de Thom Yorke tem várias músicas que passam de 300 e 400 milhões de plays no streaming, além do mega-hit “Creep” já ter chegado a 1,5 bilhão de reproduções.
Mas algumas canções não passam de “apenas” 20 ou 30 milhões, seja por estarem em discos “esnobados” como Hail to the Thief (2003) e The King of Limbs (2011), ou por passarem batidas em álbuns repletos de hits, como The Bends (1995) e OK Computer (1997).
Confira abaixo a nossa seleção de músicas do Radiohead que merecem uma segunda audição, especialmente com as belas versões ao vivo que escolhemos!
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As 10 músicas mais subestimadas do Radiohead
“The Bends” – The Bends (1995)
A faixa-título do segundo disco do Radiohead tem um refrão icônico, e que dá o tom de todo o álbum. Mesmo assim, ela ficou escondida atrás de faixas que tem 7x ou 9x mais plays, como “High and Dry” e “Fake Plastic Trees”.
“Electioneering” – OK Computer (1997)
Este álbum é considerado a obra-prima da banda, e um dos maiores do Rock em todos os tempos, mas ele não é um sucesso do início ao fim. A eletrizante “Electioneering” é uma das quatro do disco que têm menos de 50 milhões de plays, mas vale a sua atenção.
“The National Anthem” – Kid A (2000)
O quarto disco do Radiohead gerou muitas críticas pela quebra radical com a sonoridade de OK Computer. Apenas a primeira faixa “Everything In Its Right Place” tem bons números nos streamings, mas mais adiante há pérolas como a orquestrada “The National Anthem”, que acabou virando um clássico entre os fãs mais fervorosos da banda.
“You and Whose Army?” – Amnesiac (2001)
O início dos anos 2000 foi complicado para o Radiohead, que conquistou a cena mais cult mas não conseguiu emplacar grandes sucessos com uma dobradinha de discos mais conceituais. Nesse sentido, você precisa dar uma chance para a balada “You and Whose Army?”, que ganha muito ao vivo.
“Pyramid Song” – Amnesiac (2001)
Esta não chega a ser exatamente uma “esnobada”, sendo a música mais famosa do Amnesiac com 71 milhões de plays. Acontece que ela é tão bonita, tão complexa e cria uma atmosfera tão única, que a gente acha que deveria estar lá em cima entre as mais executadas!
“Where I End and You Begin” – Hail to the Thief (2003)
Exceção feita aos hits “There, There” e “2 + 2 = 5”, Hail to the Thief é de longe o álbum menos popular da banda nos streamings. Mais de 20 anos depois do lançamento, verdadeiras pedradas como “Where I End and You Begin” somam menos de 30 milhões de reproduções.
“Myxomatosis” – Hail to the Thief (2003)
Toda construída em cima de um riff quase dissonante e com uma letra que fala sobre uma doença comum em coelhos, pode parecer compreensível que “Myxomatosis” não esteja entre as mais populares. Mas é outra música que ganhou uma nova vida nos shows da banda.
“Bloom” – The King of Limbs (2011)
Não é nada comum que a faixa de abertura de um disco esteja entre as menos tocadas. Mas foi isso que aconteceu com a viajante “Bloom”, guiada por um estranho e divertido ritmo de percussão tocado pelo guitarrista Jonny Greenwood, que ganhou uma versão pra lá de emblemática no ótimo ao vivo From the Basement.
“Separator” – The King of Limbs (2011)
Outro disco que não está entre os favoritos dos fãs, The King of Limbs até produziu hits como “Lotus Flower” e “Codex”, mas a linda faixa de encerramento “Separator” não merecia ter apenas 17 milhões de plays.
“Staircase” – The King of Limbs: Live From the Basement (2011)
Já deu pra ver que a sessão de The King of Limbs gravada ao vivo From the Basement rendeu muita coisa boa pro Radiohead, né? Além das duas músicas acima, que estiveram no disco de estúdio e merecem ser reouvidas, outro bom destaque é “Staircase”, que ficou fora do álbum mas vai te envolver completamente em sua versão ao vivo.
“The Numbers” – A Moon Shaped Pool (2016)
Já faz oito anos que o Readiohead lançou seu último disco, que fez bastante sucesso com músicas como “Burn the Witch” e “True Love Waits”. Enquanto a gente espera, resta ouvir esse álbum completinho, incluindo a poética “The Numbers”, que infelizmente tem “só” 21 milhões de execuções.