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Pearl Jam: um ranking do pior ao melhor disco

O Pearl Jam está prestes a lançar seu novo álbum e nós analisamos toda a discografia dessas lendas do Rock para criar um ranking do pior ao melhor!

Pearl Jam com Dave Krusen

Retomando a produtividade das primeiras décadas de carreira, o Pearl Jam vem aí com seu 12º álbum chamado Dark Matter. Ele chegará em abril, apenas quatro anos depois de Gigaton (2020).

Se a última adição à brilhante discografia da banda decepcionou, o novo trabalho empolgou os fãs com a faixa-título lançada nesta terça-feira (13). E as expectativas só aumentaram com o próprio Eddie Vedder dizendo que será simplesmente o melhor disco do grupo.

Acontece que a missão não é nada simples, já que essas lendas do Grunge têm obras-primas em seu catálogo desde os anos 1990 com Ten e Vs., passando por Backspacer e Pearl Jam nos anos 2000, até se reinventar mais uma vez com Lightning Bolt em 2013.

Pensando nisso, o TMDQA! rankeou todos os 11 discos do PJ até aqui, do pior ao melhor, pra gente tentar entender onde Dark Matter pode se encaixar nessa lista! Confira abaixo e pode contar nas nossas redes (Twitter/Instagram) quais posições você mudaria.

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Binaural (2000)

O primeiro álbum do Pearl Jam no século 21 também foi o primeiro com Matt Cameron na bateria, após Jack Irons sair por não querer mais fazer turnês extensas. Outra mudança foi na produção, trazendo Tchad Blake no lugar de Brendan O’Brien, que trabalhava com a banda desde 1993.

Acontece que O’Brien foi chamado mais tarde para remixar várias faixas, mostrando que nem o grupo estava satisfeito com o novo rumo que havia tomado. A temática das letras também é mais sombria que o comum, inclusive a dos sucessos “Nothing as It Seems” e “Light Years”.

Gigaton (2020)

Em 2018, Eddie Vedder e companhia animaram os fãs com o lançamento do single “Can’t Deny Me” e o anúncio de uma turnê mundial, que inclusive passou pelo Brasil no Lollapalooza.

Um álbum cheio foi prometido para 27 de março de 2020… essa data te lembra alguma coisa? Pois é, Gigaton saiu exatamente quando o mundo estava parando por conta da COVID-19, e a banda só conseguiu realizar os shows cancelados em 2022.

Sem a turnê de divulgação – e músicas que, convenhamos, não são muito memoráveis – o disco praticamente caiu no esquecimento. Os destaques ficam para “Dance of the Clairvoyants” e “Superblood Wolfmoon”.

No Code (1996)

Outro disco que quase não teve turnê de apoio foi o quarto do Pearl Jam, em 1996. Naquela época, a banda se recusava a fazer shows em locais envolvidos com a Ticketmaster, empresa que acusava na Justiça por cobranças indevidas no valor dos ingressos.

No Code marcou a primeira vez que o grupo buscou romper com a sonoridade que tinha desde o primeiro disco, e as letras falam justamente sobre amadurecimento. Ele tem boas músicas como “Hail, Hail” e “Who You Are”, mas faltam grandes hits.

Riot Act (2002)

Este é um dos discos mais intensos da banda de Eddie Vedder, porque foi lançado dois anos depois da tragédia de Roskilde, quando nove fãs do PJ morreram pisoteados durante um show. Na ocasião, o grupo cancelou o restante da turnê e cogitou encerrar a carreira.

Mas eles ressignificaram o episódio com músicas belíssimas como “Arc” e “Save You” e outras canções mais experimentais e voltadas para o Folk como “Love Boat Captain”, além da presença de um mega-hit com a incrível “I Am Mine”.

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Yield (1998)

Enquanto manteve as letras mais contemplativas de No Code, o Pearl Jam voltou para sua sonoridade mais pesada com o disco que saiu dois anos depois. Yield é considerado um álbum mais colaborativo e tem músicas escritas por todos os integrantes.

Além dos belos singles “Given to Fly” e “Wishlist”, o trabalho traz a pedrada “Do the Evolution”, que ganhou um raro videoclipe criado pelo lendário ilustrador Todd McFarlane – o primeiro vídeo do PJ em seis anos. Um clássico!

Pearl Jam (2006)

Foi a primeira vez desde o início da carreira que o Pearl Jam ficou quatro anos sem lançar um disco, e eles voltaram simplesmente com um álbum autointitulado que fala diretamente sobre a guerra no Iraque e outros problemas da política dos EUA.

Na época, o baixista Jeff Ament disse que o trabalho tem um “sentimento de urgência” e foi gravado em poucos takes.

Além dos belos singles “World Wide Suicide” e “Life Wasted”, o miolo do disco tem excelentes faixas como “Parachutes”, “Severed Hand” e “Come Back”, que virou um clássico entre os fãs mais fervorosos.

Backspacer (2009)

Para o nono álbum da carreira, os gigantes do Grunge voltaram a trabalhar com o produtor Brendan O’Brien e voltaram a experimentar vertentes como a New Wave. O resultado foi o primeiro disco da banda desde No Code, 12 anos antes, a estrear como nº 1 nas paradas americanas.

Músicas como “Just Breathe”, “The Fixer” e “Unthought Known” mostram um lado mais otimista nas composições, e Eddie Vedder atribuiu isso ao fato de Barack Obama ter sido eleito presidente dos EUA.

O disco ainda traz um dos melhores solos de guitarra de Mike McCready, em “Amongst the Waves”.

Vitalogy (1994)

Daqui em diante, a posição dos álbuns neste ranking depende muito dos gostos e da relação pessoal de cada fã. Mas os conflitos internos do grupo na época de Vitalogy, o terceiro do Pearl Jam, podem ter impedido que o álbum fosse ainda mais relevante.

A banda estava no auge da batalha com a Ticketmaster nessa época, e o baterista Dave Abbruzzese foi demitido logo após as gravações do terceiro disco por não concordar com o boicote, que também significava poucos shows – e pouca remuneração.

Ainda assim, eles entregaram pedradas como “Spin the Black Circle”, “Not for You” e “Corduroy”, além da balada Better Man”, uma das primeiras músicas que Vedder escreveu na vida, quando estava no ensino médio.

Lightning Bolt (2013)

https://www.youtube.com/watch?v=4jZBwyG7HPs

O único “infiltrado” entre os álbuns mais antigos do PJ neste topo do ranking é Lightning Bolt, o décimo da carreira, primeiro e único nos anos 2010. O disco demorou pra sair porque todos os integrantes estavam dedicados a projetos paralelos, mas toda a espera valeu a pena.

A banda decidiu falar sobre envelhecimento e mortalidade nas letras, e o som une a experimentação de Backspacer e o melhor do Grunge clássico de 20 anos antes.

No quesito influências, “Mind Your Manners” foi abertamente inspirada em Dead Kennedys, “Yellow Moon” em Neil Young e a lindíssima “Sirens” em Pink Floyd. Uma receita infalível que faz o álbum ser bom do início ao fim.

Vs. (1993)

O Pearl Jam teve e ainda tem uma carreira incrível, se manteve relevante pelos últimos 34 anos e é hoje uma das maiores bandas do planeta. Mas não tem como fugir: os dois melhores discos são os dois primeiros.

Se Ten é um dos melhores álbuns de estreia de todos os tempos, Vs. também pode ser considerado um dos maiores “segundos atos” do Rock.

Como forma de conter a pressão, o grupo decidiu dar poucas entrevistas de divulgação, quase não apareceu na TV e não produziu nenhum videoclipe, algo que eles sempre consideraram que “rouba” a atenção da música.

Em contrapartida, Eddie Vedder e companhia apostaram em faixas ainda mais pesadas como “Go”, “Animal” e “Rearviewmirror”, mesclando com as lindíssimas “Daughter”, “Dissident” e “Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town”. Foi mais uma obra-prima e que manteve a banda no topo do mundo.

Ten (1991)

Este ranking termina onde começa a história do Pearl Jam, quando Eddie Vedder saiu da Califórnia para complementar perfeitamente as músicas que Stone Gossard e Jeff Ament haviam feito na época do Mother Love Bone, que perderia tragicamente o vocalista Andrew Wood em 1990.

Quando Chris Cornell aproximou toda essa galera através do Temple of the Dog, a magia estava feita e o Pearl Jam entrava para o panteão do Grunge ao lado do Soundgarden, Nirvana e Alice in Chains – banda com a qual o PJ fez os primeiros shows da carreira.

Ten é um daqueles discos sem defeitos, com seus 53 minutos todos compostos por clássicos. Desde a abertura com “Once” até o encerramento em “Release”, passando por “Black”, “Even Flow”, “Jeremy”, “Alive”“Oceans” e mais, o álbum conta a história do Rock naquele momento.

Como resultado, acabou transformando o Rock para sempre!