No mês passado, o Green Day lançou seu aguardado 14º álbum de estúdio, Saviors, que apresenta uma mudança notável na abordagem de guitarra do vocalista Billie Joe Armstrong.
Em entrevista à Guitar World, o cantor explicou por que o grupo retornou com solos mais pesados na guitarra em seu novo trabalho de estúdio, citando ainda os saudosos músicos James Honeyman-Scott e Mick Ronson:
Eu meio que coloquei meu chapéu de ‘deus do rock’ e comecei a fazer bastantes solos. Na verdade, acho que solei mais nesse álbum do que em qualquer outro que já fizemos. E não tipo ‘fritando’, mas mais como, sabe, eu amo [o falecido guitarrista do Pretenders] James Honeyman-Scott e [o falecido guitarrista de David Bowie e Ian Hunter] Mick Ronson e caras como eles, que tocam aqueles solos realmente melódicos, que se encaixam na melodia e no que a música pede.
Em outro trecho da conversa, Armstrong também falou sobre suas influências ainda na infância, destacando sua admiração por Eddie Van Hallen, Angus Young e Randy Rhoads e o que o fez se afastar desse estilo ainda na adolescência:
Quando eu era criança, adorava Eddie Van Halen, Angus Young e Randy Rhoads. E então aconteceu algo que parecia que você tinha que estar nas Olimpíadas da guitarra. Se você quisesse tocar, tinha que ser tão bom quanto aqueles caras e ser capaz de tocar tão rápido quanto Yngwie Malmsteen. E eu pensei, ‘Cara, então vou acabar sentado no meu quarto pelo resto da minha vida. Eu nunca estarei em uma banda, nunca!’
Foi quando meus gostos começaram a mudar e comecei a me interessar mais pela música punk e alternativa, onde se tratava mais de tocar a base. Mas também era sobre ótimos timbres de guitarra e ótimos solos, mas não como aquela coisa do heavy metal, que começou a virar uma espécie de paródia. Então, o que aconteceu foi que eu me tornei um guitarrista anti-solo, especialmente para ‘Dookie’.
Ao final da matéria, você pode ouvir a faixa-título de Saviors e conferir um exemplo de tudo que Billie Joe está dizendo – o solo está por volta da marca de 1 minuto e 58 segundos da música!
Billie Joe Armstrong fala sobre tocar sem álcool
Recentemente, Billie Joe revelou que ficou sóbrio por cinco anos antes de fazer o novo álbum e, por um momento, achou que poderia voltar a beber socialmente, mas não demorou para ele perder o controle.
Vale ressaltar que o baixista Mike Dirnt e o baterista Tré Cool concordaram com a colocação, mostrando que a bebedeira era uma constante entre o Green Day, como te contamos aqui.