Um dos vocalistas mais icônicos da história do Rock, Bon Scott viveu e morreu de forma lendária. O líder do AC/DC entre 1974 e 1980 era considerado um boêmio, e esse estilo de vida fez com que – até hoje – seu falecimento seja cercado de mistérios.
Uma reportagem da revista americana Classic Rock, publicada originalmente em 2005 e recuperada esta semana, mergulhou nesse caso e ouviu vários personagens que estiveram com Scott nas horas e dias anteriores à sua morte.
O vocalista nos deixou no dia 19 de fevereiro de 1980, aos 33 anos. Ele foi encontrado dentro de um carro no sul de Londres, onde morava, e a causa foi registrada pelo King’s College Hospital como “intoxicação aguda por álcool”, sem a presença de outras drogas.
Na noite anterior, Bon Scott convidou sua ex-namorada Silver Smith para sair. Ela era uma traficante de heroína conhecida na cena do Rock londrino e estava ocupada, e por isso sugeriu que ele saísse com Alistair Kinnear, um amigo em comum.
Eles foram até um bar chamado Music Machine e, segundo relatos de Kinnear, Scott exagerou demais na bebida e sequer conseguiu sair do carro na volta para a casa do amigo. Por isso, Alistair deixou o cantor dormindo no veículo, mas ele nunca mais acordou:
Eu simplesmente não conseguia tirá-lo do lugar, então o cobri com um lençol e deixei um bilhete dizendo para ele subir para o apartamento quando acordasse. Então eu fui dormir, e só na noite seguinte voltei para conferir o carro, e percebi imediatamente que algo estava errado.
Os mistérios envolvendo a morte de Bon Scott, do AC/DC
Acontece que o escritor Jesse Fink contestou essa versão no livro Bon: The Last Highway, publicado em 2017. Na obra, o falecido guitarrista da banda inglesa UFO, Paul Chapman, alega que Scott estava em sua casa antes de ir para o bar, e saiu de lá dizendo que iria comprar heroína.
Chapman disse que a notícia da morte do vocalista do AC/DC já circulava na manhã do dia 19, e não à noite como Alistair Kinnear havia testemunhado. Vale destacar que Kinnear desapareceu em 2006, durante um passeio de barco, e nunca mais foi encontrado.
Jesse Fink ainda apurou que havia mais pessoas no Music Machine com Scott e Kinnear – o músico Peter Perrett, da banda Only Ones, e sua namorada -, e que todos teriam usado heroína. Para o autor do livro, Bon Scott morreu de overdose dessa droga, e não intoxicação alcoóloca.
Paul Chapman também já faleceu, e nunca ficou claro quem realmente encontrou o corpo do ex-líder do AC/DC ou qual foi a verdadeira causa da morte. Você pode ler a reportagem completa da Classic Rock, em inglês, clicando aqui.
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