Responsável por apresentar o Rock e o Metal para muita gente, o Linkin Park é sem dúvidas uma das bandas mais importantes do gênero — e segue carregando esse título mesmo alguns anos após o seu trágico fim com o falecimento mais do que inesperado de Chester Bennington.
De todo jeito, o legado continua extremamente vivo e o grupo nos deixou com sete álbuns incríveis que retratam toda essa trajetória, que começou nos anos 2000 e foi ganhando novos tons a cada lançamento. Analisar essa discografia é uma verdadeira viagem no tempo, e é claro que a saudade aperta quando ouvimos a voz de Chester.
Ainda assim, resolvemos assumir por aqui a missão de tentar montar um ranking desses discos da forma mais objetiva possível, levando em conta não apenas fatores técnicos mas também a importância e o sucesso de cada trabalho do Linkin Park. Vem com a gente!
7. LIVING THINGS (2012)
Pra começar essa lista, vale destacarmos que falar em “pior disco” do Linkin Park é algo quase absurdo. A banda simplesmente não tem nenhum álbum ruim, mas é notável que LIVING THINGS seja considerado por muitos como o momento menos genial da banda.
Apesar de ter alguns sucessos bem legais como “BURN IT DOWN” e “CASTLE OF GLASS”, o trabalho de 2012 parece ter tentado resgatar a sonoridade dos primeiros álbuns sem a mesma verdade de antes, o que passou a impressão de uma banda sem muitas ideias novas, que tentava se reciclar ao invés de achar seu novo caminho como fez em obras subsequentes.
6. One More Light (2017)
Exatamente como falamos acima, One More Light é o reflexo da trajetória natural do Linkin Park. Notável por ter sido o último trabalho do grupo (ao menos com Chester vivo), o disco de 2017 aborda temas sensíveis de uma forma franca como nunca havia feito antes. Para isso, escolheu o acompanhamento instrumental que fazia sentido.
É difícil entrar no mérito de quanto o Pop Rock/Rock Eletrônico feito pelos caras aqui ficou realmente bom, mas é fato que canções como “Heavy”, “One More Light”, “Talking to Myself” e “Sharp Edges” eram inimagináveis no início da banda — o que não é de forma alguma uma crítica e sim um atestado à honestidade do trabalho.
5. Minutes to Midnight (2007)
Sem dúvidas o trabalho mais radiofônico da banda, Minutes to Midnight foi, de certa forma, o Linkin Park em seu auge. É estranho vê-lo tão baixo nessa lista, a gente sabe — mas com exceção de “What I’ve Done”, “Given Up” e talvez “Leave Out All the Rest” e “Bleed It Out”, o álbum de 2007 não envelheceu tão bem quanto seus predecessores e até alguns de seus sucessores.
Ainda que tenha representado um passo enorme ao mainstream e aberto as portas do Rock para inúmeras pessoas, Minutes to Midnight parece se alternar entre momentos que ficam eternizados na história e outros um pouco mais esquecíveis. Naturalmente, isso está longe de ser ruim, mas em uma discografia como a do LP, o quinto lugar está de bom tamanho.
4. A Thousand Suns (2010)
Ah, o polêmico A Thousand Suns! Um verdadeiro divisor de águas na carreira da banda e também na opinião dos fãs, o trabalho de 2010 é sem dúvidas o mais experimental da carreira do Linkin Park e deixa isso claro logo de cara por ter 15 músicas, com diversos interlúdios e uma pegada muito mais eletrônica.
Listas estão sempre sujeitas a subjetividade e, por aqui, A Thousand Suns foi um disco que bateu demais. Ouvir “The Catalyst” pela primeira vez foi uma experiência única, que mostrou a este que escreve (e certamente a muitos outros) que a música poderia ir muito além daquilo que ouvíamos nas rádios; o mesmo é valido para outras faixas como a incrível “Blackout” e até a belíssima “Iridescent”.
De uma forma ou de outra, é impossível não aplaudir a força do Linkin Park em partir para um trabalho tão experimental logo depois do sucesso estrondoso do Rock mais comercial em Minutes to Midnight. Goste ou não dele, A Thousand Suns merece respeito!
3. The Hunting Party (2014)
Depois do lançamento de LIVING THINGS em 2012, as especulações corriam soltas sobre o Linkin Park talvez nunca mais voltar a ser a banda que um dia havia sido. Basta ouvir os primeiros segundos de “Keys to the Kingdom” para entender que, sim, isso era verdade — e passava longe de ser algo ruim.
Sem se preocupar em repetir fórmulas de sucesso, talvez com exceção de “Until It’s Gone”, que parece ter sido moldada para ser um hit, The Hunting Party é sem dúvidas o álbum mais subestimado de Chester e companhia, exibindo alguns dos momentos mais pesados da carreira dos caras, renovando influências e trazendo mais verdade do que nunca.
Com uma pitada de experimentalismo em faixas como “A Line in the Sand”, peso de sobra em outras como “War” e a própria “Keys to the Kingdom”, participações marcantes em “Rebellion” e “Guilty All the Same” e, claro, um hit e um hino com “Until It’s Gone” e “Final Masquerade” respectivamente, The Hunting Party era a prova de que o Linkin Park não precisava se repetir para continuar sendo incrível anos depois de chegar à cena.
2. Meteora (2003)
Não era segredo pra ninguém que as duas primeiras posições estariam com os dois primeiros discos do Linkin Park, mas a escolha de Meteora para o segundo lugar é muito simples: por mais que seja preferido por muita gente, o álbum de 2003 já chegou em um ambiente que havia sido impactado pelo seu revolucionário antecessor.
O que, claro, não tira nenhum mérito do disco! Desde a abertura com “Foreword” e “Don’t Stay”, percebemos algumas das melhores composições do Linkin Park. O uso perfeito de elementos eletrônicos em “Somewhere I Belong” e “Breaking the Habit”, a mistura de peso e sentimento em faixas como “Numb”, “Faith” e “From the Inside” e, claro, os elementos de Rap em outras como “Nobody’s Listening” são verdadeiras marcas de uma obra-prima.
É como sempre dizem: chegar ao topo é difícil, mas se manter lá é, no mínimo, tão difícil quanto. Com Meteora, o Linkin Park já estava em um patamar elevadíssimo e conseguiu mantê-lo.
1. Hybrid Theory (2000)
Como falamos acima, Hybrid Theory é um disco revolucionário. Em questão de gosto, a escolha entre ele e Meteora para o primeiro lugar é quase o verdadeiro significado de tanto faz; no entanto, é inegável que o disco de 2000 abriu as portas para inúmeras bandas (e até para o próprio Linkin Park) e mudou a forma como o Rock era consumido.
Possivelmente entre os álbuns mais pesados da história a ser efetivamente consumido pelas massas, Hybrid Theory usa da identidade tão única do Linkin Park para cativar o ouvinte do começo ao fim.
Não há praticamente nenhuma faixa pulável nesse disco, e é surreal pensar em quantas pessoas que se recusam a ouvir músicas mais pesadas gritavam (e gritam) junto com Chester ao ouvir canções como “One Step Closer”, “Crawling” e “Points of Authority”, ao mesmo tempo que se emocionam com outras como, claro, o mega sucesso “In the End”.