Seja com o Queens of the Stone Age ou qualquer outro de seus projetos, Josh Homme sempre buscou não ficar acomodado ao trabalhar com música e, por isso, se dedicou a unir em suas obras diferentes gêneros para construir sua própria sonoridade dentro do Rock.
O líder do QOTSA compartilhou sua ampla variedade de referências em uma entrevista concedida à Spin em 2003, na qual trouxe alguns detalhes sobre os discos que marcaram sua vida (via Far Out).
Apesar de incluir em sua seleção algumas escolhas óbvias como álbuns dos grupos de Punk Rock Black Flag e GBH, Homme surpreendeu ao citar, por exemplo, discos da cantora islandesa Björk, dona de uma sonoridade mais experimental com elementos do Eletrônico e do Pop, e também da banda Can, destaque do Rock progressivo e psicodélico.
O vocalista ainda revelou que sua admiração pela música não começou por grupos de Punk Rock, citando neste papel um disco do cantor e compositor Jackson Browne:
Eu descobri ‘Running on Empty’ quando tinha oito anos. Era uma fixação do meu pai e ainda é. Eu estava interessado no fato de que tudo gira em torno da estrada. É como se fosse uma aula de Hard Rock, exceto que não é hard e não é rock. Lembro-me das centenas de vezes que ouvi isso e percebo que fui amaldiçoado a viver na estrada também. Mas é uma linda maldição.
Josh Homme citou Nirvana e Iggy Pop como influências
Assim como muitos outros jovens do início dos anos 1990, Josh Homme também era fã declarado do Nirvana. Mas, ao invés de citar os discos clássicos Nevermind e In Utero, o músico incluiu em sua lista o álbum de estreia da banda do saudoso Kurt Cobain, Bleach, como um dos seus preferidos:
Em 1989, parecia que o Punk Rock tinha morrido, e pensei que o Nirvana estava continuando de onde o Black Flag e o GBH haviam parado. Lembro-me de pensar que não queria que minha banda soasse como o Nirvana porque eles estabeleceram padrões muito altos. Eu não queria chegar muito perto.
Antes de criar o Queens of the Stone Age, vale lembrar, Homme iniciou sua carreira musical no Kyuss, mas ter a experiência de tocar com seu ídolo Iggy Pop, no final dos anos 2010, fez com que o artista refletisse sobre sua contribuição na primeira banda da sua carreira:
Eu ouvi ‘Lust for Life’ e isso realmente me fez abandonar o Kyuss. Eu o ouvi obsessivamente por dois anos e meio e no final pensei: ‘Existem muitas bandas por aí, e se você quiser saber o que tenho a dizer, basta ouvir este disco. Está tudo aqui’. Eu meio que fui voltando ao passado do Iggy Pop e, eventualmente, cheguei ao ‘Raw Power’ dos Stooges, que ainda considero o disco com o som mais maluco de todos os tempos. Pegue qualquer banda que diga que é crua, toque ‘Raw Power’ e eles soarão como os maiores fracotes de todos os tempos.
O curioso é que, além de Iggy, Josh também teve a experiência de tocar com Dave Grohl, que não só esteve no Queens of the Stone Age por um tempo como também fez parte do aclamado projeto Them Crooked Vultures. Tá bom demais, hein?
Confira a seguir a lista completa com os 9 discos que mudaram e influenciaram a vida de Josh Homme!