Em entrevista para a Guitar World, Billie Joe Armstrong, vocalista e guitarrista do Green Day, foi estimulado a refletir sobre o início da carreira de sua banda e respondeu se eles se sentiam “fora de compasso” naquela época.
Ao confirmar essa “inadequação”, o cantor sugeriu que chegou um momento nos anos 1990 em que o Grunge se tornou “entendiante” e foi aí que o Green Day teve uma oportunidade de aparecer:
Acho que sim. Mas sabe, o Grunge também começou a ficar realmente entediante. Dava para ouvir que muita gente estava apenas imitando Nirvana e Pearl Jam. E, então, pensamos algo do tipo: ‘Bem, vamos ser anti-isso’ [risos]. Talvez não necessariamente ‘anti’, mas ‘vamos ser o outro lado da moeda’.
Além de lembrar como a segunda onda do Grunge afetou a tomada de decisão do Green Day na concepção do icônico álbum Dookie (1994), Billie Joe observou o quanto montar uma banda e tentar a sorte no mercado é um tiro às escuras:
Se fôssemos uma banda nova hoje em dia, não sei se tentar assinar com uma grande gravadora e fazer tudo isso valeria a pena para nós. E há o outro lado disso, onde se você está indo na contramão, você pode cair de cara também. Há definitivamente esse medo. Você não sabe o que vai acontecer. Mas entendemos que fizemos algo de que estávamos realmente orgulhosos.
É de se orgulhar mesmo!
Billie Joe Armstrong voltou a tocar solos de guitarra
Vale lembrar que, no mês passado, o Green Day lançou seu aguardado 14º álbum de estúdio, Saviors, que apresenta uma mudança notável na abordagem de guitarra de seu vocalista, como você ouve na faixa-título logo abaixo.
Em conversa também para a Guitar World, Billie Joe explicou por que o grupo retornou com solos mais pesados na guitarra em seu novo trabalho de estúdio, citando ainda os saudosos músicos James Honeyman-Scott e Mick Ronson.
LEIA TAMBÉM: Há 25 anos, Green Day e blink-182 se juntavam em álbum com 101 bandas