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Os 5 encontros mais marcantes da I Wanna Be Tour

A I Wanna Be Tour se encerrou neste domingo (10) após passar por cinco cidades brasileiras com direito a encontros marcantes no palco. Veja os melhores!

Lucas Silveira com a Fresno na I Wanna Be Tour
Foto por Diego Castanho/TMDQA!

A I Wanna Be Tour, que começou em São Paulo no dia 2 de Março e se encerrou em Belo Horizonte no último domingo (10), acumulou muitos momentos significativos para os fãs de Emo e Pop Punk ao longo dos cinco dias de evento nas diferentes capitais brasileiras.

Antes de mais nada, o TMDQA! começa este texto lamentando profundamente, e mais uma vez, a morte de João Vinícius Ferreira Simões, um fã como todos nós que faleceu jovem demais, aos 25 anos de idade, durante a edição do Rio de Janeiro que ocorreu neste sábado (9), como contamos com mais detalhes em uma matéria dedicada ao caso.

O TMDQA! apoia toda e qualquer tipo de ação que vise o aperfeiçoamento de performance na execução dos festivais e espera que os próximos eventos musicais aconteçam com este e outros incidentes recentes em mente, pensando na redução de riscos para garantir a segurança do público.

Ainda assim, como destacou Lucas Silveira (Fresno), a I Wanna Be Tour “foi como um sonho” para fãs de bandas que vieram poucas vezes ao Brasil, com longos hiatos entre suas passagens e que finalmente puderam assistir a um festival dedicado a uma cena muito forte no país.

O próprio Lucas, aliás, foi uma das grandes atrações do evento — e um dos responsáveis por deixá-lo ainda mais marcante com algumas das diversas participações e colaborações que geraram um clima de amizade entre bandas nacionais e internacionais nos bastidores do evento. Quem sabe não surgem novas parcerias a partir disso?

Logo abaixo, o TMDQA! separou uma lista com os 5 encontros mais marcantes do festival, que vão ficar guardados com carinho na memória de quem viveu estes dias incríveis!

5 encontros marcantes da I Wanna Be Tour

Lucas Silveira (Fresno) e NX Zero cantando com o The Used

O primeiro grande momento impactante para a cena do Emo nacional na I Wanna Be Tour foi a participação de Lucas Silveira, vocalista da Fresno, na apresentação do The Used em São Paulo. O marido de Karen Jonz, aliás, foi uma das figuras mais presentes da I Wanna Be Tour, participando ainda dos shows do NX Zero e do Simple Plan em Recife.

O próprio NX, aliás, recebeu o The Used para uma participação no último show da turnê, em Belo Horizonte. Juntos, eles cantaram “On My Own” e finalizaram uma série de encontros incríveis envolvendo as bandas.

Pitty falando sobre Kathleen Hanna e Bikini Kill e chamando mulheres ao palco

Talvez o momento mais importante do festival aconteceu durante o show de Pitty no Rio de Janeiro.

A cantora deu uma verdadeira aula no palco, lembrando da influência de Kathleen Hanna e de seu Bikini Kill para a cultura do underground, ajudando a introduzir mulheres na cena do Punk e Hardcore nos anos 1990. Tudo isso culminou com uma “invasão” das minas no palco, um encontro memorável entre fãs e uma cantora que representa bem demais o mote “girls to the front”.

As palavras da cantora baiana, aliás, foram motivadas pela estreia da banda americana no Brasil, já que o Bikini Kill fez seu primeiro show por aqui recentemente ao se apresentar na Audio, em São Paulo.

NX Zero e Fresno juntos no palco

Em Recife, duas verdadeiras gigantes do Emo brasileiro que estavam no line-up do festival se encontraram para fazer história. Falamos, claro, de NX Zero e Fresno — que por anos (e até hoje, até certo ponto) foram colocadas como rivais, mas possuem uma grande amizade.

O resultado foi uma performance que emocionou fãs de ambas, não apenas pelo encontro em si mas pelas apresentações espetaculares, como você pode conferir abaixo. Vale lembrar que, na mesma ocasião, a banda de Di Ferrero também lembrou de Chorão, saudoso vocalista do Charlie Brown Jr. que nos deixou 11 anos atrás.

Fresno e NX Zero no palco com o Simple Plan

Outro momento que se tornou emblemático da turnê foi a performance de “I’m Just a Kid”, do Simple Plan, que contava sempre com Chuck Comeau, baterista da banda, indo para o meio da galera. A bagunça gostosa contava sempre com o vocalista Pierre Bouvier assumindo as baquetas, e o vocal sobrou para convidados brasileiros.

Já no show solo em São Paulo, Di Ferrero ficou responsável e repetiu a dose em outras cidades, com exceção de Recife, onde Lucas Silveira aproveitou que ficou até o final do show para também marcar presença por ali e declarar em alto e bom som: “esse festival é nosso!”.

Homenagem da Fresno à cena Emo

Para fechar com chave de ouro, temos uma participação em massa. Falar da cena Emo no Brasil é falar de um número quase incontável de bandas que colaboraram para criar um senso de comunidade e pertencimento que praticamente nenhum outro estilo conseguiu, seja pelas pessoas que fazem parte dela ou pelo simples fato do gênero ter sido tratado com tanto preconceito por muitos anos.

O line-up de um festival, claro, é finito e não há como receber todo mundo. Assim, a Fresno teve uma ideia espetacular para lembrar de alguns participantes fundamentais da cena ao exibir um vídeo que trouxe os nomes de diversos artistas importantes para o gênero no Brasil, exaltando mais uma vez esse senso de comunidade e deixando claro que eles não foram esquecidos.

Quem sabe alguns aparecem na segunda edição?