Nos últimos anos, a indústria da música tem sido palco de um novo fenômeno: a venda de catálogos musicais por valores exorbitantes. Artistas, tanto veteranos quanto jovens em ascensão, estão com a lojinha on. Cindy Lauper é o nome mais recente a trocar boa parte de seus direitos autorais por um acordo rechonchudo, embora o valor não tenha sido revelado.
Esta é uma exceção, no entanto: a maioria dessas negociações vêm a público com quantias expressivas. E não é difícil entender o porquê, embora o dinheiro não seja apenas a única motivação.
Por que artistas vendem seus catálogos musicais?
Vender um catálogo musical pode ser uma jogada estratégica para cantores, músicos e compositores em diferentes momentos de suas carreiras.
Para os veteranos, pode ser uma forma de garantir a segurança financeira na fase final da vida. Já para os mais jovens, representa uma oportunidade de capitalizar sobre o sucesso momentâneo e diversificar investimentos, já que ninguém sabe o dia de amanhã.
O impacto dessas transações no mercado da música
Essas vendas milionárias refletem o crescente valor dos catálogos musicais na era do streaming. Plataformas como Spotify e Apple Music geram royalties consideráveis para artistas, tornando seus catálogos ativos financeiros cada vez mais atrativos.
É difícil prever se essa tendência continuará no longo prazo. No entanto, é evidente que a venda de catálogos musicais se tornou uma estratégia importante para artistas gerenciarem suas carreiras e garantirem seu futuro financeiro.
Por isso, viemos contar pra você, fã de música e observador dos movimentos do mercado, quais foram os artistas que fizeram o maiores “pés de meia” até o momento.
Maiores vendas de catálogos da história da música
5. David Bowie
David Bowie nos deixou em janeiro de 2016, mas suas obras icônicas nunca serão esquecidas. Prova disso é a venda de suas músicas, verdadeiros tesouros muito bem valorizados.
Em 2021, a Warner Chappell Music adquiriu os direitos editoriais das obras de Bowie por US$250 milhões, incluindo clássicos como “Heroes” e “Space Oddity”.
4. Sting
Em 2022, Sting vendeu seu catálogo completo para a Universal Music Group por US$300 milhões, abrangendo sucessos de sua carreira solo e do The Police, como “Roxanne”, “An Englishman in New York”, “Fields of Gold” e “Every Breath You Take”.
O catálogo cobre mais de 600 músicas do repertório completo do músico inglês e da bada. Nada mal!
3. Phil Collins & Genesis
Em 2022, os membros remanescentes da banda Genesis venderam seus direitos editoriais para a Concord Music Group por US$300 milhões. O acordo inclui hits como “Invisible Touch”.
Também incluía as músicas solo de Phil Collins, Tony Banks e Mike Rutherford, mas não as de Peter Gabriel ou outros membros.
2. Bob Dylan
O bardo não é bobo! Além de vencedor do Prêmio Nobel, Bob Dylan fechou não apenas um dos acordos de catálogo musical mais caros da história – mas dois. O lendário músico vendeu seu trabalho de composições em duas etapas: a primeira em 2020, para a Universal Music Publishing Group, por US$300 milhões. A empresa adquiriu, assim, os direitos de obras como “Like a Rolling Stone” e “Blowin’ in the Wind”.
Já em 2021, Dylan passou os direitos de suas gravações (os chamados direitos masters) para a Sony Music Entertainment, por “meros” US$200 milhões.
1. Bruce Springsteen
Ele não é chamado de “Boss” à toa. Em 2021, Bruce vendeu seu catálogo para a Sony Music Entertainment por US$ 500 milhões, recorde absoluto na indústria. A transação inclui clássicos como “Born in the USA”, “Born To Run” e “The River”.
O contrato incluía tanto as gravações quanto os direitos autorais de Springsteen, tornando-se o negócio de catálogo musical mais caro da história até hoje. Será que alguém vai conseguir superar Bruce? Só o tempo dirá.