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Terra da alegria e do Metal: Finlândia é o país mais feliz e com maior concentração metaleira do mundo

Vencedora pelo sétimo ano consecutivo do ranking de países mais felizes do mundo, a Finlândia também tem a maior concentração de metaleiros do planeta.

Finlândia Tarja Turunen metal

“Fãs de metal são mais felizes que todo mundo”. Um estudo, realizado há quase 10 anos, bateu o martelo sem saber que a hipótese seria comprovada pouco tempo depois: há sete anos, nenhum outro país consegue ser mais feliz que a Finlândia.

Qual a relação das duas coisas? Simples: para além do Papai Noel, o território nórdico é também conhecido por ser o que tem mais bandas de Metal per capita.

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O novo relatório da ONU vem confirmando o favoritismo dos finlandeses, já que trata-se de um país onde há igualdade de gênero e renda, saúde pública de qualidade, baixíssimos índices de corrupção e uma forte rede de segurança social. Assim, até o brasileiro ficaria feliz!

A aparente perfeição de um lugar como a Finlândia virou meme, claro, já que o país também tem uma vasta gama de bandas cantando sobre temas sombrios e assustadores – algo bem diferente dos cenários idílicos associados às suas paisagens.

“Enquanto isso, em um ponto de ônibus na Finlândia…”

Finlândia, a Terra do Metal

Não é exagero – é matemática. Um usuário do Reddit utilizou dados da Encyclopedia Metallum para criar um ranking com os países que possuem a maior quantidade de músicos do gênero per capita em todo o mundo, revelando a Finlândia como líder incontestável nesse quesito.

Com uma impressionante proporção de 53,2 bandas de Metal para cada 100 mil habitantes, a Finlândia supera todas as outras nações, seguida relativamente de perto pela Suécia, que ocupa a segunda posição com 37,14 bandas para cada 100 mil habitantes. Deu pra entender o visual e as referências vikings e nórdicas da maioria das bandas que conhecemos hoje?

“Você sabia? 75% do trabalho dos guardas florestais finlandeses é resgatar bandas de metal que se perdem tirando fotos para as capas dos discos”

Apesar disso, vale apontar que os números absolutos mostram os Estados Unidos como líderes indiscutíveis, com um total de 17.246 bandas, seguidos pela Alemanha com 8.156 bandas. O Brasil também se destaca nesse cenário, ocupando a quarta colocação com 3.846 bandas quando a pesquisa foi realizada.

No quesito felicidade, o Brasil está bem longe do pódio, ficando em 44º lugar. Não é bom, mas é melhor que o 49º que ocupávamos um ano atrás. Na América do Sul, só não somos mais felizes que Uruguai (26º) e Chile (38º). O segredo é ver o copo meio cheio…

“Na Finlândia, as pessoas te matam apenas com os olhos”.

Metal = Felicidade?

A ciência já comprovou: fãs de Metal são mais felizes do que o resto da população. O estudo, intitulado “Três Décadas Depois: As Experiências de Vida e Funcionamento na Meia-Idade dos Admiradores, Músicos e Grupos de Metal dos Anos 80”, publicado no jornal Self and Identity, descobriu que os adeptos do Metal na década de 80 eram “significativamente mais felizes em sua juventude e melhor ajustados atualmente” do que seus colegas e estudantes universitários atuais.

A pesquisa, que analisou 377 adultos, revelou que os fãs de Metal “relataram níveis mais altos de felicidade na juventude” do que os outros grupos e “também eram menos propensos a ter arrependimentos sobre as coisas que fizeram na juventude”. 

A chave para os fãs de Metal progredirem para a idade adulta feliz, sugere o estudo, é o seu já conhecido senso de comunidade. “O apoio social é um fator de proteção crucial para a juventude problemática”, escreveram os pesquisadores. Fãs e músicos sentiam uma afinidade na comunidade do Metal, e viam na cena uma maneira de vivenciar emoções intensas com pessoas de mentalidade semelhante.

“Dinossauros cantores americanos x dinossauros cantores finlandeses”

A ironia do estudo é que o Metal era considerado corrosivo para os valores morais e integração social na década de 1980.

Um exemplo disso é o PMRC, ou Centro de Recursos Musicais para Pais, que foi estabelecido em 1985 nos Estados Unidos. Seu objetivo era ampliar o controle dos pais sobre a exposição de crianças e adolescentes a conteúdos musicais considerados violentos, que promoviam drogas ou abordavam temas sexuais. Isso seria realizado através da rotulagem de álbuns com o selo Parental Advisory, hoje mais que difundido na indústria.

Até o Judas Priest se viu no tribunal, após acusações de que seu álbum Stained Class continha mensagens subliminares que levaram dois jovens a se suicidarem em 1985. Um outro estudo, realizado alguns anos depois, ranqueou os gêneros por felicidade dos fãs e chegou à conclusão de que apenas o público do Jazz é mais feliz que o do Metal.

Parece que o jogo virou, não é mesmo?

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