O Spotify está preparando mudanças significativas em seus preços e planos, visando melhorar sua rentabilidade a longo prazo. Pelo menos, é isso que aponta uma uma reportagem da Bloomberg.
Essas alterações incluem um aumento nos preços em mercados-chave e a introdução de novos planos para se encaixar à nova realidade dos serviços da empresa. Citando “fontes confiáveis”, o veículo especializado em economia apontou que o Spotify planeja aumentar os preços em cerca de US$1 a US$2 por mês em cinco praças até o final de abril, incluindo o Reino Unido, Austrália e Paquistão. O Brasil, por enquanto, não está na lista da empresa.
Posteriormente, os preços serão elevados nos Estados Unidos, seu maior mercado, ainda este ano. Esta mudança levou as ações do Spotify a subirem 4,6%, atingindo US$281,92 em Nova York.
Com a expansão do Spotify, crescem também os preços
Essa medida de aumento de preços visa cobrir os custos dos audiolivros, um serviço introduzido no final do ano passado em alguns países. O Spotify oferece aos clientes até 15 horas de audiolivros por mês como parte de seu plano pago. Para os ouvintes que excedem esse limite, o Spotify cobra um extra, mas agora planeja incluir os custos desses audiolivros nos novos preços.
Além do aumento nos valores, o Spotify está introduzindo um novo plano básico que oferecerá música e podcasts, excluindo os audiolivros, pelo preço atual de US$11 por mês do plano premium individual. Os usuários desse plano precisarão pagar separadamente pelos livros.
Novos alvos para a gigante sueca
Essas mudanças refletem uma estratégia mais ampla do Spotify para diversificar sua oferta de entretenimento. Após anos focado principalmente em música, a empresa expandiu para o mundo dos podcasts e, mais recentemente, para os audiolivros e vídeos. Essa expansão, embora bem-sucedida em termos de consumo, levou a preocupações da indústria musical sobre a redução de royalties.
Apesar disso, o Spotify continua a crescer, com 602 milhões de usuários no final de 2023, incluindo 236 milhões de assinantes premium. A empresa confia na aceitação dessas mudanças de preço, especialmente após o sucesso do aumento de preços implementado no ano passado – inclusive no Brasil.
Em 2023, o nosso país já constava como a 10ª mensalidade mais cara do Spotify no mundo todo, no comparativo em dólar. Para quem ganha em real, isso pode fazer toda a diferença.
Streaming cada vez mais caro
É importante observar que concorrentes como a Apple e a Amazon também aumentaram os preços de seus serviços de música recentemente. Essas mudanças indicam uma tendência da indústria em busca de modelos de negócios mais rentáveis.
No entanto, o impacto dessas mudanças nos usuários ainda está por ser visto. O aumento dos preços pode afetar a fidelidade dos assinantes, especialmente em um mercado competitivo. A reação dos ouvintes será crucial para determinar o sucesso dessas alterações de preço no longo prazo.
Os investidores, por outro lado, parecem não ter a menor dúvida – daí o aumento imediato nas ações.