No final do século passado, revistas especializadas e emissoras de televisão como a MTV alimentavam tretas entre diversos rockstars que, por sua vez, entravam na onda com o provável intuito de deixar o nome de suas bandas na boca do povo. Uma das mais emblemáticas, por exemplo, aconteceu entre Kurt Cobain e o Pearl Jam.
No caso do vocalista do Nirvana, a rusga alimentada com relação a Eddie Vedder e companhia fez com que o grupo fosse chamado por Kurt, lá no início dos anos 1990, de “fantoches corporativos tentando entrar no movimento alternativo”.
O tema, aliás, foi pauta de um novo artigo no jornal Irish Times, em que o escritor Ed Power refletiu sobre a tal rivalidade de Cobain e Vedder.
No texto, Power sugeriu que a antipatia de Kurt pelo PJ naquela época estava relacionada a um possível recalque pela fama de Stone Gossard e Jeff Ament, integrantes do Pearl Jam que, quando Cobain ainda era um anônimo, foram membros da Green River ao lado de Mark Arm e Steve Turner.
Vale lembrar que, mais tarde, estes dois últimos formaram o Mudhoney, que muito influenciou o Nirvana. Ao comentar o desdenho do ex de Courtney Love por sua banda, Vedder argumentou (via Loudersound):
As críticas que recebemos de Kurt, ele também as recebia de outras pessoas. Do lado punk das coisas. Kurt disse algumas coisas sobre nós que foram uma verdadeira chatice. Por causa disso, havia a percepção de alguma coisa entre nós e o Nirvana. Nós realmente não o conhecíamos. Achava que o Nirvana era uma boa banda. Nossa resposta às críticas deles foi: ‘Cara, por que você está sendo tão idiota? Por que você diria isso?’.
Vedder sempre diplomático, né?
Nirvana e Pearl Jam não demoraram a se entender
Apesar das rusgas iniciais, logo Vedder e Cobain se acertaram – tanto que o documentário Pearl Jam Twenty, lançado pelo Pearl Jam em 2011, mostra os dois vocalistas dançando lentamente juntos no MTV Video Music Awards de 1992 enquanto Eric Clapton cantava “Tears In Heaven”.
Nas imagens, Eddie ainda dá uma declaração emotiva:
Me lembro do som da voz dele, mas não me lembro do que conversamos. Apenas coisas realmente normais.
Em 1994, inclusive, dias após o falecimento de Kurt, Eddie chegou a interpolar o verso “Come As You Are”, da música de mesmo nome, durante uma performance de “Black” para homenagear o ícone do Grunge, com quem certamente ele – e os fãs – lamentam não ter tido uma conexão mais profunda.
Relembre abaixo!
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