Guitarrista do Slipknot se derrete em elogios por Eloy Casagrande após primeiros shows

Em nova entrevista, Jim Root, guitarrista do Slipknot, falou sobre a chegada de Eloy Casagrande à banda e se mostrou muito feliz com o novo companheiro.

Slipknot anuncia Eloy Casagrande como seu novo baterista
Reprodução/Twitter

Em nova entrevista ao Tone-Talk, o guitarrista Jim Root, do Slipknot, comentou os dois primeiros shows que a banda fez com seu novo baterista, Eloy Casagrande, e aproveitou para elogiar o talento do músico brasileiro que antes integrava o Sepultura.

Ao relembrar as apresentações que aconteceram nos dias 25 de Abril no Pappy + Harriet’s, em Pioneertown, na Califórnia, e 27 de Abril no festival Sick New World, em Las Vegas, Nevada, Root dedicou palavras carinhosas ao brasileiro, deixando claro que o Slipknot quer escrever novas músicas que estejam no mesmo nível do seu talento (via Blabbermouth):

Eu preciso entrar no modo de composição para que possamos compor músicas dignas da bateria de Eloy, porque esse cara é um baterista de nível mundial. Ainda não começamos a fazer isso. Faremos isso em breve.

Em seguida, ele destacou que a banda ainda está tentando incorporar Eloy em seu processo de composição, mas o baterista parece ter tomado iniciativa:

Eloy me enviou alguns loops de bateria. Ele me mandou alguns por e-mail… Eloy faz muitos vídeos de bateria sozinho e toca junto em seu estúdio caseiro e coisas assim. Então, ele me enviou cinco ou seis minutos – um de um minuto de duração e outro de alguns minutos dele tocando bateria. E eu baixei para o meu computador e os converti em arquivos que eu poderia importar para o Pro Tools. E passei algum tempo tentando escrever alguns riffs para eles.

Foi um pouco difícil porque basicamente ele me enviou solos de bateria de dois minutos e eu não sou muito bom em encontrar um pedaço, cortá-lo e depois fazer um loop para fazer isso, tipo, ‘Ok, isso parece ser um riff de introdução na bateria. E isso soa como um riff de verso na bateria.’ Porque aqueles em particular que ele me enviou incluem muitos truques de bateria e coisas muito trabalhosas. E eu escrevi riffs para quase todos eles.

Há um em particular que estou pensando que, caso se transforme em uma música, será uma música terrivelmente caótica, o que pode ser muito legal. Então, sim e não, ele está contribuindo, mas ainda não chegamos lá. Estamos tentando colocar esses shows em nosso currículo primeiro, e então é hora de bater cabeça e iniciar o processo de escrita criativa.

Quem por aí está ansioso pelo primeiro material do Slipknot com Eloy?

Guitarrista do Slipknot fala sobre Eloy Casagrande

Em outro trecho da conversa, Root falou sobre como Casagrande se juntou ao Slipknot e revelou que o próprio Eloy procurou o grupo para se candidatar ao cargo de baterista, algo que difere um pouco da versão do brasileiro que contamos por aqui.

No entanto, Jim afirma que o grupo nem chegou a testar qualquer outro músico para o cargo:

Nem tentamos com mais ninguém. O nome do Eloy apareceu. Ele nos contatou, na verdade, sobre querer fazer parte disso e começou a enviar um monte de vídeos. Acho que ele e nosso baixista [Alessandro ‘Vman’ Venturella] se conheciam antes de alguma forma. E Vman é conectado com muitos músicos ótimos, progressistas e pesados. E parecia algo óbvio.

E [o Eloy] realmente respeita o legado do Joey [Jordison, falecido baterista original do Slipknot], e Joey foi uma grande influência para ele. E ele é tão humilde. O cara tem tanta humildade. E dá para perceber que ele vive e respira seu ofício, a tal ponto que vejo sua paixão e isso acende minha paixão pelo meu instrumento. E os brasileiros, os sul-americanos em geral, são tão apaixonados pelo que fazem.

O empresário me disse que ele saiu para jantar com quatro ou cinco promotores da América do Sul e todos ficaram muito entusiasmados. Eles ficam todos tipo, ‘É tão bom que você tenha um baterista brasileiro no Slipknot agora. Sentimos como se tivéssemos vencido a Copa do Mundo’. É uma sensação legal. E Deus, ele se encaixa tão bem. Eu não sei, cara. Quer dizer, há muitas coisas que posso dizer sobre isso. Estou feliz que aconteceu quando aconteceu. E temos sorte de tê-lo – temos muita sorte de ter esse cara.

Segundo o guitarrista, agora que os primeiros shows já foram “tirados do caminho”, “é hora de seguir em frente e fazer muito mais jams e ensaios”. Será que vem aí antes do que imaginamos?

Confira a entrevista na íntegra logo abaixo e aproveite para assistir ao show do Slipknot no festival Welcome to Rockville, que aconteceu neste domingo (12) e marcou a terceira apresentação de Eloy Casagrande com o grupo.

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