Trauma e conspirações: colega de banda explica por que guitarrista do Deftones não sai dos EUA

O Deftones tem saído em turnê fora dos Estados Unidos sem o seu guitarrista Stephen Carpenter desde Maio de 2022, quando o músico revelou sua decisão por não mais viajar para o exterior.

Com a escolha de Carpenter, a banda liderada por Chino Moreno vem fazendo seus shows internacionais acompanhada por Lance Jackman na guitarra. Os fãs, até então, pensavam que as crenças anti-vacina de Stephen eram o que o impedia de viajar para fora do país.

No entanto, ele, que também defende a teoria do terraplanismo – que acredita que a Terra não é redonda -, teria na verdade desenvolvido um grande trauma após a pandemia que lhe impede hoje de viajar como antes. A revelação foi feita por Richie Londres, companheiro de Carpenter na banda Sol Invicto.

Em resposta a um artigo publicado originalmente pela Metal Injection na semana passada, que citava o comportamento terraplanista de Stephen como a razão para sua ausência nos shows do Deftones fora dos EUA, Londres acusou a publicação em um longo texto de deturpar a verdade e citou o atentado ao Le Bataclan em Paris, na França, em 2015 (via PRP):

Como amigo e companheiro de banda (uso esse termo vagamente devido à nossa falta de produção atualmente), sei que isso não tem nada a ver com suas ‘teorias’. […] Vocês pararam pra pensar até que ponto evitar a morte por islâmicos [sic] no Bataclan pode afetar você? Vocês pararam pra pensar como os últimos quatro anos pelos quais passamos podem afetar suas escolhas hoje?

Apesar de relatar motivos bastante sérios, Richie não consegue fugir das teorias da conspiração e cita algo que se tornou bem comum entre simpatizantes da extrema-direita, que apontam que acidentes recentes envolvendo aviões da Boeing seriam propositais, na mesma frase em que parece relembrar o acidente de carro que tirou a vida de Chi Cheng, ex-baixista do Deftones:

Vocês pararam pra pensar no efeito de perder seu melhor amigo em um acidente de carro? Pararam pra pensar na Boeing?

Seja o que for, depois de viajar por mais de 30 anos, acho que qualquer um tem o direito de fazer suas próprias escolhas e não ser caluniado pelo seu próprio povo, por assim dizer.