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5 lendas do Rock e do Punk que odiavam o AC/DC

Confira depoimentos e comentários de cinco artistas que são referências do Rock e do Punk e que já expressaram seu desprezo pelo lendário AC/DC.

Fotos do suposto novo clipe do AC/DC

O AC/DC pode ser considerado por muitos como um das bandas mais importantes da história da música, mas, ainda assim, o lendário grupo não se tornou imune às críticas – inclusive com muitas tendo sido feitas por outros grandes nomes do Rock.

Apesar de ser mencionado com frequência como referência para diversos outros artistas e ter influenciado diferentes gerações com clássicos como “Back in Black”, “Thunderstruck”, “Highway to Hell” e muito mais, a banda dos irmãos Young e seus companheiros também teve algumas de suas composições e até mesmo sua sonoridade sendo julgadas por outros colegas de profissão.

Recentemente, pouco antes do AC/DC realizar sua primeira turnê em 8 anos, a Far Out reuniu comentários e depoimentos pouco elogiosos sobre a banda australiana feitos por artistas que vão desde Roger Waters até Johnny Ramone e Kurt Cobain. Confira a seguir!

5 lendas do Rock que odiavam o AC/DC

Roger Waters

Com Roger Waters e seus companheiros do Pink Floyd explorando uma sonoridade mais experimental em suas músicas, era de se esperar que ele não fosse tão fã assim do Rock mais genérico apresentado pelo AC/DC – mesmo com eles sendo donos de riffs icônicos que marcaram a história do gênero pesado.

Durante uma conversa com Joe Rogan, o ex-baixista do Pink Floyd demonstrou seu desinteresse pela “música popular” e “Rock and Roll barulhento” e mencionou o AC/DC como exemplo, apontando que “não poderia se importar menos” com o grupo ou com Eddie Van Halen.

Kurt Cobain

Como líder do Nirvana, o saudoso Kurt Cobain foi consagrado como um dos artistas mais influentes do movimento Grunge e, através de suas músicas, ele apresentou uma nova vertente do som pesado e conquistou um novo público.

O lendário músico tinha o costume de abordar questões de gênero em suas letras e se manifestar contra a homofobia. Com tudo isso em mente, as chances dele não ser grande fã do AC/DC eram enormes.

Assim como muitas bandas de Rock daquela época, temas sexuais e sexistas eram recorrentes nas músicas do AC/DC. Em “You Shook Me All Night Long”, por exemplo, o grupo faz uma comparação entre mulheres e carros.

Em entrevista à Forbes, o empresário do Nirvana, Danny Goldberg, apontou que apesar de Kurt Cobain apreciar o som das faixas do AC/DC, as letras “não eram algo com que ele se sentisse confortável”.

Pete Townshend

Já para Pete Townshend, guitarrista do The Who, sua grande questão com a banda australiana era a semelhança entre as músicas apresentadas pelo grupo em seus discos e a pouca variação entre as faixas.

Em conversa com o The New York Times, Pete declarou que “todos os álbuns [do AC/DC] eram iguais” e defendeu que essa crítica não cabia aos lançamentos do The Who:

Não era assim que o The Who funcionava. Éramos uma banda de ideias… Não estamos fazendo Coca-Cola, onde cada lata tem que ter o mesmo sabor.

The Stranglers

O The Stranglers era um ícone do Punk Rock enquanto o AC/DC marcou o Hard Rock, e por isso mesmo o encontro entre essas duas bandas não foi muito tranquilo. Em entrevista ao Louder Sound, Malcolm Young lembrou do momento em que as bandas viveram um clima tenso em um camarim:

Quando [os Stranglers] entraram em nosso camarim compartilhado eles nos viram com os cabelos [compridos] e disseram, ‘Malditos hippies’.

Segundo Young, o vocalista original do AC/DC, Bon Scott, ainda tentou intervir com xingamentos mas foi impedido pela banda, que achou uma solução simples: fazer um ótimo show e “desafiar” os Stranglers a tocarem em seguida após conquistarem a plateia.

Johnny Ramone

Quem também explorava uma sonoridade bem diferente da executada pela banda australiana e teve suas diferenças com o grupo foi Johnny Ramone.

O artista, fundamental para a cena punk de Nova York com os Ramones, demonstrou que sua antipatia com o AC/DC também era resultado de uma possível comparação entre o sucesso comercial dos grupos.

Ao saber que Back In Black do AC/DC vendeu 20 milhões de cópias, Johnny declarou ao Mojo:

Eu simplesmente não consigo acreditar em quão poucos discos vendemos em comparação com todos os outros.

O integrante dos Ramones ainda sugeriu que o Black Sabbath era “muito melhor” e alegou que a performance do AC/DC no Hall da Fama do Rock and Roll foi “ofensiva”. Ele acrescentou: “o pouco respeito que eu tinha por eles eu simplesmente perdi totalmente”.