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City and Colour faz passagem emblemática e tocante pelo Brasil após 8 anos de espera

Dallas Green e banda entregaram shows de 2h sem defeitos e cheios de emoção na primeira vinda ao Brasil do City and Colour em quase 10 anos. Leia resenha!

City and Colour faz passagem emblemática e tocante pelo Brasil após 8 anos de espera
Foto por André Figueirêdo/TMDQA!

Valeu muito esperar 8 anos pelo retorno ao Brasil do projeto folk-rock City And Colour, do talentoso músico canadense Dallas Green, também guitarrista do Alexisonfire, uma das mais influentes bandas do screamo/post-hardcore dos últimos tempos e com quem esteve no Brasil em 2022.

Green estreou o seu projeto solo em terras brasileiras em 2015, com shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, retornando logo no ano seguinte para as mesmas cidades e adicionando Belo Horizonte à rota. O terceiro encontro com o público basileiro deveria ter ocorrido em 2020, mas, devido à pandemia, este precisou esperar mais 4 anos para, enfim, acontecer neste mês de Junho. E, novamente, valeu muito a pena esperar.

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City and Colour faz passagem emblemática e tocante pelo Brasil após 8 anos de espera
Foto por Diego Castanho/TMDQA!

Green desembarcou primeiro no Rio de Janeiro, onde se apresentou na sexta-feira (14), no Vivo Rio, e depois em São Paulo no domingo (16), no Tokio Marine Hall. Ambos os shows foram com casa cheia e, como era de se esperar, estavam repletos de casais que receberam essas apresentações como presente de fim da semana de namorados, tornando essa passagem do City and Colour ainda mais simbólica.

Com leves mudanças e adições ao setlist comparando com os últimos shows, como a saída de “Runaway” e as entradas de “Living in Lightning”, “The Grand Optimist” e “Waiting...”, Green iniciou as apresentações convidando o público a se emocionar e fez uma belíssima seleção onde passeou por todos os seus 7 álbuns de estúdio, destacando o mais atual, The Love Still Held Me Near (2023), e o icônico Little Hell (2011).

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City and Colour faz passagem emblemática e tocante pelo Brasil após 8 anos de espera
Foto por Diego Castanho/TMDQA!

Sempre em conexão com os fãs e notoriamente feliz, entre um gole e outro de bebida Green conversou bastante, contou histórias, sorriu, deixou o público cantar sozinho alguns trechos, bateu palmas e fez gestos carinhosos de saudação e levou as mãos fechadas ao peito quando ouvia gritos como “Dallas, eu te amo!”.

E por falar em amor, ele fez um forte pedido por mais compaixão em um dos discursos mais bonitos durante o show no Rio de Janeiro, antes de tocar “We Found Each Other in the Dark”:

Eu quero dizer, antes de tudo, que é muito bom estar de volta a este país lindo, então muito obrigado. Desculpem-me por demorar a voltar, mas cá estamos. Essa próxima música é puramente sobre tentar ser mais gentil com os outros. Nós estamos todos neste espaço juntos, nós estamos cantando juntos, todo mundo acordou hoje e teve que descobrir como lidar com essa coisa chamada vida, que é difícil, então nós vamos dar uns aos outros mais compaixão e mais entendimento. Então, cantem essa próxima música com compaixão no seu coração ao estranho que está ao seu lado. E se você não consegue fazer isso, as portas estão logo ali.

Com voz tão surpreendentemente límpida e treinada que chegava a parecer que os fãs estavam ouvindo as gravações nas plataformas digitais, Dallas Green estava também em perfeita sintonia no instrumental com seus músicos. 

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City and Colour faz passagem emblemática e tocante pelo Brasil após 8 anos de espera
Foto por André Figueirêdo/TMDQA!

Formada por Matt Kelly (multi-instrumentista e produtor), Erik Nielsen (baixista), John Sponarski (guitarrista) e Leon Power (baterista) — os dois últimos estavam pela primeira vez no país e foram com quem Green apostou que os shows no Brasil marcariam uns dos melhores de suas carreiras —, a banda teve diversos momentos de destaque, principalmente durante o instrumental mais que arrebatador da arrepiante “Bow Down to Love” e da explosiva “Astronaut”.

Além de canções solo, o show do City and Colour também contou com cover de uma das músicas favoritas de Dallas Green, “Nutshell”, faixa originalmente gravada pelo Alice in Chains, inesquecível ícone do grunge, além de um trecho de “This Could Be Anywhere in the World”, do Alexisonfire, logo depois da amada autoral “Comin’ Home”, para catarse geral.

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City and Colour faz passagem emblemática e tocante pelo Brasil após 8 anos de espera
Foto por André Figueirêdo/TMDQA!

Durante aproximadamente duas horas de apresentação de Dallas Green e sua banda, os fãs experimentaram uma montanha-russa de emoções: choraram, cantaram, aplaudiram e ficaram em estado contemplativo diante da beleza e entrega da performance. Tanto o City and Colour quanto os seus fãs deixaram os shows com a esperança de que essa experiência de explosão de sentimentos e troca de energia não demore mais oito longos anos para acontecer novamente.

Fotos City and Colour no Rio de Janeiro (14/06/2024)

Fotos City and Colour em São Paulo (16/06/2024)

Setlist dos shows de City And Colour no Brasil em 2024

  1. “Mean to Be”
  2. “Living in Lightning”
  3. “Northern Blues”
  4. “Thirst”
  5. “The Love Still Held Me Near”
  6. “Two Coins”
  7. “We Found Each Other in the Dark”
  8. “Weightless”
  9. “Underground”
  10. “Astronaut”
  11. “The Grand Optimist”
  12. “Nutshell” (Alice in Chains cover)
  13. “Little Hell”
  14. “Waiting…”
  15. “Hard, Hard Time”
  16. “Hello, I’m in Delaware”
  17. “Bow Down to Love”Bis:
  18. “Northern Wind”
  19. “The Girl” (versão acústica, tocada apenas no show de São Paulo)
  20. “Comin’ Home” / “This Could Be Anywhere in the World” (Alexisonfire)
  21. “Lover Come Back”
  22. “Sleeping Sickness”