A banda carioca Forfun, que conta com Rodrigo Costa, Nicolas Fassano, Danilo Cutrim e Vitor Isensee, anunciou há algum tempo a turnê de reunião “Nós”, que passará por diversas capitais brasileiras.
Aclamados e presentes no cenário do Rock independente nacional, os quatro estavam sem tocar juntos desde 2015 e, no dia 11 de junho, se reuniram pela primeira vez para um ensaio que ajuda a preparar o espetáculo cada vez mais pronto para rodar o Brasil com clássicos de discos como Teoria Dinâmica Gastativa e Polisenso.
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O TMDQA! teve a oportunidade de conversar via Zoom com Nicolas e Danilo momentos após esse dia tão emblemático, às vésperas do início da turnê. Você pode ler a conversa na íntegra logo abaixo!
TMDQA! Entrevista Forfun
TMDQA!: Fala, galera! Hoje é um dia especial, né? Primeiro ensaio da turnê Nós… Quero saber como foi a emoção de vocês tocarem juntos depois de 9 anos!
Nicolas: Ah cara, é indescritível. É muito íntimo, muito pessoal. Fazer um som juntos, depois de toda a história que a gente tem, depois de 9 anos, é uma emoção muito linda e muito intensa.
Danilo: Engraçado que a gente tava ensaiando em casa, cada um já tava ensaiando sozinho na sua casa. Mas foi a primeira vez que a gente esteve junto depois de 9 anos, em especial com o Rodrigo. Eu não tocava com ele faz 9 anos. Com o Nicolas e com o Victor a gente toca sempre junto, as músicas do Braza, mas foi a primeira vez que a gente esteve os quatro juntos depois de 9 anos. Foi emocionante, muito maneiro, e relembrar as músicas do Forfun… É engraçado que a gente vai tirando a ferrugem, foi bem especial.
TMDQA!: Vocês são muito importantes pra uma galera, o público tá super empolgado com essa volta do Forfun, mas eu queria saber o quanto essa galera é importante pra vocês. Nesse momento que vocês voltam e a nostalgia tá em alta, muitas bandas retornando desde o ano passado…
Nicolas: Não tem como negar que tá rolando esse revival das bandas de Rock dos anos 2000, e a gente faz parte desse movimento. A gente já estava pensando em fazer o nosso revival antes da pandemia, e agora parece que é mais um fator que veio pra fortalecer e potencializar.
Danilo: Eu acho muito positivo, muita gente cresceu nos anos 2000. A gente começou a banda com 17 pra 18 anos e terminou a banda quando eu tinha 32, por aí. E a galera que acompanhava era uma galera da faixa de idade similar, né? É uma galera que hoje em dia tem de 30 a 40…
Foi uma fase onde o caráter de uma galera se formou, inclusive o nosso (risos). É uma fase da vida muito forte, é ali onde as memórias ficam muito firmes pro resto da vida, muitos passos importantes foram dados e a gente fica muito feliz de ter contribuído e ter feito parte da vida de muitas pessoas. Não só pras pessoas que tão vivendo isso, pra nós também. A gente se sente honrado de reviver essa nostalgia.
Nicolas: Parece que o rock tá dando essa bombada, né? Não só os retornos nacionais, mas internacionalmente, O Yellowcard tá de volta, uma banda que fez parte da construção do Forfun, voltaram a fazer show. NOFX fazendo a última turnê, esse momento tá muito maneiro.
TMDQA!: Acho que é um momento que tanto o público quanto vocês têm que aproveitar. Quem nunca viu um show de vocês ao vivo, tem que ir ver. E minha pergunta agora é: só temos as datas anunciadas? A gente tem até novembro pra ver o Forfun e acabou? Ou podemos esperar mais coisas?
Nicolas: Isso eu posso falar que a gente já combinou. O show do Engenhão, no dia 23 de novembro, encerra a turnê “Nós”. Existe a possibilidade nesse meio, até novembro, a gente incluir uma data ou outra, mas com certeza o último show é esse do Engenhão. Se daqui a 5, 10 anos ou nunca mais a gente vai se encontrar de novo, isso, de coração e alma, ninguém pode dizer.
TMDQA!: Tá certo! tem que assistir agora e o futuro fica pra depois. Falando sobre a turnê e esse último show, a gente pode esperar convidados? Alguma banda da cena vai estar junto com vocês? Podem me contar algo?
Nicolas: Olha, por questões contratuais (risos) o que eu posso dizer é que tem grandes possibilidades de rolar surpresas bacanas. Na turnê e no show do Engenhão inclusive, mas bora deixar essa carta na manga!
Danilo: O show do Engenhão, por ser o último e se tratar de um estádio, ser na nossa “casa”, a gente vai com certeza proporcionar uma experiência. Vai ter um algo a mais, tanto em termos de setlist quanto de participação.
No geral, a gente tá querendo propor algo que vai ser bem diferente de um simples show do Forfun. A gente tá preparando um lance cronológico muito bonito, de imagens e vídeos.
Nicolas: Sim, a gente tá há meses fazendo várias reuniões. Estamos em outro patamar de estrutura, produção, espetáculo.
Danilo: É isso, um espetáculo. Nos anos 2000, às vezes a gente fazia show para 5 mil pessoas, e a gente falava: “Vamos lá no showzinho” e tal. E agora, sem modéstia, posso te garantir que vamos fazer um espetáculo.
TMDQA!: Isso é demais e só tá aumentando o hype pra essa turnê, hein?
Danilo: Pô, animal. Com certeza.
TMDQA!: Pra gente terminar agora, uma pergunta difícil. Qual a música que vocês mais querem tocar nos shows? Escolham uma cada um!
Nicolas: Eu já tenho uma. A minha é “Suave”.
Danilo: Cara, pergunta difícil mesmo, sabia? Eu posso ir pelo emocional ou pelo musical…
TMDQA!: Quer falar 2? Uma mais sentimental e uma mais pela sonoridade.
Danilo: Cara, eu acho que qualquer música do nosso primeiro disco (Teoria Dinâmica Gastativa) vai ser muito representativa. Acho que “Hidropônica” vai ser muito foda, vai ser bizarro e o mundo vai cair essa hora. E uma música que eu acho muito bonita é “Minha Jóia”, do segundo disco, já que muita gente casou com essa música.
Nicolas: Ou quando o casal tem um filho e usa essa música no vídeo da criança, né? Essa letra é muito linda mesmo.
Danilo: É, eu diria que essas duas aí são as minhas expectativas pra tocar.
TMDQA!: Muito obrigado pelo tempo e atenção de vocês. O Forfun marcou a vida de muita gente e, do nosso lado aqui, nós estamos torcendo pelo sucesso da turnê e com certeza vamos prestigiar e acompanhar de perto! Contem com a gente!
Nicolas: Animal, a recíproca é verdadeira! O carinho é o mesmo e a gente se vê na turnê!
Danilo: Valeu, Cauê! Foi muito maneiro.