Andreas Kisser conta o que tornaria uma reunião do Sepultura com os irmãos Cavalera possível

Andreas Kisser, líder do Sepultura, voltou a falar sobre a possibilidade de tocar com os irmãos Cavalera no último show do grupo. Saiba mais.

Andreas Kisser e Max Cavalera, ex-parceiros de Sepultura
Fotos por Marta Ayora e Stephanie Hahne / TMDQA!

O Sepultura está na estrada com sua turnê de despedida Celebrating Life Through Death e o que todos querem saber é se os fãs podem esperar um último show especial com a presença dos músicos que já passaram pela banda.

Andreas Kisser, guitarrista e líder do influente grupo de Metal, tem sido questionado com frequência sobre o possível reencontro entre a banda e seus antigos integrantes no encerramento da turnê.

O músico voltou a falar sobre o assunto ao responder perguntas dos fãs na última edição da Metal Hammer (via Louder Sound). Sobre se reunir algum dia com Max e Iggor Cavalera, que deixaram o Sepultura em 1996 e 2006 respectivamente, Kisser apontou qual seria o fator determinante pra tornar essa reunião possível:

Não vou negar que seria ótimo fazer um último show com a participação deles, mas isso tem que ser bem feito. Tem que ter gente que esteja lá para comemorar e não para tentar discutir quem estava certo ou errado nas decisões do passado. Afinal, estamos celebrando agora como o Sepultura de hoje. Se eles quiserem fazer parte disso, seria incrível.

Recado dado?

Andreas Kisser e a turnê de despedida do Sepultura

Há alguns meses, pouco antes de iniciar a turnê que celebra os 40 anos de carreira do lendário grupo e marca o encerramento de suas atividades, Andreas Kisser apontou que seria interessante convidar todos os ex-integrantes da banda para tocarem juntos no último show, mas não chegou a garantir que isso vai, de fato, acontecer. Ele disse:

Sepultura é o que a gente faz hoje, com respeito, com atitude, com motivação pra fazer as coisas. Não sei cara, isso é uma coisa a se pensar. Seria legal num último show chamar todo mundo, né? Mas é uma coisa que talvez a gente trabalhe. Não é um processo agora, a gente tá muito no começo, né? Acho que seria até óbvio, né? Motörhead fez isso, Yes fez isso, várias bandas fizeram isso.

Então, é uma possibilidade, estando todo mundo vivo, obviamente, né? Mas não é uma coisa que a gente tá trabalhando agora, né? Acho que pro derradeiro e último show que a gente quer fazer em São Paulo, seria interessante ter todo mundo.

Mas é uma coisa a se pensar. Não é também por isso que a gente vai fazer o último show, né? Eu acho que eu quero celebrar, não quero criar tensão, criar situações de ego num lugar onde não precisa. Eu acho que a intenção é celebrar, abraçar um ao outro e agradecer. […] Cada um fez parte um da vida do outro […]. Mas, vamos ver. A gente vai começar agora em BH, não vejo a hora de subir no palco e começar essa saga.

Em uma outra entrevista, o líder do Sepultura surpreendeu alguns fãs ao destacar a possibilidade da presença não só dos irmãos Cavalera e de outros ex-integrantes no show final da turnê, como também de Eloy Casagrande, que deixou o grupo para assumir as baquetas do Slipknot. Ao participar do programa Conectados, Andreas disse:

Eu acho que a ideia de um último e derradeiro show, seria interessante ter os integrantes, inclusive, obviamente, [os Cavalera]. Nós temos o Jean Dolabella, o próprio Eloy [Casagrande], o Jairo Guedz, outros músicos que fizeram parte, como Roy Mayorga e o próprio Max e Iggor. Mas cara, isso é uma coisa que… isso vai ficar um pouco mais pra frente. Eu gostaria muito de convidar todo mundo, né? Mas isso não depende só da gente.

Max Cavalera também falou sobre possibilidade de reunião

Quem também se manifestou recentemente sobre a possível reunião foi o próprio Max Cavalera, que nos últimos anos deixou claro seu desinteresse em realizar um reencontro com a formação clássica do grupo.

Depois de revelar que, até o momento, não havia sido abordado por nenhum integrante do Sepultura para participar do show, Max demonstrou um discurso um pouco mais aberto à ideia de participar da turnê de despedida do Sepultura, declarando:

Não sei. Acho que vou deixar as coisas acontecerem do jeito que vão acontecer. Não vou forçar nada, e se chegar um momento em que sentirmos que deveríamos fazer uma reunião – ok, tudo bem, contanto que façamos da maneira certa. Assim como aconteceu com essas regravações [do Cavalera Conspiracy]. Acho que as fizemos da maneira certa – honesta, adequada, com o coração. Então, no momento, não estou pensando [em uma reunião].

Será que essa reunião repleta de grandes músicos vem aí? Vamos ficar na torcida!