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Caio Ribeiro, "Last Kiss" e a história do maior sucesso do Pearl Jam que virou meme entre boleiros no Brasil

O Pearl Jam alcançou seu maior sucesso há 25 anos com uma cover dos anos 1960, e a faixa também virou meme graças ao ex-jogador Caio Ribeiro. Entenda!

Caio Ribeiro, "Last Kiss" e a história do maior sucesso do Pearl Jam que virou meme entre boleiros no Brasil
Imagens: Divulgação

Mesmo quem não é muito fã de Rock costuma conhecer o Pearl Jam graças a uma música que nem é da banda americana – mas o comentarista Caio Ribeiro é fã de verdade e vai muito além do clássico “Last Kiss”, que ele ajudou a popularizar “sem querer” graças a uma declaração polêmica e divertida.

A histórica regravação de Eddie Vedder e companhia para a trágica canção lançada nos anos 1960 está completando 25 anos esta semana, e por isso decidimos resgatar a história dessa faixa e como ela se relaciona com o ex-jogador de futebol brasileiro.

Caio foi um dos maiores atacantes do Brasil nos anos 1990 – sendo destaque na seleção nacional e em clubes como Flamengo, São Paulo e Napoli -, e depois se tornou um dos principais comentaristas da TV Globo.

Na televisão, o ex-atleta foi (e ainda é) alvo de piadas por causa de uma entrevista concedida em 1999 para uma revista de público adolescente, quando teria dito que “Last Kiss”, por mais suave e triste que seja, é a melhor música para ouvir na hora do sexo:

Adoro ‘Last Kiss’, do Pearl Jam. Pra ser sincero ainda não transei escutando este som, mas vou transar em breve! Lenny Kravitz também cai muito bem nessas horas.

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Caio Ribeiro e a música “Last Kiss”

Acontece que, segundo Caio Ribeiro, essa declaração bizarra foi tirada de contexto. Em participação num programa da ESPN em 2017, o comentarista disse que foi induzido pelo jornalista a tratar do assunto (assista aqui):

Eu nunca falaria aquilo, vocês me conhecem. O cara começou a fazer um monte de perguntas, virou e falou assim: ‘naquelas horas, tem alguma música praquele momento?’. Eu falei ‘não tem, o importante não é a música, é a companhia’. E ele falou: ‘então me fala uma música que você gosta’. Respondi que gosto de Pearl Jam, Coldplay, tem várias… E ele: ‘você já fez amor ouvindo ‘Last Kiss’?’. Eu falei ‘não, mas um dia acho que sim’. Aí o cara compilou e botou tudo numa resposta só.

Ainda assim, Caio não se livrou dos memes, e é tido pelos boleiros no Brasil como o “maior fã de Pearl Jam” por causa da infame entrevista – tanto que, recentemente, em pleno Dia dos Namorados, o Globo Esporte apresentado por Felipe Andreoli ao lado de Caio foi encerrado ao som de “Last Kiss”. Força, Caio!

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25 anos da regravação de “Last Kiss”, do Pearl Jam

Mas agora voltemos à música, que foi composta pelo ícone do Soul americano Wayne Cochran em 1961. O artista vivia perto de uma rodovia em que aconteciam vários acidentes de carro naquela época, e tirou dali a inspiração para a trágica letra.

A faixa, que fala sobre o “último beijo” de um rapaz em sua namorada que foi vítima de uma batida no trânsito, não fez muito sucesso até uma regravação de J. Frank Wilson and the Cavaliers em 1964.

A nova versão chegou à segunda posição da Billboard Hot 100, ficando atrás apenas do hit “Baby Love” do The Supremes, e passou oito semanas no Top 10, garantindo à banda o disco de Ouro.

Foi justamente essa regravação que chegou aos ouvidos de Eddie Vedder nos anos 1990, enquanto ele fuçava numa loja de discos em Seattle.

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Cover foi primeiro grande sucesso do Pearl Jam nas paradas

O vocalista convenceu o Pearl Jam a incluir uma cover da canção em sua turnê de 1998, quando divulgavam o álbum Yield, e eles fizeram uma gravação despretensiosa da música durante uma passagem de som em Washington.

Segundo o baixista Jeff Ament, essa foi “a gravação mais minimalista” que a banda já fez, gastando “apenas” alguns milhares de dólares para a mixagem. Já os resultados foram gigantes!

“Last Kiss” garantiu ao PJ a mesma segunda posição na Billboard, o melhor desempenho da carreira do grupo até então, e tocou (e ainda toca) à exaustão nas rádios pelo mundo, fazendo muito sucesso especialmente na Austrália e no Canadá.

A versão foi lançada oficialmente no disco beneficente No Boundaries: A Benefit for the Kosovar Refugees, de 1999, que arrecadou mais de US$10 milhões para refugiados de guerra.

É definitivamente uma das maiores histórias do Rock – e dos memes futebolísticos – em todos os tempos!