Formada ainda em 1999, quando os integrantes tinham entre 20 e 13 anos (!) de idade, o Kings of Leon tem uma das histórias mais incríveis do Rock, e mudou a cara do Indie nos anos 2000 com sua pegada Southern e Country.
De lá para cá já foram nove discos lançados, sendo que os primeiros, cheios de energia e melodias diferentes, já impulsionaram a banda para o status de headliner em grandes festivais, com hits como “Molly’s Chambers”, “Sex On Fire” e “Use Somebody”.
Nos últimos anos, o grupo formado pelos irmãos Caleb, Nathan e Jared Followill com o primo Matthew Followill conseguiu manter a relevância até chegar a Can We Please Have Fun, lançado agora em maio de 2024.
Mas em qual posição o novo álbum se encaixa na vasta discografia do KOL? O TMDQA! ranqueou todos os discos da banda norte-americana para chegar a essa resposta, e também ao melhor disco de todos! Confira abaixo as nossas explicações.
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Kings of Leon: um ranking do pior ao melhor disco
9. When You See Yourself (2021)
O oitavo álbum do Kings of Leon marcou o maior hiato do grupo entre um trabalho e outro: foram cinco anos de espera de WALLS para When You See Yourself, disco que tem os singles “The Bandit” e “100,000 People”.
O tempo, no entanto, não serviu para que a banda canalizasse sua melhor forma. Apesar de bons momentos em “Stormy Weather” e “Echoing”, o álbum não traz novidades e parece uma cópia genérica dos primeiros anos do KOL.
8. Can We Please Have Fun (2024)
O trabalho seguinte ainda não empolgou quem é fã da banda desde o início dos anos 2000, mas já mostrou evolução ao trazer a família Followill mais à vontade com seu som atual, como o próprio título mostra.
Can We Please Have Fun (“Por favor, podemos nos divertir?”, em português) é o primeiro com o produtor Kid Harpoon – o mesmo de Harry Styles e Miley Cyrus – e também o primeiro pelo próprio selo da banda, a LoveTap Records.
“Mustang” fez muito sucesso ao resgatar a sonoridade clássica do KOL, enquanto “Split Screen” e “Nothing to Do” mostraram um grupo disposto a se colocar definitivamente nos anos 2020.
7. Mechanical Bull (2013)
O Kings of Leon ainda estava na crista da onda do Indie Rock em 2011 quando o vocalista Caleb Followill viveu uma crise de alcoolismo e a banda precisou cancelar uma sequência de shows e fazer uma pausa por tempo indeterminado.
Dois anos depois, o cantor se recuperou e escreveu belas canções como “Beautiful War”, “Wait for Me” e “Supersoaker”. Elas funcionaram muito bem em um álbum conciso e direto como Mechanical Bull, que levou a banda de volta aos festivais e ao topo das paradas mundiais.
6. WALLS (2016)
Uma constante neste ranking é a evolução de um disco do KOL para o seguinte, e WALLS é o perfeito exemplo disso. Se Mechanical Bull agradou apenas fãs antigos, o novo álbum conquistou um novo público para a banda.
O sétimo álbum do grupo foi o primeiro com Markus Dravs (Arcade Fire, Coldplay) na produção e rendeu os ótimos singles “Waste a Moment”, “Reverend” e “Around the World”.
O disco ainda tem a pedrada “Find Me” e momentos mais contemplativos com “Muchacho”, “Conversation Piece” e “WALLS”, em 10 faixas e 42 minutos de Rock de muita qualidade.
5. Come Around Sundown (2010)
Nenhuma lista do TMDQA! pode passar sem polêmicas, e é o caso com Come Around Sundown. Muita gente rejeitou o quinto álbum da carreira do KOL, especialmente pela longa duração e algumas músicas mais fracas no final.
Acontece que a primeira metade do disco é simplesmente perfeita, com as épicas “The End”, “The Face” e “The Immortals”, além das lindíssimas “Pyro”, “Back Down South” e o hit “Radioactive”, garantindo a quinta posição por aqui.
4. Youth and Young Manhood (2003)
Chegamos agora à fase inquestionável do Kings of Leon, começando exatamente pelo começo: a estreia da banda com Youth and Young Manhood, quando os integrantes tinham entre 16 e 23 anos.
Os irmãos Caleb e Nathan vinham ganhando destaque com suas composições, mas não queriam assinar com gravadoras que procuravam uma “dupla sertaneja” e decidiram que o caçula Jared iria aprender a tocar baixo e o primo Matthew iria aprimorar seus estudos de guitarra.
Assim, trancados em um porão com muita maconha à disposição, eles escreveram clássicos como “Molly’s Chambers”, “Red Morning Light” e “California Waiting”, que marcaram para sempre a juventude do início dos anos 2000.
3. Aha Shake Heartbreak (2004)
Lembra daquela tendência de amadurecimento a cada disco? Então, da quarta posição em diante, este ranking irá seguir a ordem cronológica dos lançamentos do Kings of Leon.
Apenas um ano após Youth and Young Manhood, a banda voltou para o estúdio com o produtor Angelo Petraglia e aperfeiçoou ainda mais aquele som sujo ao melhor estilo Garage Rock, que modernizava o Southern Rock de ídolos como Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers Band.
Aha Shake Heartbreak tem as rapidinhas “King of the Rodeo”, “Pistol of Fire” e “Four Kicks”, o hit “The Bucket” e músicas de pura experimentação como “Slow Night, So Long” e “Rememo”.
2. Because of the Times (2007)
Curiosamente, os dois primeiros discos do KOL fizeram muito sucesso no Reino Unido, mas não tanto nos Estados Unidos. Por isso, a família Followill passou os três anos seguintes preparando um trabalho que tivesse mais entrada no mercado americano.
A estratégia deu resultado, e Because of the Times foi eleito um dos melhores álbuns do ano em veículos dos EUA com hits como “On Call” e “Charmer”, que mostram o melhor da voz rasgada de Caleb Followill.
O disco tem faixas mais longas, como “Knocked Up” abrindo os trabalhos com 7 minutos, a bela “Fans” fazendo uma ode ao Country, e “McFearless” e “Black Thumbnail” trazendo toda a agressividade das guitarras.
1. Only by the Night (2008)
Se o Kings of Leon passou quase 10 anos procurando a fórmula perfeita do seu som, encontrou em Only by the Night, disco que tem as duas faixas mais reproduzidas da banda até hoje: “Sex on Fire” e “Use Somebody”.
Com 11 músicas em 42 minutos, o álbum é perfeito do início ao fim, passando pelas pedradas “Closer”, “Crawl” e “Be Somebody” e baladas deliciosas como “Revelry”, “Notion” e “Cold Desert”.
O disco fez o KOL entrar definitivamente no rol das maiores bandas dos EUA naquela época e chegou ao quarto lugar na Billboard 200, além de shows como headliner em festivais como Reading & Leeds, Lollapalooza e Rock Werchter.