Serj Tankian não se convence com resposta do Imagine Dragons e detona a banda novamente

Serj Tankian, líder do System Of A Down, mais uma vez criticou Dan Reynolds e o Imagine Dragons ao falar sobre show da banda no Azerbaijão.

Serj Tankian não se convence com resposta do Imagine Dragons e detona a banda novamente

A gente te contou aqui quando Serj Tankian criticou duramente o Imagine Dragons por ter feito show no ano passado em Baku, no Azerbaijão, mesmo após pedidos para que não o fizessem devido ao conflito político em Nagorno-Karabakh.

Por lá, a população local vive em forte tensão com o governo e o vocalista do System of a Down chegou a afirmar que a banda americana não tinha “nenhum respeito” pelo povo.

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Na época, Tankian, que tem ascendência armênia, enviou uma carta pessoal a Dan Reynolds e companhia pedindo para que eles reconsiderassem a decisão de fazer o show em Baku, argumentando que aquilo poderia “ajudar a encobrir a imagem do regime ditatorial”.

Mesmo após meses da rusga com o Imagine Dragons, parece que Serj não superou o episódio e voltou a falar sobre o assunto após o grupo finalmente responder à declaração.

Dias atrás, em conversa com a Rolling Stone, Reynolds disse acreditar que fãs de todos os países têm o direito de assistir às suas apresentações, independentemente da ideologia política dos governos que regem essas nações.

Serj Tankian critica mais uma vez o Imagine Dragons

Para o líder do SOAD, o argumento continua não sendo válido e a resposta de Dan, em sua visão, soou como hipocrisia. Em texto compartilhado nas redes sociais, Tankian condenou a fala do vocalista ao alegar que um artista não deveria se apresentar onde o genocídio é promovido.

Como destacou o portal Igor Miranda, Serj ainda citou o posicionamento do procurador argentino Luis Moreno Ocampo, que desempenhou um importante papel no julgamento dos líderes da ditadura militar argentina:

Dan Reynolds declarou: ‘não acho que devemos privar nossos fãs que querem nos ver tocar por causa dos atos de seus líderes e governos. Acho que é um caminho perigoso. Há líderes corruptos e promotores de guerra em todo o mundo. No segundo em que você começa a fazer isso, qual será o seu critério?’.

Respeitosamente, meu critério é a limpeza étnica e o genocídio. A ditadura do Azerbaijão com apoio popular já estava promovendo a fome havia 9 meses em Nagorno-Karabakh, o que se qualificava como genocídio pelo ex-procurador do Tribunal Penal Internacional Luis Moreno Ocampo quando a banda decidiu tocar em Baku. Eles tocariam na Alemanha nazista? Por que eles não querem tocar na Rússia? Porque não é popular? Eles apoiam a Ucrânia, mas não os armênios de Artsakh?

O único ‘caminho perigoso’ é a farsa do argumento que está no cerne dessa atitude hipócrita. Não tenho nada contra esse cara nem contra sua banda. Eu simplesmente odeio artistas tirando proveito de ditaduras genocidas de embranquecimento.

Concorda? Confira a publicação de Serj Tankian logo abaixo!

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