Nirvana: processo envolvendo a logo "smiley face" e Marc Jacobs chega ao fim

O processo do Nirvana contra o estilista Marc Jacobs envolvendo logo do rosto sorridente terminou depois que as partes envolvidas aceitaram um acordo.

Logo Nirvana
Logo oficial do Nirvana. Foto: Divulgação

Um longo processo do Nirvana contra o estilista Marc Jacobs envolvendo a famosa logo do rosto sorridente (“smiley face”) terminou depois que todas as partes envolvidas, incluindo uma terceira, aceitaram um acordo.

Pois é: a ação judicial envolvia também Robert Fisher, ex-diretor de arte que entrou na briga alegando que foi o criador da logo quando esteve envolvido com a gravadora do Nirvana, a Sub Pop.

Tudo teve início em 2018, quando a banda processou Jacobs por ter supostamente violado seus direitos autorais com uma camiseta da chamada coleção Bootleg Redux Grunge, que imitava a imagem da logo.

Para diferenciar da marca de Kurt Cobain e companhia, a camisa desenhada por Marc substituiu os “x” que representam os olhos do rosto por “M” e “J”, além de trocar a palavra “Nirvana” por “Heaven” (“Céu”, em português) – como você pode ver no tuíte ao final da matéria.

Segundo a Loudwire, os advogados do Nirvana argumentaram na época que o uso da imagem foi “intencional” para “associar toda a coleção ‘Bootleg Redux Grunge’ ao grupo que se tornou um dos fundadores do gênero musical conhecido como Grunge.

Processo pela logo do Nirvana envolveu Kurt Cobain

De acordo com os autos do processo, Jacobs teria tido a intenção de associar o Grunge à sua coleção para torná-la mais autêntica. Como Cobain é considerado o criador do logotipo original, Jacobs foi processado pela banda e contestou o reconhecimento de Kurt como detentor da logo em 2019, afirmando que seu criador, na verdade, era desconhecido.

Os advogados de Jacobs disseram que “a aparente ausência de qualquer pessoa viva com conhecimento de primeira mão da criação da obra supostamente protegida por direitos autorais em questão, juntamente com inúmeras outras deficiências no Registro 166 que é a base para a alegação de violação do Nirvana, são a base pela reconvenção apresentada.”

Já Fisher havia entrado com sua própria ação reivindicando a propriedade no início deste ano e sua equipe jurídica defendia a ideia de que ele teria direito a participar da divisão de lucros gerada pelo logotipo:

Há 30 anos, o Nirvana obtém enormes lucros com o trabalho do Sr. Fisher através da venda de uma ampla gama de produtos. Auxiliado por uma equipe de advogados e gerentes, o Nirvana conseguiu fazer isso sem qualquer compensação ao Sr. Fisher, alegando falsamente autoria e propriedade.

Que imbróglio!

Nirvana e Marc Jacobs entraram em acordo para dar fim a processo

Para dar fim à ação legal, as três partes concordaram agora com uma proposta de mediador apresentada pelo juiz Steve Kim. Outros detalhes sobre o acordo não foram discutidos no último processo conjunto.

Os advogados do Nirvana, Fisher e Jacobs não responderam imediatamente aos pedidos de comentários até o fechamento dessa reportagem e a oficialização do acordo é esperada nas próximas semanas.

LEIA TAMBÉM: Os 5 bateristas preferidos de Dave Grohl, do Nirvana e Foo Fighters