Acusadora anônima de Marilyn Manson se revela e reforça pedido por justiça

Bianca Allaine Kyne revelou ser a acusadora anônima citada em dois processos contra Marilyn Manson; ela diz ter sido submetida a um tratamento “horrível”.

Marilyn Manson
Foto via Wikimedia Commons

Nos últimos anos, Marilyn Manson vem passando bastante tempo nos tribunais por conta das incontáveis acusações de abusos sexuais relatados por várias mulheres, incluindo sua ex-esposa Evan Rachel Wood.

Apesar de ter sugerido o lançamento de novas músicas e anunciado turnês grandiosas com bandas como Slaughter to Prevail e Five Finger Death Punch, o músico ainda lida com a sombra dos casos registrados judicialmente e, dessa vez, uma de suas acusadoras decidiu se revelar.

Em reportagem recente da Rolling Stone, Bianca Allaine Kyne, antes apenas conhecida como a “Jane Doe” (nome usado para anonimato de mulheres nos EUA) citada em dois processos contra Manson no condado de Nassau, em Nova York, deu mais detalhes de sua história e assumiu sua identidade.

Na ação, Bianca alega que foi coagida sexualmente por Manson várias vezes nos anos 1990. Desde então, uma parte de seu caso foi transferida para Louisiana devido ao fato de que um dos incidentes aparentemente ocorreu por lá.

Suposta vítima de Marilyn Manson se pronuncia publicamente

Em comunicado divulgado por seu advogado Jeff Anderson, Kyne disse que foi obrigada a se revelar como acusadora após uma decisão recente em um de seus casos. Publicamente, ela afirmou ter sido submetida a um tratamento “horrível” pelo roqueiro, hoje com 55 anos:

Não sou mais uma vítima sem nome, estou diante de vocês como Bianca Allaine Kyne, uma sobrevivente. Hoje, recupero minha voz, uma voz roubada por muito tempo. Durante anos vivi sob sua sombra, paralisada pelo medo. Mas esse medo não me controla mais. Foi substituído por uma busca inabalável pela justiça. Eu permaneço por cima, sem medo. Não se trata apenas da minha história pessoal. Trata-se de expor uma indústria que prioriza o lucro em detrimento da segurança de mulheres jovens vulneráveis.

De acordo com Bianca, Manson a coagiu em várias situações inadequadas, sendo a primeira delas em Nova Orleans, em Dezembro de 1995, quando ela tinha apenas 16 anos.

Kyne também diz que foi manipulada a fazer sexo com o artista em Uniondale e Buffalo, em Abril de 1999, ou seja, quase quatro anos depois da primeira abordagem.

“[Brian] Warner [nome de batismo de Manson] explorou seu poder e influência distorcida para me coagir a realizar seus desejos sombrios. A jovem que ele preparou na Louisiana tornou-se vítima de sua perversão em Nova York,” contou ela.

Advogado de Marilyn Manson chamou declarações de “mentiras cruéis”

Em resposta às alegações de Bianca, o advogado de Manson, Howard King, disse que suas declarações eram “mentiras cruéis” que só estavam sendo ditas em público tanto tempo depois para extorquir seu cliente:

Brian Warner não conhece essa pessoa e não se lembra de tê-la conhecido há 28 anos. Ele certamente nunca foi íntimo dela. Ela tem vendido sua história inventada para tabloides e podcasts há mais de três anos. Mas mesmo o mínimo de escrutínio revela as discrepâncias óbvias nas suas histórias em constante mudança, bem como o seu extenso conluio com outros falsos acusadores.

Que a justiça seja feita!

LEIA TAMBÉM: Nirvana: processo envolvendo a logo “smiley face” e Marc Jacobs chega ao fim