O veterano André 3000, considerado um dos grandes nomes do Rap por seu trabalho no OutKast, refletiu recentemente sobre os artistas da nova geração do gênero com o qual ele consolidou seu nome na indústria.
Ao participar do episódio mais recente do podcast The Shop de LeBron James e Maverick Carter ao lado de Sexyy Red e outras celebridades, o artista que lançou no ano passado seu primeiro disco solo, focado em flautas, compartilhou sua opinião sobre a polêmica crítica de que os rappers de hoje em dia parecem lançar as mesmas músicas.
Relembrando o início de sua jornada no OutKast ao lado de Big Boi, André disse (via HipHopDX):
“Se tivéssemos surgido como OutKast quando pensávamos que estávamos prontos, não estaríamos aqui hoje porque soávamos como todo mundo, parecíamos como quem estávamos ouvindo. Agora, não acho que os artistas tenham tempo para se cultivar, então muitos artistas soam iguais. Você pode rapidamente pular em um microfone — é incrível porque você está obtendo um imediatismo, mas não tem tempo para aprimorar quem você é.”
André 3000 fala sobre a nova geração do Rap
Para dar um exemplo do seu ponto de vista sobre o cenário do Rap, o músico falou sobre a evolução artística de Future e 2 Chainz:
“Até o Future surgiu no Dungeon [Family, grupo de Rap]. Eu sei que Ray [Murray, parte do grupo Organized Noize] tem gravações do Future onde o Future soa diferente; Future estava fazendo rap. Leva um minuto. Até o 2 Chainz. Tipo, o Tity Boi estava fazendo rap.
O que estou dizendo é que, com o tempo, você desenvolve uma coisa e descobre: ’Ok, isso é mais eficaz para mim’. E nós vemos isso e amamos Future pelo que ele faz agora, mas não sei se teria sido tão bem-sucedido.”
O que você acha? Ao final da matéria, veja a declaração completa de André!
Veteranos do Rap falam sobre a nova geração do gênero
Quem também expôs um sentimento semelhante ao de André 3000, mas de forma um pouco mais crítica, foi o veterano E-40.
Em entrevista à CBS Morning, durante as celebrações do 50º aniversário do Hip Hop, o artista comentou o que pensa da atual cena do Rap:
“Não gosto de onde está porque sinto que não há criatividade suficiente. Muitas pessoas soam iguais, mano. Muitos imitadores. E muitos deles estão dizendo as mesmas coisas repetidamente, em vez de misturar as coisas. Não estou tentando agir como se eu fosse muito positivo, mas sou um contador de histórias. É realmente positivo porque falo sobre as repercussões, as consequências que podem acontecer se você fizer isso.”
Por outro lado, o apresentador de rádio Charlamagne Tha God defendeu o Hip Hop moderno, apontando que o movimento estava “em um ótimo lugar” e dizendo que acredita que as pessoas que não gostam do gênero “estão apenas bravas porque não é mais o que costumava ser”. Ele acrescentou:
“Elas estão presas em uma era. Eu amo todos esses caras novos. Meu cara favorito é o Kodak Black agora. Eu amo o LaRussell, eu amo o Symba. Eu amo a Rapsody. Eu amo a porra do 21 Savage.”
O co-apresentador do Breakfast Club, DJ Envy, também se manifestou apontando que não apenas a música é boa, como ele tem ficado feliz pela recompensa financeira que os rappers estão ganhando e conseguindo dar uma boa vida para suas famílias. De que lado você está?