A demissão de Jay Weinberg do Slipknot, que foi anunciada em novembro de 2023, ainda parece ser um assunto delicado para o talentoso baterista.
Como te contamos no ano passado, o músico que substituiu o saudoso Joey Jordison em 2013 na lendária banda de Metal usou suas redes sociais após o anúncio divulgado pela banda para relatar que “ficou de coração partido e surpreso ao receber o telefonema” informando seu desligamento do grupo.
Ao participar de um novo episódio do podcast “One Life One Chance With Toby Morse”, Weinberg, que atualmente toca no Suicidal Tendencies e no Infectious Grooves, admitiu que ainda não se sente confortável em falar sobre sua saída do Slipknot (via Blabbermouth):
“Verdade seja dita, estou em um ponto em que ainda não estou realmente pronto para falar sobre isso, realmente. E isso não é para descartar a conversa, mas passei um tempo, e um bom tempo, apenas processando toda a experiência. E a experiência não sendo os últimos seis meses, mas realmente os últimos 10 anos [tocando com o Slipknot]. E finalmente, de certa forma, processando tudo isso. E fazendo isso de uma maneira que eu consideraria responsável.”
O músico ainda revelou que, assim como muitos de nós, tem falado sobre sua vida profissional na terapia:
“Tenho um terapeuta fantástico que me ajuda. Antes de falar sobre isso, é importante que eu faça o trabalho certo de processar esses eventos em que você passa 10 anos exclusivamente comprometido com uma coisa. Há muito o que processar do outro lado. E acho que definitivamente há um momento em que falarei sobre minha experiência vivida ao longo desses dez anos — mas ainda não.”
Jay Weinberg reflete sobre sua saída do Slipknot
Ao ser questionado pelo apresentador Toby Morse sobre estar escrevendo um livro com suas vivências, Jay Weinberg confirmou a informação e aprofundou, dizendo:
“Sim, eu escrevo muito. É uma das maneiras que eu acho que é uma forma responsável de processamento, e essa é uma das coisas que, por meio da terapia, tem sido — bem, literalmente terapêutica. Ela ajuda você a entender momentos, períodos de tempo, longos períodos de tempo, e meio que ajuda você a contextualizar isso no esquema maior da vida, algo que você não é capaz quando você é meio que diretamente consumido por isso.”
O baterista também comentou se já tinha feito terapia anteriormente e disse que não é um processo rápido:
“Em alguns momentos. Aqui e ali. Mas acho que qualquer um que embarca na tentativa de priorizar sua saúde mental e buscar a felicidade realmente enfrentando essas coisas… acho que qualquer um que embarca nesse tipo de jornada por si mesmo pode entender quando você encontra diferentes terapeutas ou diferentes abordagens ou o que quer que seja, às vezes não dá certo.
Às vezes é, tipo, ‘Ah, não é a maneira como eu realmente abordo isso ou o que quer que seja’, mas estou em um lugar onde encontrei alguém incrível onde realmente sinto — já usei essa expressão antes, mas aquele pedal encontrando o asfalto de, tipo, ‘Uau, isso me ajuda a contextualizar, isso me ajuda a processar.’ E isso é enorme. Porque pode ficar um pouco desmotivador quando você está tentando buscar respostas e buscar ajuda quando você se volta para tentar encontrar alguém, tipo, ‘Ajude-me a processar este momento incrivelmente complexo.’
Não acontece da noite para o dia. E algumas pessoas podem achar isso uma parte desanimadora do processo. É difícil encontrar um bom terapeuta, mas quando você encontra, é uma busca que vale a pena. E é um convite para qualquer um que esteja em busca disso. Mesmo que seja difícil, se você encontrar esses obstáculos de, tipo, você não sente que encontrou a pessoa certa para conversar ainda, ela está lá fora. É algo que vale a pena procurar, se você precisar.”
A última apresentação de Jay com o Slipknot aconteceu em 3 de novembro no festival Hell & Heaven em Toluca, México, dois dias antes da banda divulgar uma declaração nas redes sociais informando que “decidiu tomar uma decisão criativa e se separar de Jay”.
Você pode ouvir o podcast completo logo abaixo.
Nova fase de Jay Weinberg
Em março deste ano, Jay Weinberg fez seu primeiro show com o Infectious Grooves e também chegou a compartilhar algumas de suas primeiras performances ao lado do Suicidal Tendencies, como te contamos aqui. Recentemente, aliás, o baterista esteve no Brasil para se apresentar com o grupo.
A vaga de Weinberg no Slipknot foi assumida pelo talentoso baterista brasileiro Eloy Casagrande, que deixou o Sepultura pouco antes do influente grupo iniciar sua turnê de despedida e de celebração dos 40 anos da banda.
