A banda brasileira Rancore está de volta e com sangue nos olhos.
O grupo, celebrado por fãs fervorosos que cantam suas músicas em shows e até tatuam seu logotipo para demonstrar todo amor, ficou conhecido na cena brasileira do Hardcore, principalmente com o disco Liberta (2008), e quebrou as barreiras do gênero com o ótimo Seiva (2011), onde bebe nas fontes de outros estilos do Rock Alternativo.
Agora, 13 anos após o último álbum, escolhido por nós como o melhor daquele ano no país, o Rancore está de volta com uma música inédita chamada “PELEJAR”.
O Rancore voltou!
Nos últimos anos, entre idas e vindas para shows, os fãs popularizaram a hashtag #VoltaRancore, sempre na esperança de que o grupo liderado pelo vocalista Teco Martins produzisse novos materiais.
Pois isso está acontecendo e o single não apenas está disponível em todas as plataformas digitais, como também ganhou um poderoso clipe oficial que você pode ver logo acima.
Relato Pessoal e Bastidores do Clipe
Quem falou a respeito da canção e sua letra foi justamente Teco Martins, que se abriu sobre como ela é pessoal:
“‘PELEJAR’ é uma obra que trata do renascimento após momento de extrema dificuldade: escrevi essa letra sobre uma experiência de quase morte que vivenciei, onde senti a dor mais intensa da minha existência, escuridão densa e traumática que em mim resultou valiosas mudanças, inclusive o encontro do Rancore também passa por isso.”
A música foi gravada parte em um estúdio rural situado em Itupeva, por Zé Roberto e Guilherme Chiappetta e parte em um estúdio no centro de São Paulo, por Roberto Kramer. “PELEJAR” foi mixada e masterizada em Los Angeles por Daniel Pampuri e a faixa já vem acompanhada de um clipe dirigido por Vinicius Voar e Brunno Kawagoe.
Os dois falaram sobre a ideia para o vídeo:
“Depois de 13 anos sem músicas novas, sentimos a grande responsabilidade desse retorno, como uma fênix renascendo das cinzas. O conceito central é a dualidade que existe aqui na matéria: o mundo interno e o mundo externo e como somos nossos próprios melhores amigos e piores inimigos.No processo criativo, falamos muito sobre a história que originou a música e queríamos que fosse um clipe violento, rápido, que imprimisse urgência, tensão, sensação de perigo e adrenalina. No fim, o conceito e o processo foram espelhados nessa jornada de atravessar uma floresta escura e sair ainda mais forte do outro lado. Acreditamos que foi um trabalho de muita energia envolvida em diversas camadas e se tornou uma espiral de artistas, talentos e conexões, que acendeu a chama de cada coração envolvido. Estamos muito felizes com o resultado e com os processos que levaram a ele. É um renascimento, retratando a essência renovada do Rancore.”
Novo Disco
As boas novas não param por aí e a banda garante: tem disco novo em breve, o primeiro desde Seiva.
Além disso, os shows seguem acontecendo e essa semana, por exemplo, os caras serão artistas convidados na apresentação que o ForFun fará em São Paulo como parte da sua turnê de reunião.
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Letra da Música
Você não sabe o quanto eu jorrei lágrimas de sangue
Estradas que caminhei nas horas mais escuras
Momentos que desejei nunca ter nem nascido
Fiz de mim meu castigo na guerra com o inimigo
Eu rastejei, rastejei
Doente e cansado
Tentando sobreviver
Confesso andei errado quando encarei a morte
Vi todos meus pecados
A conta vem com juros a vida é um cardápio
Eu já jorrei lágrimas de sangue
Rastejei nas horas mais escuras
Enfrentei demônios e perigos em meus hábitos nocivos
Na guerra com o inimigo eu
Pelejar
Um grito da alma chamejou, flamejou
Um grito da alma flamejou, chamejou
Um grito da alma flamejou, chamejou
Acendeu a labareda do meu coração
Acendeu a labareda do meu coração
Chama cintilante que rompeu a escuridão
Um grito da alma flamejou, chamejou
Acendeu a labareda do meu coração
Você não sabe o quanto eu jorrei lágrimas de sangue
Estradas que caminhei nas horas mais escuras
Momentos que desejei nunca ter nem nascido
Fiz de mim meu abrigo na guerra com o inimigo
Eu flamejou, chamejou,acendeu
Tá vendo aquela fênix voando lá no céu
Com as asas de fogo que voltou do beleléu
Sou renascido das minhas cinzas
Tá vendo aquela fênix voando lá no céu