O setor deve dobrar de tamanho até 2032

Turismo musical impulsiona economia global com shows e festivais de grande escala

O turismo musical está em expansão, com shows e festivais impulsionando a economia global

Público de show, turismo musical
Foto de público de show via Shutterstock

A demanda por eventos ao vivo está transformando o turismo musical em um dos setores de maior crescimento econômico global. Com a retomada dos shows e festivais após as restrições impostas pela pandemia, a indústria da música ao vivo tem se consolidado como um motor econômico relevante. 

Em 2024, o segmento foi avaliado em US$6,6 bilhões e deve alcançar US$13,8 bilhões até 2032. Ou seja, irá dobrar de valor, impulsionado pela alta demanda por experiências culturais, especialmente entre as gerações mais jovens.

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De acordo com uma pesquisa da Collison International, que entrevistou quase 9 mil viajantes de 17 países, 71% dos participantes afirmaram que viajaram ou planejam viajar para assistir a shows ao vivo nos próximos 12 meses.

A preferência por essas experiências reflete uma mudança de comportamento, com as pessoas valorizando cada vez mais eventos culturais como forma de entretenimento e conexão social. Isso vem gerando impactos econômicos, tanto para os destinos que recebem esses eventos quanto para os organizadores e promotores de shows.

Taylor Swift e o impacto econômico de sua “The Eras Tour” no turismo

Crédito: Diego Castanho exclusivamente para o TMDQA!

Um exemplo desse movimento é a atual turnê de Taylor Swift, que tem impactado diretamente a economia de diversas cidades ao redor do mundo. Na Filadélfia, os shows da cantora foram responsáveis por impulsionar a recuperação do setor hoteleiro, enquanto no Reino Unido a expectativa é de que os 15 shows programados para o verão de 2024 tenham movimentado cerca de £997 milhões – mais de R$7 bilhões. 

Além disso, dados da United Airlines dão conta do aumento de 45% nas vendas de passagens aéreas para os destinos onde acontecem os shows de Swift. A popularidade da cantora também levou a rede de hoteis Marriott a utilizar a turnê como estratégia para atrair novos membros para seu programa de fidelidade, oferecendo ingressos gratuitos através de sorteios. 

Este tipo de ação comercial reflete o crescente interesse das marcas em se associar a eventos musicais de grande porte, reconhecendo o potencial de alcance e engajamento que esses shows proporcionam.

Tomorrowland e a força dos festivais internacionais

Outro evento que demonstra a força do turismo musical é o Tomorrowland, um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo. Em 2024, o festival reuniu mais de 400 mil pessoas na Bélgica, vindas de quase todos os países.

A edição brasileira, realizada em Itu (SP), em 2023, gerou R$676 milhões para a economia local, com projeções de atingir R$9 bilhões nos próximos 10 anos. Estes números reforçam como festivais de grande escala têm o poder de transformar as economias regionais, atraindo turistas e fomentando negócios em diversos setores.

A Live Nation, maior promotora de shows do mundo, é uma das principais beneficiárias deste boom do turismo musical. A empresa registrou uma receita recorde de US$6 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 7% em relação ao ano anterior.

Embora o otimismo deva ser encarado com cautela, esse crescimento reflete o entusiasmo global por eventos ao vivo, consolidando o turismo musical como uma das principais forças econômicas da indústria do entretenimento.

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