De "All Things Must Pass" a "Jealous Guy"

10 ótimas músicas que foram rejeitadas pelos Beatles

As canções vieram a ser reaproveitadas nas carreiras solo dos integrantes

O dia em que Paul McCartney abriu o jogo sobre sua fama de "bonitão" nos Beatles
Reprodução/Spotify

Mesmo com apenas 8 anos de carreira, os Beatles apresentaram aos fãs um catálogo extenso, repleto de hits que marcaram a história da música. Ainda assim, existiam canções que não foram incluídas nos projetos do aclamado quarteto e que acabaram indo parar nas carreiras solo de seus integrantes.

São inúmeras as razões para isto ter acontecido, desde um grande volume de músicas criadas pelo grupo até o ego de cada um dos membros que impedia que eles reconhecessem o potencial de certas canções.

Sendo assim, John Lennon e Paul McCartney – que foram os principais compositores dos Fab Four – e até mesmo George Harrison decidiram não descartar totalmente suas criações e fizeram questão de incluí-las em seus trabalhos solo após o fim da banda, em 1970.

A seguir, confira uma lista reunida pelo portal Far Out com 10 músicas sensacionais que foram rejeitadas pelos Beatles, mas que se destacaram na carreira solo dos músicos.

10 ótimas músicas que foram rejeitadas pelos Beatles

1. Paul McCartney – “The Back Seat of My Car”

Mostrando toda a sua genialidade com experimentações sonoras e capacidade em lançar algo inovador, Paul McCartney compartilhou no emblemático disco Ram, único álbum creditado à dupla Paul e Linda McCartney, a faixa “The Back Seat of My Car”, ignorando críticas pelo uso excessivo de temas e estilos complexos.

2. Paul McCartney – “Junk”

Em seu disco de estreia solo McCartney, lançado em 1970, Paul compartilhou com os fãs a versão de sua delicada canção “Junk”. A faixa foi escrita originalmente em 1968, mas foi ignorada pelos Beatles por não seguir o novo som de Rock que a banda estava trabalhando naquele momento.

3. George Harrison – “Isn’t It a Pity”

“Isn’t It A Pity”, escrita por George Harrison, ganhou popularidade ao ser interpretada por ninguém menos que Nina Simone, e também foi uma das faixas mais emocionantes do terceiro disco solo do guitarrista, All Things Must Pass. Chega a ser difícil entender o motivo do grupo ter ignorado essa bela canção!

4. Paul McCartney – “Every Night”

Em 1969, quando os Beatles lançaram seu penúltimo disco de estúdio, Abbey Road, Macca praticamente assumiu o processo criativo do quarteto e estava determinado a incluir no disco da banda seu próprio estilo musical.

Porém, nem todas as canções foram aceitas pelo grupo, e entre elas estava “Every Night”, que veio a ser lançada no aclamado primeiro álbum da série McCartney em 1970.

5. George Harrison – “Wah-Wah”

Certa vez, ao falar com a Guitar World em 2001, Harrison desabafou sobre as atitudes de McCartney nos últimos anos dos Beatles:

“Naquele momento, Paul não conseguia ver além de si mesmo. Ele estava indo muito bem, mas… em sua mente, tudo o que estava acontecendo ao seu redor estava lá apenas para acompanhá-lo. Ele não era sensível a pisar nos egos ou sentimentos de outras pessoas.”

O músico ainda reforçou em entrevista à revista Musician que chegou um momento em que ele não se importava mais se estava em uma aclamada banda como os Beatles, o que levou à sua emblemática saída antes de retornar ao grupo perto do fim.

Foi justamente neste dia que George chegou em casa e escreveu uma de suas faixas mais queridas pelos fãs, “Wah-Wah”. A música serviu como uma resposta aos seus parceiros opressivos, e foi aparecer no álbum All Things Must Pass.

6. Paul McCartney – “Another Day”

Durante as sessões de gravação de Let It Be, Paul McCartney mostrou uma prévia da música “Another Day” aos seus companheiros, mas ela não agradou a banda.

A faixa ficou conhecida por fazer parte da música “How Do You Sleep”, de John Lennon, que aborda a teoria da conspiração de que Macca “estaria morto”. Além disso, ela passou a ser uma das mais celebradas no início da carreira solo de McCartney, quando ganhou um lançamento oficial.

7. George Harrison – “Run of the Mill”

Após o fim dos Beatles, os integrantes não tiveram receio em compartilhar seu desdém uns pelos outros e aproveitaram suas carreiras solo para desabafar em algumas músicas.

Harrison, que não tinha seu papel de compositor reconhecido pelo grupo, decidiu expor alguns de seus problemas com seus antigos parceiros na faixa “Run of the Mill”. Sobre a composição da música, Harrison disse a Derek Taylor em 1979:

“Foi quando a [gravadora] Apple estava ficando louca… Paul estava brigando com todos nós e andando pelos escritórios da Apple dizendo: ‘Vocês não são bons’ – todos eram simplesmente incompetentes. Foi escrita nesse período – o problema das parcerias.”

8. John Lennon – “Gimme Some Truth”

Em 1971, John Lennon lançou seu disco de estúdio solo Imagine e lá estava a canção de protesto “Gimme Some Truth”.

A faixa mostra o músico refletindo sobre o mundo e buscando apoio para uma mudança no sistema político, assuntos os quais se tornaram mais frequentes nas obras de Lennon após a era Beatles.

Porém, na verdade, a canção foi escrita enquanto a banda ainda estava ativa e até contou com a contribuição de Harrison, mas também não foi incluída no catálogo do grupo.

9. John Lennon – “Jealous Guy”

Outro grande sucesso de Lennon descartado pelos Beatles foi a faixa “Jealous Guy”, que mostra o saudoso cantor sendo extremamente vulnerável ao falar sobre seu lado ciumento.

Em entrevista a David Sheff em 1980, ele falou detalhes sobre a música:

“A letra se explica claramente: eu era um cara muito ciumento e possessivo. Em relação a tudo. Um homem muito inseguro. Um cara que quer colocar sua mulher em uma caixinha, trancá-la e apenas trazê-la para fora quando ele sente vontade de brincar com ela. Ela não tem permissão para se comunicar com o mundo exterior – fora de mim – porque isso me faz sentir inseguro.”

10. George Harrison – “All Things Must Pass”

Considerada uma das músicas mais brilhantes escritas por George Harrison, “All Things Must Pass”, faixa-título do terceiro disco solo do guitarrista, foi gravada originalmente como uma demo para os Beatles em seu aniversário de 26 anos. Mas, acredite se quiser, não foi incluída nos materiais da banda.

A canção é um dos momentos em que o pop ocidental se encontrou com a ideologia oriental, tão presente na vida de George. Isso porque sua letra foi inspirada em uma tradução de parte do capítulo 23 de Tao Te Ching, uma obra clássica da literatura chinesa antiga.

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