Do Rap ao Rock Industrial

As 10 músicas que mudaram a vida de Mike Shinoda, do Linkin Park

Confira as obras de grandes nomes da música que possuem um significado especial para o cofundador do Linkin Park

Mike Shinoda, fundador e vocalista do Linkin Park
Foto de Mike Shinoda via Shutterstock

Mike Shinoda foi fundamental para a construção do trabalho excepcional apresentado pelo Linkin Park ao longo dos anos.

Sua parceria com o saudoso Chester Bennington nos vocais e todas as experimentações presentes na sonoridade que os acompanhavam marcou uma geração no início dos anos 2000 e, mais recentemente, a banda tem tido uma grande crescente de popularidade, mostrando sua força também com a nova geração.

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No início deste ano, o elogiado produtor musical e cofundador do Linkin Park revelou ter um amplo gosto musical ao conversar com a Metal Hammer (via Loudersound) e compartilhar algumas músicas que mudaram sua vida.

Se muitos fãs acreditavam que sua lista seria composta apenas por clássicos do Metal e Hip Hop, Mike Shinoda surpreendeu a todos ao também incluir canções de New Wave dos Anos 80 e demonstrar sua admiração pela música eletrônica britânica dos anos 90.

Confira a seguir a seleção completa feita pelo astro do LP e suas explicações sobre as escolhas feitas!

As 10 músicas que mudaram a vida de Mike Shinoda

Public Enemy – “Rebel Without A Pause”

“Todo mundo sabe que eu amo o Public Enemy. O primeiro show que eu fui foi o Anthrax com o Public Enemy, um show de rap-rock, o que é meio engraçado considerando que rap-rock é o que eu acabei fazendo. Um primeiro show legal para ir, certo? Menos legal que eu fui com meu pai como meu acompanhante! ‘It Takes A Nation Of Millions To Hold Us Back’ é um álbum incrível – tão agressivo, abrasivo e político, mas também engraçado, e ‘Rebel Without A Pause’ foi um ótimo ponto de introdução.”

Nine Inch Nails – “The Perfect Drug”

“Eu colecionei tudo que o Nine Inch Nails lançou – todos os CDs, todos os singles, todos os remixes, mas ‘The Perfect Drug’ da trilha sonora de ‘Lost Highway’ pareceu algo selvagem para Trent Reznor, ou pelo menos quebrou minhas expectativas sobre o que o Nine Inch Nails estava fazendo. Tem essa batida drum’n’bass/jungle, mas então aquele final hipnótico, quase psicodélico, e foi realmente influente ao encorajar algumas das experimentações que tentamos no Linkin Park.”

Beastir Boys – “So What’cha Want”

“Beastie Boys, ‘Check Your Head’, foi tão chocante quando saiu, porque eles trouxeram suas raízes punk rock para o hip hop de uma forma que era tão inesperada, irreverente e emocionante. Eu amava ‘Licensed To Ill’, mas então meio que me afastei quando eles lançaram ‘Paul’s Boutique’ porque havia tantas outras coisas legais acontecendo no hip hop na época, mas ‘So What’cha Want’ me puxou de volta.”

Dr. Dre – “Deep Cover”

“Dr. Dre é outro artista que eu colecionei tudo o que ele estava fazendo. ‘Deep Cover’ foi a primeira vez que ouvi Snoop Dogg, esse novo superstar, e parecia música de filme de terror, tão dark, agressiva e perigosa.”

Rage Against The Machine – “Killing In The Name”

“Falando em agressivo, vamos de ‘Killing In The Name’, do Rage Against The Machine. Eu não gostava muito de rock na época – o grunge não falava comigo como o hip hop – mas ‘Killing In The Name’ mudou minha mente. As coisas que Tom Morello estava fazendo com sua guitarra eram incríveis – pegando influências do funk e do hip hop e tornando-as superpesadas – e Zack [de la Rocha] era um fenômeno. Eu não conseguia nem processar o que estava acontecendo com aquele grupo, era tão bom.”

Tears For Fears – “Everybody Wants To Rule The World”

“OK, vamos mudar: minha música favorita dos anos 80 é ‘Everybody Wants To Rule The World’, do Tears For Fears. Eu amo essa música. Sempre que alguém faz referência a ela, você percebe imediatamente, porque é uma música tão única que você não consegue chegar perto dela sem revelar que é isso que você está fazendo.”

Depeche Mode – “Enjoy the Silence”

“Eu também adoro ‘Enjoy The Silence’, do Depeche Mode. Eu costumava levar meu irmão e nosso vizinho para a escola, e eles adoravam Depeche Mode – eles sempre tentavam tocar no meu carro, e eu dizia, ‘Desligue essa merda, coloque A Tribe Called Quest!’

Depois, tive a chance de remixar o Depeche Mode, e meu irmão disse, ‘Como você ousa? Essa era minha banda favorita, e agora você é um grande fã? Você é um babaca!’ Mas o Depeche Mode é ótimo, e a maneira como eles arranjaram essa música foi muito única. Muitas de suas músicas se desenrolam de uma forma não convencional e inesperada.”

Aphex Twin – “Come To Daddy”

“Além disso, se estamos falando de algo inesperado… ‘Come To Daddy’ do Aphex Twin. Uma música tão boa, é loucura. A ideia de usar um computador para separar sons e fazer uma música? Uau. Revolucionou completamente a maneira como eu abordava a criação musical, e você pode ouvir minhas homenagens ao Aphex Twin – todo o áudio com falhas e os cortes repetidos – por todo o ‘Hybrid Theory’.”

Portishead – “Biscuit”

“Ficando na Inglaterra, ‘Biscuit’ do Portishead. É uma das faixas mais legais que já ouvi, tipo, como você consegue fazer uma faixa que soe assim? Quando ouço essa música, eu simplesmente digo, ‘É, é mágica.’ Eu amo essa batida pra caramba, e os vocais… nossa, simplesmente demais.”

Unkle – “Guns Blazing (Drums Of Death Part 1)”

“Vamos terminar com uma bem estranha: ‘Guns Blazing (Drums Of Death Part 1)’ do UNKLE. Esta é a faixa de abertura do Psyence Fiction, e é DJ Shadow e James Lavelle, com Kool G Rap, um rapper que está por aí desde os anos 80. Esta faixa é incrível, é efetivamente como uma música de rap, mas realmente sombria, e há algo muito alternativo sobre como eles a abordaram.”

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