Filme-concerto muito antes de Taylor Swift!

40 anos de "Stop Making Sense": 10 motivos para ver o filme sobre o Talking Heads nos cinemas

O longa, que acompanha o Talking Heads em turnê, retorna aos cinemas com qualidade remasterizada

A24 irá relançar filme icônico do Talking Heads
Reprodução/YouTube

Stop Making Sense, dirigido por Jonathan Demme, é considerado um dos maiores filmes musicais de todos os tempos. Lançado originalmente em 1984, o longa captura a performance única do Talking Heads em meio à sua turnê icônica. 

Agora, o filme volta aos cinemas, chegando ao Brasil mais de um ano após o relançamento da A24, com distribuição da O2 Play. No entanto, não se trata de  uma mera reestreia. A edição que chega a partir de 29 de agosto às salas brasileiras (inclusive IMAX) foi toda remasterizada em 4K, o que promete elevar ainda mais a experiência visual e sonora.

A novidade pega uma carona na onda de filmes-concerto que estão fazendo bastante dinheiro nas bilheterias. Embora o formato não seja novidade, com grandes clássicos como Woodstock abrindo caminho, o  gênero foi revitalizado graças a dois dos maiores nomes da música Pop: Taylor Swift e Beyoncé. Com The Eras Tour e Renaissance, respectivamente, as duas divas salvaram o ano da maior rede de cinemas da América do Norte em 2023.

No entanto, o relançamento também faz parte de um resgate que coincide com os 40 anos do filme. O impacto cultural de Stop Making Sense transcende o tempo, influenciando gerações de músicos e cineastas. Este relançamento oferece uma oportunidade rara de vivenciar a intensidade do show em alta definição, como se você estivesse na primeira fila.

A seguir, listamos dez razões pelas quais você deve garantir seu ingresso para ver Stop Making Sense na tela grande!

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10 motivos para assistir a Stop Making Sense nos cinemas

1. Qualidade remasterizada

Mesmo para quem já viu o filme, a versão remasterizada de Stop Making Sense oferece uma experiência visual e sonora aprimorada, com uma definição de imagem que destaca cada detalhe da performance e um áudio que coloca o espectador no centro do show.

2. A energia da banda ao vivo

O documentário captura a energia do Talking Heads no auge de sua carreira, com performances intensas e inovadoras que redefiniram o conceito de shows ao vivo. Boa parte disso se deve à presença de palco de David Byrne, que transforma (até hoje!) suas danças e figurinos em parte do espetáculo.

3. Direção de Jonathan Demme

Jonathan Demme, conhecido por seu trabalho em filmes como O Silêncio dos Inocentes, traz um olhar cinematográfico único, transformando um simples registro de show em uma obra de arte. Muita gente coloca em debate, inclusive, se este é um documentário musical ou um filme mais tradicional, devido ao seu estilo narrativo fora da curva.

4. O impacto cultural

Stop Making Sense se tornou um marco para a música no cinema e influenciou gerações de artistas. O relançamento traz o clássico para uma nova geração, e serve como uma “história de origem” para o David Byrne que muitos conheceram em American Utopia, especial da HBO que registrou esse show solo icônico.

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5. O carisma do vocalista

Não adianta: Byrne rouba a cena, provando que é uma das figuras mais carismáticas da música. O filme amplifica seus trejeitos e estilo incomparável, ressaltando o quão improvável é a presença de um vocalista tão peculiar liderando uma banda New Wave!

6. Setlist “matador”

A trilha sonora de Stop Making Sense é composta por alguns dos maiores sucessos do Talking Heads, como “Psycho Killer”, “Once in a Lifetime” e “Burning Down the House”, todas apresentadas em versões ao vivo que, para muita gente, até superam as gravações de estúdio.

7. “Tá todo mundo envolvido”

O relançamento do filme gerou um subproduto quem ninguém imaginava: Everyone’s Getting Involved: A Tribute to Talking Heads’ Stop Making Sense é um álbum com nada menos que 16 faixas regravadas por artistas como Miley Cyrus, Lorde, Paramore e até os argentinos do El Mató a un Policía Motorizado, e estreou no topo da Billboard Compilation Albums.

Algumas versões foram especialmente inspiradas, enquanto outras valem pelo fator inesperado. O disco saiu pela A24 Music, o que mostra o esforço da produtora em buscar um caminho diferente para dar visibilidade ao filme.

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8. Sem direito a turnê de reunião

Tem um monte de bandas voltando, é verdade. Mas o Talking Heads não dá nenhum sinal de que irá se reunir para capitalizar a nostalgia dos fãs. Por isso, essa é a oportunidade perfeita para quem sofre por aquilo que não viveu em uma turnê que literalmente entrou para a história!

9. Legado e influência

Stop Making Sense foi parodiado em vários momentos da cultura pop, incluindo um episódio da série Documentary Now! e uma esquete no Saturday Night Live. A icônica imagem do “big suit” de David Byrne foi imitada em diversas ocasiões, até pelo próprio Byrne em uma aparição no The Late Show with Stephen Colbert. Em 2021, o filme foi selecionado para preservação no Registro Nacional de Filmes dos EUA devido à sua importância cultural e histórica.

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10. Exibição limitada

Esta não é uma megaprodução blockbuster, o que limita bastante sua entrada em redes de cinema Brasil afora. Infelizmente, isso acaba restringindo a exibição do filme às capitais. Somando todas as salas em que Stop Making Sense deve entrar, o número não passa de 60. Para efeitos de comparação, Deadpool & Wolverine estreou em mais de 1000 salas! Já no formato IMAX, o longa entra em todas as salas do Brasil: são 12 no total. Devido ao caráter quase exclusivo, algumas cidades já estão com ingressos quase esgotados.

De uma coisa não há dúvida: ver (ou rever) o filme nos cinemas será uma espécie de viagem no tempo – com a possibilidade de vivenciar o som e a imagem de forma ainda melhor do que o público que viu a obra em 1984. Também é uma oportunidade de lembrar o quão à frente de seu tempo estava a banda nova-iorquina. Talvez por isso sua jornada nunca tenha feito sentido!

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