John Frusciante é considerado um ícone da história do Rock, mas o músico sempre demonstrou sua admiração pelas experimentações sonoras, principalmente através de seus trabalhos solo.
Inclusive, o lendário guitarrista se dedicou bastante a explorar algumas vertentes da música eletrônica durante quase 12 anos antes de voltar ao Funk Rock do Red Hot Chili Peppers em 2019 e precisar buscar novas abordagens mais ligadas ao gênero para o lançamento do disco Unlimited Love (2022).
No ano do lançamento do álbum que marcou seu retorno ao RHCP, Frusciante conversou com o Guitar World e revelou alguns nomes de guitarristas modernos que ele gostava de acompanhar.
Depois de inicialmente ter indicado Anthony Pirog, da banda derivada do Fugazi, The Messthetics, John explicou que, em meio à pesquisa, se viu preso a um estilo específico que ele descreve como “música psicodélica moderna da Califórnia”. Sobre isso, John Frusciante disse:
“Eles pegam uma certa quantidade de Rock Progressivo, e vão em uma direção tão estranha em muito dos seus trabalhos. É realmente revigorante para mim ouvir pessoas fazendo um Rock onde elas não estão apenas tentando ter um hit ou tentando fazer algo que elas acham que pode ser popular. Eles meio que jogaram essa ideia pela janela, e eles só querem fazer música que seja divertida de fazer. E eu ouço esse espírito de diversão nessa música.”
Empolgado com os artistas que têm levado a guitarra para diferentes direções, John Frusciante compartilhou alguns comentários sobre seus guitarristas contemporâneos favoritos da cena. Confira a seguir!
Os melhores guitarristas dos últimos tempos para John Frusciante
Ty Segall
“Ty Segall é um ótimo músico completo. Um dos meus álbuns favoritos dele, ‘Twins’, é só ele tocando de tudo. ‘Manipulator’ é outro favorito. Eu amo seu estilo de guitarra porque ele simplesmente vai fundo e despeja sua energia e magnetismo através dele.
Ele é tão bom em fazer o instrumento e a amplificação responderem aos seus sentimentos – você nunca sabe como vai soar em seguida. Sua forma de tocar tem aquela qualidade enganosa de ‘descuido’ que só pode ser feita por pessoas que são tão intensas enquanto almas, que quando elas não dão a mínima, você ouve convicção e sinceridade. Em sua despreocupação, o que transparece é que ele se importa profundamente.”
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Cory Hanson (Wand)
“Fico tão feliz que Cory Hanson existe. O que ele faz é exatamente o que eu quero ouvir do instrumento. Ele tem uma abordagem muito artística que tem muito coração nela – é um equilíbrio perfeito. E ele é um ótimo cantor e compositor. Ele realmente se expõe emocionalmente e se arrisca criativamente em todos os tipos de direções.
Meus álbuns favoritos deles são provavelmente ‘Perfume’, Plum’ e ‘Golem’. Seus solos são tão criativos e envolventes – ele sabe como fazer o instrumento falar, seja com um timbre grande ou pequeno. Eu adoro quando a música transmite uma vulnerabilidade que faz você sentir que tem um amigo. Ele é uma dessas pessoas que pode ser tão poderosa fazendo música acústica suave quanto fazendo música elétrica alta.”
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John Dwyer (Osees)
“John Dwyer é um grande líder de banda e conceitualista. Cada um dos álbuns deles é tão único – alguns dos meus favoritos são ‘Protean Threat’, ‘Orc’ e ‘Smote Reverser’. Eu amo a direção para a qual ele está levando a música deles – eles continuam mudando e crescendo de maneiras tão imprevisíveis. Há um senso de humor muito sério na música deles – que é um tipo raro de emoção musical – mas também há uma frieza muito reconfortante e calorosa em muitas delas. É lindo quando a música unifica contradições como essa.
Suas partes de guitarra são extremamente inventivas – ele usa tanto o espaço vertical quanto o horizontal de maneiras incríveis e cria partes de guitarra que ajudam a entender o panorama geral do que a banda como um todo está dizendo, o que geralmente significa que ele consegue dizer muito sem tocar muito. Parece que ele se importa principalmente com a declaração geral feita pelo grupo, em vez de se destacar ou qualquer porcaria do tipo. E ele é mais uma dessas pessoas cuja energia viaja como um trem expresso pelo instrumento.”
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Zach Irons (Irontom)
“Zach Irons é um guitarrista muito criativo e pouco ortodoxo. Ele está sempre encontrando novas maneiras de abordar isso: técnicas de mão que eu nunca vi e maneiras de usar efeitos exclusivas dele. Ele está tão profundamente enraizado na essência da guitarra de rock que está encontrando maneiras de reter esse sentimento enquanto muda completamente o papel do instrumento.
Ultimamente, ele tem reinventado todo o seu estilo, o que eu só sei porque ele é um bom amigo meu – a primeira vez que Zach e eu tocamos juntos, ele tinha 17 anos, e éramos ele e seu pai [baterista original do RHCP] Jack Irons, Flea e eu. Tocamos o álbum ‘Presence’ do Led Zeppelin inteiro juntos – foi muito divertido. Desde então, somos próximos. Nós nos entendemos e apoiamos um ao outro de uma forma que é única para nós. Ele nasceu no aniversário do [guitarrista original do RHCP] Hillel Slovak, o que é uma viagem.”
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