Disco chegou nesta quinta-feira (29)

Pra Ficar De Olho: Varanda, uma das maiores promessas do Indie nacional, lança o disco "Beirada"

Primeiro disco do quarteto juizforano desponta com destaque para a originalidade; confira!

Foto de divulgação da banda Varanda, tirada por Yan Gabriel
Reprodução: Yan Gabriel

Quarteto de Juiz de Fora formado por Augusto Vargas (baixo e vocais), Amélia do Carmo (vocais), Bernardo Mehry (baterista) e Mario Lorenzi (guitarrista), a Varanda tem traçado uma trajetória que esbanja autenticidade. A banda foi criada no ano de 2019, mas Amélia começou a cantar com o grupo quando já eram conhecidos na cidade, e a antiga vocalista havia deixado a banda.

A partir de então, a Varanda ganhou um novo tom. Enquanto a novata ia se adaptando com mais um compromisso (Amélia também é conhecida como @ameliajanta, influenciadora que faz curiosos drinks), a banda vinha a ganhar um novo estilo – que caiu como uma luva.

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Videoclipe oficial de “Vida Pacata”, single que antecedeu a disponibilização do álbum “Beirada”

Seguindo um indie pop-rock com instrumentais carregados, vocais angelicais, refrãos chicletes e muito sentimentalismo, o disco Beirada – primeiro do grupo – nos aprofunda no universo onde o quarteto comprova a qualidade de seus trabalhos. Um gostinho do projeto foi apresentado ao mundo quando lançaram o single “Vida Pacata”, uma das mais animadas do álbum.

Com composições que penetram sua mente e produção pra lá de especial, o TMDQA! ouviu Beirada antecipadamente, e logo abaixo você pode conferir os destaques e entender razões Pra Ficar De Olho na banda!

Varanda traz sonoridade ousada e própria

A ideia de se arriscar no cenário autoral pode até assustar, mas com a Varanda é diferente. Um certo dia, Augusto levou uma composição própria e todos gostaram da música e da ideia de tocá-la juntos também.

O resultado? Bem, não é à toa que vemos a banda conquistar cada vez mais o público geral. Sempre bem envolvidos coletivamente, o processo criativo – ou melhor dizendo, o “Emerson”, apelido dado pela banda para essa imersão – surpreende ao mostrar um indie rock regado de raízes nacionais e um belo pop oitentista.

A produção musical e gravação de Paulo Emmery reflete perfeitamente esses aspectos. Com músicas que variam entre visões do cotidiano, paisagens lúdicas e estilos para todos os gostos, Beirada é bem elaborado para seu ouvinte desfrutar das canções e entregar conforto, enquanto vemos um amadurecimento excepcional do quarteto juizforano.

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Foto de divulgação da banda Varanda, tirada por Yan Gabriel
Reprodução: Yan Gabriel

Virada de chave e intimidade

Sendo parte de uma cena muito atual dentro da música brasileira, vemos o grupo ganhar espaço na medida que se faz ativo como parte de um movimento novo e diverso que agrupa bandas e artistas não apenas de Minas Gerais, mas de outros estados também. Mario afirma:

“Sinto que estamos no meio do caminho: não somos nem tão ‘pequenos’ e nem tão ‘grandes’. E ao mesmo tempo, conseguimos dialogar com uma galera que tá começando e também com aqueles que já tão rodando faz um tempo. Somos uma banda de Juiz de Fora, então somos da ‘cena’ juizforana, mas temos contato com bandas de várias partes do país. No final das contas essa coisa de cena é mais sobre conhecer as pessoas que estão fazendo algo parecido com o que você faz e criar algum tipo de ponte com elas.”

Essa relação rendeu frutos no disco, por exemplo. Em músicas como “Cê Mexe Comigo” e “Desce Já”, vemos participações de Manuela Julian (Pelados) – que inclusive, se relaciona com Lorenzi – e Dinho (Boogarins), demonstrando laços e parcerias que se estendem muito além da indústria.

Essas conexões transformam o material em algo ainda mais íntimo, fazendo com que os olhos do público enxerguem um crescimento conjunto com a banda, ajudando a entender por que a Varanda se destaca no cenário.

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Beirada, disco de estreia da Varanda

No cenário indie brasileiro, Beirada surge como uma estreia promissora que promete agitar o panorama musical nacional. Suas 11 faixas exploram o vasto território do gênero com ousadia que ressoa tanto intimamente quanto de forma mais ampla, seja com suas guitarras e baixos reverberantes ou com suas baterias e vocais pulsantes e cheias de carga.

É uma combinação que não só imprime uma marca própria à música da banda, mas também demonstra que a Varanda carrega consigo um potencial enorme para influenciar bandas que buscam objetivos e marcas assim como eles.

Com uma capacidade rara de mesclar tradições e inovações, o disco executa bem a sua proposta e promete colocar o grupo no radar dos amantes da música nacional. Não será surpreendente vermos o nome do grupo se tornar figurinha marcada no topo da indústria.

Siga Varanda nas redes sociais: @varanda.musica

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