Indústria musical brasileira cresce 21% no primeiro semestre de 2024

Setor fonográfico brasileiro tem faturamento de R$1,4 bi impulsionado pelo streaming

A indústria musical brasileira continuou a expandir no primeiro semestre de 2024, registrando um aumento de 21% em comparação ao mesmo período do ano anterior

Algoritmos de recomendação streaming
Foto Stock via Shutterstock

O streaming continua sendo a principal força motriz do mercado da música. É o que comprova o novo relatório da Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil. O levantamento aponta R$1,4 bilhão em receitas, registrando um crescimento de 21,1% no primeiro semestre de 2024 no comparativo com o mesmo período do ano passado.

O faturamento gerado por assinaturas de plataformas digitais cresceu 28,4%, totalizando R$995 milhões. O streaming remunerado por publicidade também teve um desempenho positivo, com um crescimento de 6,6%, atingindo R$436 milhões. 

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Já as vendas físicas, apesar de representarem uma parcela mínima do mercado, mostraram um leve crescimento no faturamento com discos de vinil, que subiu 22,4% no período, totalizando R$6 milhões. No entanto, o formato físico, como um todo, representa apenas 0,6% das receitas da indústria.

Crescimento impulsionado por streaming e assinaturas

Paulo Rosa, presidente da Pro-Música, afirmou que o crescimento expressivo nas receitas digitais e físicas reflete os esforços das gravadoras e produtoras fonográficas em investir tanto na produção de conteúdo nacional quanto no desenvolvimento de artistas brasileiros. Rosa destacou:

“Os números do setor na primeira metade de 2024 continuam demonstrando o predomínio da distribuição de música pelas plataformas de streaming em operação no Brasil, seguindo tendência mundial verificada nos últimos 10 anos, pelo menos”.

Isso comprova que o cenário atual da indústria fonográfica no Brasil está alinhado com tendências globais, onde o streaming se consolidou como o principal meio de consumo de música, substituindo em grande parte as vendas físicas e downloads digitais. 

Foto do Spotify via Shutterstock

A era digital redefine o mercado fonográfico

Enquanto o mercado digital avança, as vendas físicas, embora em declínio, ainda têm espaço para nichos específicos, como o de colecionadores de discos de vinil. Contudo, o panorama geral indica uma consolidação do modelo de negócios baseado no streaming, que deve continuar a dominar o mercado nos próximos anos. A Pro-Música projeta que essa tendência persista, com novos investimentos sendo direcionados para o fortalecimento das plataformas digitais e a promoção de artistas locais.

Mais do que o investimento das gravadoras, os números revelam o quanto o brasileiro já se acostumou a pagar por seus serviços de streaming preferidos. O papel dos ouvintes nesse ecossistema não pode ser minimizado, apesar de ser condensado em números. Apenas no Spotify, a América Latina representa mais de 20% da sua receita. As estimativas apontam para quase 50 milhões de usuários na região, mesmo com assinaturas proporcionalmente mais caras do que as cobradas em dólar ou euro.

Com os novos números divulgados pela Pro-Música, o mercado brasileiro ganha mais uma chancela como um dos maiores ecossistemas musicais do planeta. Não é à toa que, ainda em 2023, o relatório da International Federation of the Phonographic Industry (IFPI) colocava o Brasil em seu top 10 de mercados musicais do mundo. E isso não é dizer pouca coisa!

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