Clássico do Metal!

System Of A Down: 5 curiosidades sobre "Toxicity"

Segundo disco da banda, lançado em 2001, tem clássicos como "Chop Suey!" e a faixa-título

System Of A Down - Toxicity

Em 03 de Setembro de 2001, a banda norte-americana System Of A Down lançou seu aclamado segundo disco de estúdio, Toxicity.

Com uma abordagem muito mais melódica do que o disco de estreia do SOAD, o álbum conta com um caldeirão de elementos que acabaram consolidando a sonoridade apresentada por Serj Tankian, John Dolmayan, Daron Malakian e Shavo Odadjian ao mundo.

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As bases do Metal estão presentes, mas também é possível ouvir elementos de Folk, Rock Progressivo, Jazz e da música da Armênia, como uma clara homenagem dos quatro integrantes às suas origens.

Hoje, no aniversário de 23 anos desse discão, um verdadeiro marco do início dos Anos 2000 e do Nu Metal, trazemos 5 fatos curiosos a seu respeito.

Vem com a gente!

Divisão na Composição

As letras das canções foram escritas em uma divisão “meio a meio” em relação às 14 faixas do álbum que têm palavras (a última, “Arto”, é instrumental).

Metade delas foi escrita pelo vocalista Serj Tankian e outras sete são parcerias dele com o guitarrista Daron Malakian.

Por outro lado, o instrumental é quase todo de Daron. Apenas em “Jet Pilot” e “Toxicity” a tarefa foi dividida com o baixista Shavo Odadjian, e nas faixas “Needles” e “Bounce” os créditos são divididos com Serj.

“Shimmy” teve os instrumentais pensados exclusivamente por Serj.

Quem é Arto?

A última faixa, instrumental, mostra que a banda estava firme e forte no propósito de ampliar seus horizontes e celebrar a música da Armênia.

Arto é o nome de Arto Tunchboyachyan, multi-instrumentista e cantor que, assim como os quatro integrantes da banda, tem origem armênia.

Líder da banda Armenian Navy Band e parte integrante do grupo Night Ark, ele é o compositor da versão de uma canção tradicional do seu país de origem chamada “Der Voghormia”, que significa “Deus Tenha Piedade”.

Quando o disco foi lançado, o CD era a mídia dominante da indústria da música, e “Arto” aparecia como uma faixa escondida após “Aerials”.

Incidentes com o System Of A Down

A febre em torno da banda era imensa, principalmente na região de Los Angeles, terra natal do quarteto.

A comunidade do Metal estava pra lá de empolgada com uma banda que soava original, tinha uma sonoridade diferente das outras e havia acabado de gravar seu novo disco com um dos produtores mais influentes da história, Rick Rubin.

Isso acabou causando alguns incidentes no processo de divulgação do disco.

Por exemplo: um dia antes do lançamento do álbum, o System Of A Down iria fazer um show gratuito em Hollywood, mas ele foi cancelado porque atraiu um público maior do que o esperado e as coisas ficariam perigosas.

O problema é que o cancelamento gerou um protesto dos fãs que durou nada mais, nada menos do que seis horas.

Daron Malakian e sua polêmica relação com Charles Manson

O guitarrista Daron Malakian, principal compositor dos instrumentais das canções, nunca escondeu que é fã de Charles Manson, líder de uma seita que foi condenado pelo assassinato de 7 pessoas e morreu em 2017.

“ATWA”, uma das canções do álbum, é um acrônimo para “Air, Trees, Water, Animals”, ou “Ar, Árvores, Água, Animais”, e foi inspirada nas crenças de Manson a respeito do meio ambiente.

Daron Malakian, inclusive, chegou a dizer que ele havia sido preso “pelos motivos errados” e que o seu julgamento não teria sido justo.

Toxicity, “Chop Suey!” e o 11 de Setembro

Infelizmente, 2001 não foi marcado nos EUA apenas pelo lançamento de Toxicity. O álbum chegou no mesmo ano em que o ataque terrorista de 11 de Setembro, o que acabou causando uma situação bem desconfortável para a banda: foi justamente no dia do atentado que o disco chegou ao topo das paradas.

Foi a primeira vez que o SOAD atingiu a marca e, ao invés de celebrar a conquista, a banda passou o dia lamentando a tragédia e lidando com o fato de que “Chop Suey!”, principal single da obra, foi tirada das rádios. Segundo Serj Tankian, isso aconteceu por causa da palavra “suicídio”, presente no refrão (“I don’t think you trust / In my self-righteous suicide”).

Até hoje, segundo o vocalista, o álbum e o single estão muito ligados ao atentado e ao medo que eles sentiram nas semanas seguintes, já que saíram em turnê com o trabalho.

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