O embate entre o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro e o X vem ganhando as manchetes do mundo todo, com o clima de tensão pairando no ar entre o ministro Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk. O resultado foi o bloqueio do X no Brasil após uma série de descumprimentos de decisões judiciais pela empresa americana.
As consequências, no entanto, não ficaram apenas no mundo da justiça. A música também sentiu o baque já que, com o bloqueio do X, sumiram as postagens dedicadas a artistas pop. Pelo visto, algumas das maiores contas de fãs da plataforma sempre foram brasileiras – postando em Português ou não! O assunto é tão sério que virou matéria em veículos como The Washington Post e Associated Press.
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Artistas como Taylor Swift, Katy Perry, Alessia Cara e Cardi B têm no X uma das principais ferramentas de mobilização e divulgação. Com isso, muitos fãs agora se veem sem uma plataforma para apoiar seus ídolos e em busca de alternativas para continuar conectados e engajados nas atividades de seus artistas favoritos.
O impacto do bloqueio no X e alternativas para os fãs
O X ganhou um papel essencial na divulgação de lançamentos, organização de mutirões e mobilização de campanhas de engajamento, desde quando ainda se chamava Twitter.
Ele veio para servir de vitrine para os já tradicionais fã clubes brasileiros, que sempre foram conhecidos pela intensa participação e impacto global, promovendo desde a estreia de singles até ações para votações em premiações. A ausência desses grupos na plataforma abre espaço para novas redes, mas também gera dúvidas sobre como esse vazio será preenchido no cenário digital.
O X se consolidou como a rede preferida para fã clubes por sua capacidade de gerar interações em tempo real. Hashtags relacionadas a novos álbuns, clipes e eventos de artistas do Pop e K-Pop muitas vezes alcançavam os trending topics globais, impulsionadas por brasileiros. A plataforma permitia uma comunicação direta com outros fãs e com os próprios artistas, o que tornou a rede única para esses grupos.
O futuro das “stan accounts” brasileiras
Com o bloqueio, novas opções vêm sendo exploradas. O Instagram, que já era amplamente utilizado, está sendo visto como uma das principais alternativas. Sua capacidade de criar conteúdos visuais, como fotos e vídeos, oferece uma forma diferente de engajamento, ainda que sem a agilidade e o imediatismo do X. Porém, sua mecânica de algoritmos e a ausência de hashtags com grande impacto dificultam a criação de campanhas virais como as que ocorriam na rede vizinha.
O seu “primo” Threads, por outro lado, permite o uso de posts apenas de texto, o que deixa o ambiente similar ao do X. Porém, o app ainda não atingiu o nível de engajamento necessário para substituir completamente o concorrente.
Já o Bluesky, desenvolvido por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, vem sendo observado de perto pelos fãs como uma possível nova casa. Afinal, o visual é tão parecido com o do X que é possível até se confundir!
A busca por um novo espaço digital para os fã clubes
Embora muita gente ainda tenha esperança de uma resolução da situação do X no país, a migração para outras plataformas já está em andamento.
O que fica claro é que os fã clubes brasileiros, conhecidos por seu engajamento e influência, estão buscando maneiras de se reorganizar e encontrar um novo espaço digital para continuar promovendo seus artistas favoritos.
Resta saber qual dessas plataformas conseguirá preencher o vácuo deixado pelo X e qual delas será capaz de atender às expectativas de milhões de fãs no Brasil.
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