23 anos desse álbum icônico do Nu Metal

"Toxicity": um ranking da pior à melhor música do clássico do System of a Down

No segundo álbum da carreira em 2001, banda de Serj Tankian incorporou influências do Rock Alternativo e do Punk Rock; confira as nossas escolhas!

System of a Down - "Chop Suey"
Reprodução/YouTube

Toxicity, o segundo álbum do System of a Down, foi um verdadeiro divisor de águas para o Nu Metal na virada para o século 21, e dali em diante o estilo se tornou um dos mais populares e duradouros do Rock.

No mês de aniversário desse disco histórico, lançado em 4 de setembro de 2001, o TMDQA! mergulhou nas 15 faixas de Toxicity e as organizou da pior (ou “menos boa”) para a melhor – desafio difícil com tantos clássicos como “Aerials”, “Chop Suey!”, “Prision Song” e a faixa-título.

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Essas músicas mostram a banda de Serj Tankian pegando ainda mais pesado em seus discursos políticos, incluindo letras sobre a CIA, meio ambiente e abuso de drogas. Por outro lado, o SOAD aliou o peso dos seus riffs com outros estilos como o Rock Alternativo, Punk, Stoner e música tradicional da Armênia.

Confira abaixo as nossas seleções!

Da pior à melhor faixa de Toxicity, do System of a Down

15. “Shimmy”

Uma das mais curtinhas do disco, “Shimmy” tem um ritmo marcante de John Dolmayan na bateria e um riff ao estilo Hardcore de Daron Malakian. Ela fala sobre conformidade social e como as pessoas não são incentivadas a evoluir. Está entre as menos reproduzidas de Toxicity nos streamings atualmente.

14. “Bounce”

Como acontece com muitas músicas do SOAD, “Bounce” foi pensada para ser tocada ao vivo, com o público “pulando” e enlouquecendo. Não à toa está entre as faixas do Toxicity mais presentes no show da banda (267 vezes). A música é descontraída e fala sobre pessoas “promíscuas”, mas não funciona tão bem na audição do álbum.

13. “Arto”

“Arto” é uma música que não podemos analisar separadamente do disco. Apenas instrumental, ela funciona como o encerramento perfeito para Toxicity, com a banda resgatando suas raízes no Folk armênio com percussão tradicional, cânticos espirituais e colaboração do músico local Arto Tunçboyacıyan. Embora a sonoridade da 15ª faixa destoe de todo o disco, seria injusto deixá-la na última posição pelo seu simbolismo. Ah, e você já reparou que a última nota de “Arto” e a primeira nota de “Prision Song” são as mesmas?!

12. “Forest”

A oitava música de Toxicity traz uma mensagem importante sobre a desconexão das pessoas com a natureza no mundo moderno, e a sonoridade acompanha essa espécie de “ode à natureza” mesclando momentos suaves e belos com explosões de Metal Alternativo. “Forest” é a música mais longa do álbum, mas poderia ser menor.

11. “X”

Muita gente considera essa faixa repetitiva, mas o belo riff que acompanha toda a canção tem o objetivo de “pressionar” o ouvinte, já que ela fala sobre o crescimento descontrolado da população. Com Serj Tankian gritando “nós não precisamos nos multiplicar!”, “X” se tornou uma pérola dos primórdios do Nu Metal.

10. “Psycho”

Mais uma música do disco feita pra pular e cantar junto – isso se você conseguir acompanhar os vocais rápidos de Serj e seu “psycho, groupie, cocaine, crazy!”. “Psycho” tem muita influência do Punk e pitadas de Rock Industrial, e também está entre as mais tocadas pelo System of a Down ao vivo. A faixa tem uma letra excelente e divertida que critica a fama e o estilo de vida das celebridades.

9. “ATWA”

A baladinha que todos estavam esperando chega apenas na nona faixa de Toxicity: é “ATWA”, música com um toque melancólico, mas com um refrão igualmente explosivo em que Tankian grita “você não se importa com como eu me sinto!”. ATWA é o nome de um “manifesto ambientalista” criado pelo infame líder de seita Charles Manson nos anos 1960, e o System usa essa perspectiva para brincar com a relação entre o homem e a natureza.

8. “Science”

A décima faixa de Toxicity subverte uma crítica comum à religião: ela critica as pessoas que ignoram a espiritualidade e tem uma “crença cega” apenas na ciência. “Science” tem riffs complexos e rápidos ao estilo Metal Progressivo, o que se diferencia do restante do álbum e chama atenção do ouvinte.

7. “Needles”

Favorita dos fãs, com muitas reproduções no streaming e presença constante nos shows (326 vezes), “Needles” dá as caras logo como segunda faixa de Toxicity. A música fala sobre o vício em drogas e tem o marcante verso “estou sentado no meu quarto com uma agulha nas minhas mãos”. Novamente a banda misturou Metal com Punk, incluindo uma baladinha mais ao estilo Pop Punk no meio da canção. Destaque para a bela transição com “Deer Dance”, a faixa seguinte.

6. “Deer Dance”

Na terceira faixa, o SOAD abriu as portas definitivamente para o Rock Alternativo, com um riff incrível que tem influências do Stoner e até do Indie Rock. A letra fala sobre violência policial e repressão a manifestações políticas nas ruas. A banda costuma emendar “Deer Dance” com “Needles” nos shows, levando a galera à loucura como aconteceu no Rock in Rio de 2015 – assista abaixo.

5. “Jet Pilot”

Não tem jeito, a sequência “Needles/Deer Dance/Jet Pilot” se complementa perfeitamente. Por mais que muitos fãs rejeitem a quarta faixa de Toxicity e o System não tenha o costume de tocá-la nos shows, não faria sentido rankear “Jet Pilot” antes das outras. O refrão mostra a banda explorando o Speed Metal, com uma das melhores performances de Serj Tankian e suas variações vocais. Já os versos contam com um suíngue excelente e fala sobre a obsessão dos poderosos por guerras.

4. “Prison Song”

Não haveria uma música melhor pra abrir um disco tão icônico. “Prison Song” tem vocais gritados de Serj, riffs estranhos e backing vocals sensacionais de Daron Malakian e toda a velocidade da bateria de John Dolmayan. Com mudanças abruptas de ritmo, do peso para a leveza sem esforço algum, a música fala sobre o sistema prisional e o encarceramento em massa nos Estados Unidos. Está entre as mais tocadas nos shows (308 vezes) e as mais reproduzidas nos streamings.

3. “Aerials”

Sempre vale o aviso que, daqui em diante, a ordem da melhor música depende muito do gosto pessoal de cada um, e certamente “Aerials” é a favorita de muita gente. Trata-se de um clássico, uma faixa linda e pesada que atravessou o tempo com sua mensagem sobre a busca por significado em um mundo materialista: “quando você abdica da mente pequena, liberta a sua vida”.

É a décima quarta e penúltima faixa de Toxicity, e Tankian guardou um dos vocais mais repletos de sentimento para esse momento. Misturando Metal Alternativo com Rock Progressivo, a música conquistou gerações e está no Top 5 das mais ouvidas do System of a Down atualmente.

2. “Chop Suey!”

Em um disco que demora a revelar seus grandes sucessos, “Chop Suey!” é apenas a sexta faixa, mas é de longe a mais reproduzida do System of a Down atualmente, com 1,4 milhões de streamings só no Spotify, contra 982 mil da nossa primeira colocada neste ranking.

Com um clipe simplesmente histórico – assista abaixo -, a música se tornou um marco do Nu Metal no início dos anos 2000 graças à introdução de Daron no violão, os versos explosivos de Serj e um refrão melancólico que fala sobre conflitos internos e autodestruição. Vale a pena conhecer o significado inteiro da letra, que explicamos nesta matéria!

1. “Toxicity”

Por mais que “Chop Suey!” seja a mais famosa, o que seria de um álbum sem a sua faixa-título?! 12ª faixa do álbum, “Toxicity” tem um riff de introdução simplesmente icônico e disruptivo, com uma levada de bateria toda quebrada que sem dúvidas está entre os primeiros ritmos que um baterista iniciante quer aprender a tocar.

A música, que marcou presença em quase todos os shows do SOAD desde então, fala sobre um mundo tóxico e alienado: “em algum lugar entre o silêncio sagrado e o sono, a desordem!”. É o perfeito exemplo da mistura de peso e suavidade como só a banda armênia sabia fazer, com destaque para o breakdown aos 2:40 que chama rodas de bate-cabeça nos shows. Pedrada, medalha de ouro!

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