Morrissey volta a compartilhar teorias da conspiração sobre estar sendo "censurado"

Ao falar novamente sobre o seu comentado mas nunca lançado 14º álbum solo, Bonfire of Teenagers, o polêmico Morrissey mais uma vez sugeriu que vem sendo perseguido pela mídia.

Em uma rara entrevista por e-mail ao Telegraph, o ex-vocalista do The Smiths de 65 anos disse que foi “amordaçado” devido ao nome da faixa-título (“Fogueira de Adolescentes”, em português), que se refere ao ataque terrorista de 2017 que matou 22 pessoas durante o show de Ariana Grande em Manchester, na Inglaterra.

Na conversa para o jornal, Morrissey, comparando o acontecimento com o atentado às Torres Gêmeas nos Estados Unidos em 2001, afirmou ser alvo de censura (via The Guardian):

“O atentado à Manchester Arena foi o nosso 11 de Setembro. Mas, neste nosso triste país, entender o significado completo do ataque é ser culpado, e é por isso que o comando ‘não olhe para trás com raiva’ sempre me pareceu ironia e não convívio em harmonia.”

O comando em questão é uma referência à música “Don’t Look Back in Anger”, do Oasis, pois ela virou uma espécie de hino após o atentado sofrido por Ariana.

Desde então, o hit vem sendo cantado nas ruas como uma forma de pedir a paz e garantir que a raiva não seja combatida com mais raiva. Por isso, a canção do Oasis foi mencionada na letra de “Bonfire of Teenagers”, apresentada ao vivo desde 2022:

“As pessoas bobas cantam ‘Don’t Look Back in Anger’ / E os idiotas balançam e dizem ‘Don’t Look Back in Anger’ / Eu garanto pra você que vou olhar para trás com raiva até o dia em que eu morrer”