Neste 11 de Setembro de 2024, completam-se 23 anos desde os ataques ao World Trade Center, nos Estados Unidos, que espantaram não apenas a cidade de Nova York como o mundo todo em 2001.
Os atos terroristas foram responsáveis por 2.996 mortes e seis mil pessoas feridas, tudo por conta de dois aviões comerciais sequestrados que se chocaram contra as torres gêmeas do WTC naquela terça-feira.
É bom lembrar que justamente por ter acontecido em uma terça-feira, a data carrega vários lançamentos de discos. Afinal, até pouco tempo, esse era o dia da semana oficial para as gravadoras disponibilizarem seus álbuns.
Por conta disso, várias coincidências bizarras cercam a data na música, e relembramos aqui 11 bandas que tiveram discos censurados pelos ataques de 11 de Setembro de uma forma ou de outra.
Leia na sequência.
11 bandas censuradas pelo 11 de Setembro
Jimmy Eat World
Em 2001 o Jimmy Eat World lançou um dos discos mais bem-sucedidos do ano e o melhor de sua carreira, Bleed American.
Lançado em 24 de Julho daquele ano, o álbum tornou-se rapidamente um grande sucesso por conta de músicas como “The Middle” e “Sweetness”, mas precisou ter lotes retirados das lojas para substituição após os ataques.
O nome Bleed American, ou algo como “Sangrar Americano”, obviamente não pegou bem. Tanto que o disco foi disponibilizado novamente como Jimmy Eat World e, aliás, a faixa-título foi rebatizada como “Salt Sweat Sugar”.
Anos depois, no entanto, o disco voltou a ser comercializado com seu nome original.
The Strokes
Outro disco muitíssimo bem sucedido em 2001 foi Is This It, a estreia da banda The Strokes. O álbum contou com várias datas de lançamento, sendo que a primeira delas foi 30 de Julho na Austrália.
Is This It sairia em 25 de Setembro nos Estados Unidos; entretanto, o lançamento passou para 09 de Outubro e havia um motivo bastante crítico para isso.
Sendo de Nova York, a banda escreveu uma música chamada “New York City Cops” e a incluiu no álbum.
O problema é que a letra da canção dizia que os policiais da cidade não eram muito espertos, e isso obviamente não pegaria bem. Afinal de contas, o álbum seria lançado dias depois de vários deles terem resgatado vítimas e/ou perdido a vida após os ataques terroristas de 11 de Setembro.
Uma música chamada “When It Started” substituiu a canção original no álbum, ainda que “New York City Cops” tenha sido lançada depois.
Rammstein
Na véspera dos ataques, em 10 de Setembro, a banda alemã Rammstein lançou um single chamado “Ich Will”.
Seu clipe deveria estrear nos Estados Unidos na noite de 11 de Setembro. No entanto, o vídeo trazia cenas de um ladrão com bombas amarradas no corpo e o bom senso fez com que ele não fosse ao ar.
blink-182
Em Junho de 2001 o grupo de pop-punk lançou o disco Take Off Your Pants and Jacket, e a banda cancelou uma turnê que faria pela Europa para divulgar o álbum por conta dos ataques terroristas.
Além disso, o clipe oficial original de “Stay Together For The Kids” tinha cenas de destruição de um prédio para fazer uma analogia com o divórcio dos pais de Tom DeLonge.
A banda e o diretor Samuel Bayer decidiram que havia muitas semelhanças com a maneira como os prédios do World Trade Center ficaram e resolveram regravar várias cenas.
Shihad
A banda de rock alternativo da Nova Zelândia resolveu mudar o nome de Shihad para Pacifier porque a palavra era semelhante a jihad, termo utilizado pelos muçulmanos para falar de uma “grande guerra”.
Entre 2001 e 2004 o grupo ficou conhecido assim e até lançou um disco chamado Pacifier. Apesar disso, voltou ao nome original algum tempo depois.
30 Seconds to Mars
A banda emo do ator Jared Leto achou melhor alterar a capa do seu primeiro disco de estúdio, homônimo, lançado em Agosto de 2002.
A original teria uma imagem de um piloto sendo ejetado de um avião em chamas. A final, por outro lado, acabou com o retrato de um jovem vestido de piloto.
Dream Theater
Talvez a coincidência mais sombria daquele 11 de Setembro, uma terça-feira onde vários discos foram lançados, seja com um álbum do Dream Theater.
O grupo de Metal Progressivo lançou um disco triplo ao vivo chamado Live Scenes From New York, com músicas gravadas em 30 de Agosto de 2000 no Roseland Ballroom, que fica na cidade.
A capa original do disco mostra parte do skyline de Nova York, incluindo as torres gêmeas, pegando fogo.
Nem é preciso dizer que a banda lançou uma capa alternativa.
Bush
Quem também teve que mudar uma capa de disco foi o Bush, que lançou o álbum Golden State em 23 de Outubro de 2001.
A arte original tinha o desenho de um avião, e a final passou a ter apenas o nome da banda e o título do álbum.
Além disso, o primeiro single do disco se chamava “Speed Kills” e teve seu nome alterado para “The People That We Love”. A banda, inclusive, falou a respeito:
Já que a música fala sobre amor, apreciação e se levantar contra as adversidades, esperamos que essa mudança reflita o nosso desejo de ser parte do alívio que a arte traz em tempos difíceis.
U2, AC/DC, Dave Matthews Band e Red Hot Chili Peppers
Logo após os ataques de 11 de Setembro, várias rádios dos Estados Unidos pararam de transmitir música e passaram a trabalhar em programações com informações sobre vítimas, pontos de ajuda, relatos de sobreviventes e mais.
As que continuaram tocando música passaram a colocar em sua programação canções com mensagens positivas e chegaram a excluir algumas que poderiam ser consideradas inadequadas, como “Sunday Bloody Sunday” do U2 e “Crash Into Me”, da Dave Matthews Band.
Além disso, a Clear Channel, hoje conhecida como iHeartMedia, enviou a todas as suas mais de 1.200 rádios na época, uma lista com 150 canções que entendia que não deveriam ser executadas.
Entre as bandas aparecem nomes como o AC/DC com sete canções, incluindo “Highway To Hell”, e até “Aeroplane”, do Red Hot Chili Peppers.
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