No Rock in Rio, Incubus faz aquecimento para shows solo no Brasil em 2025

O Dia do Rock chegou com tudo no Rock in Rio 2024 e, para os fãs de Rock Alternativo, o grande presente da edição foi mesmo o Incubus. A banda confirmou o que o público já esperava e fez um show espetacular no Palco Sunset, reunindo hits de seus melhores discos da carreira.

O destaque da apresentação foi mesmo o álbum Morning View, que tem sido objeto de celebração por parte do grupo de Brandon Boyd na turnê mais recente. Ainda que não tenham tocado o disco na íntegra, como vem rolando em shows solo, foram 5 músicas da obra de 2001 no repertório – o segundo com maior presença foi Make Yourself, de 1999, com apenas 2.

Em contrapartida, os álbuns mais recentes da banda ficaram de fora. De If Not Now, When… (2011) pra frente, a única aparição foi “Karma, Come Back”, música do EP Trust Fall (Side B), de 2020. Apesar de poder parecer algo negativo, a aura nostálgica acaba sendo um presente para os fãs de longa data – que, convenhamos, devem ser maioria na plateia do Incubus.

Incubus merecia show maior no Rock in Rio

O maior problema do show foi justamente a sua duração, algo que foi exacerbado pelo problema técnico com a guitarra de Mike Einziger no meio da performance. Com tantos sucessos e claramente priorizando um álbum específico, a banda acaba não conseguindo entregar todos seus maiores clássicos no setlist, que você confere ao final da matéria. Ausências notáveis foram as de “Megalomaniac”, “Stellar” e “Love Hurts”, todas bastante queridas pelos fãs.

Por outro lado, a vantagem é o que show não teve um momento sequer de baixa. Mesmo em músicas mais experimentais, como a longa “Sick Sad Little World”, a banda mantinha o calor e não deixava o público desanimar. Já nos momentos mais emotivos, como em “Drive”, era hora de diminuir o ritmo, mas não a intensidade.

O único questionamento a se fazer é a necessidade de trazer algumas covers e jams no repertório. As versões de Phil Collins, Beatles e Portishead embelezam e complementam bem as versões ao vivo de “Are You In?”, “Karma, Come Back” e “Vitamin”, respectivamente, mas certamente boa parte dos fãs diriam que elas poderiam ser deixadas de lado porque um show com duração tão curta merecia mais espaço para músicas próprias.