Depois de se manifestar a favor do fim do X/Twitter no Brasil, Marcelo D2 novamente deu o que falar ao comentar a cultura de ostentação de artistas do Trap no país.
Em entrevista coletiva durante os bastidores do show especial do Planet Hemp com a cantora Pitty neste domingo (15) de Rock in Rio, o músico afirmou que considera uma “armadilha fodida” a ideia de vitória dentro da favela que os trappers brasileiros costumam vender.
Ao citar Emicida no meio de seu discurso, D2 declarou:
“Tem uma coisa que me incomoda um pouco nessa nova geração, que é esse papo da ostentação, acho uma armadilha fodida. Esse papo de que a favela venceu, a favela não venceu não, a favela ainda tá passando fome, sem saneamento básico, sem saúde. A gente ainda tem que lutar muito por isso. Eu acredito muito no que o Emicida falou muito, que a rua ‘é nóis’, não sou eu, ‘é nóis’. Enquanto não for nós, enquanto não for pra todo mundo… Enquanto tiver só um cara no palco do Rock in Rio, não vai valer a pena. A gente não venceu, não”.
Quem concorda aí?
Marcelo D2 critica artistas que escondem problemas
A posição de D2 ganhou o apoio da maioria das pessoas e, nos comentários da publicação da rádio no Instagram, conforme você confere mais abaixo, uma mulher escreveu:
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“Nunca vi uma pessoa tão sensata falar uma coisa certa. Quem vence é quem sai, o que fica morre de fome ainda. Vejo alguns cantarem respeita a favela, favela venceu, não, não venceu, porque os que venceram não voltam para ajudar ninguém, até os amigos são outros, namoradas são outras.”
Outra usuária desafiou quem pensa o contrário a tretar com o vocalista do Planet Hemp:
“Quero ver se alguém vai ter CULHÃO de comprar uma briga com o Marcelo 😂”
Um terceiro comentário investiu em um viés mais político para endossar a crítica de D2:
“A favela nunca venceu e nunca vai vencer enquanto tiver pessoas defendendo os políticos que roubam o dinheiro que iria deixar a favela melhor (saneamento, segurança, educação, emprego com salário bom e etc). Jamais justifiquem o roubo de políticos de direita ou esquerda.”
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