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O relatório da Associação da Indústria Fonográfica da América (RIAA) revela uma tendência inesperada no mercado. Apesar do domínio do streaming, as vendas de CDs continuam crescendo e, no primeiro semestre de 2024, a receita dos discos triplicou a dos álbuns digitais. O formato físico gerou US$236,7 milhões em receita, enquanto os downloads de álbuns digitais arrecadaram apenas US$87,8 milhões.
No total, as vendas físicas, que incluem LPs e CDs, aumentaram 13% em comparação com o ano anterior, atingindo US$994 milhões. A venda de unidades de CDs subiu 3,3%, com 16,8 milhões de cópias vendidas no período. Já os downloads digitais caíram drasticamente, registrando uma queda de 15,7% nas vendas de álbuns e 18,5% em receita, reforçando o enfraquecimento do formato digital.
Fatores que levam ao crescimento das vendas de CDs
A retomada nas vendas de CDs é impulsionada por uma nova geração de consumidores, especialmente aqueles com menos de 35 anos. Essa tendência reflete o interesse crescente dos jovens em possuir mídia física, associada a uma busca por uma experiência mais palpável na música. Além disso, grandes lançamentos de artistas populares, como Taylor Swift, ajudaram a reavivar o formato, despertando o interesse em adquirir cópias físicas de seus álbuns favoritos.
O mercado de vinil também segue em crescimento, com aumento de 17% em receita e 10,7% nas vendas de unidades no primeiro semestre de 2024. O vinil é um dos principais responsáveis pelo aumento nas vendas de música física. Isso mostra uma mudança no comportamento dos consumidores que, além do streaming, buscam adquirir cópias para colecionar ou para um consumo de música com mais qualidade.
Como você já viu aqui no site, o desejo por uma maior qualidade está presente até mesmo no mundo do streaming. Usuários vêm pressionando as plataformas para oferecerem formatos sem perda de qualidade de som.
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Downloads digitais em queda
Por outro lado, os downloads digitais enfrentam um declínio contínuo. No primeiro semestre de 2024, a receita total desse formato caiu 15,8%, alcançando apenas US$189,7 milhões. A venda de músicas individuais registrou US$81,8 milhões, com uma queda de 16,1%. Até mesmo as receitas de ringtones, um segmento que em tempos áureos do iTunes já foi lucrativo, caíram 51,1%.
Enquanto o mercado de streaming continua a dominar, com um aumento de 4% e receita de US$5,7 bilhões, os formatos de downloads digitais parecem estar perdendo relevância no mercado da música, com cada vez mais consumidores migrando para o streaming e para os formatos físicos como os CDs e LPs.
Como você sempre acompanha aqui no TMDQA!, essa tendência também se reflete no mercado europeu, onde as vendas de vinil bateram recordes durante o Natal de 2023, com mais de 250 mil discos vendidos em uma única semana no Reino Unido. Além de Taylor Swift, bandas como os Rolling Stones também contribuíram para esses números expressivos com seus lançamentos.
Os dados confirmam que o vinil tem ainda mais potencial para crescer, tanto em termos de unidades vendidas quanto de receita, em vários mercados ao redor do mundo. E que o CD ainda tem seu valor – em 2024, é de mais de US$200 milhões. Nada mal!
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