10 bandas de Rock que definiram a sonoridade dos Anos 80

Os Anos 80 merecem um destaque especial quando falamos sobre a história da música e, principalmente, quando o assunto é a cena do Rock.

Como muitos sabem, aquele período ficou conhecido como um dos mais criativos e revolucionários na arte. Além dos eletrizantes solos de guitarra, os sintetizadores passaram a surgir no mainstream através de sonoridades que apresentavam batidas eletrônicas com poderosos riffs de guitarra, criando sons inovadores e até novos gêneros, como o New Wave.

Os responsáveis por este novo impulso do Rock foram desde bandas que surgiram na década anterior, como The Cure e Van Halen, a grupos formados no próprio período, mas que foram inspiradas por aquelas que os antecederam.

Aquela era também foi marcada por letras provocativas, com as bandas que estavam nos holofotes – tanto internacionais como nacionais – demonstrando não ter medo de se aventurar em territórios políticos e sociais, usando suas músicas para desafiar qualquer status quo.

Na lista a seguir, você pode conhecer algumas das lendas da música que ajudaram a moldar a sonoridade dos Anos 80 e que lançaram obras que seguem causando euforia nos ouvintes que curtem músicas de Heavy Metal, New Wave, Hard Rock e mais!

10 bandas de Rock que definiram a sonoridade dos Anos 80

1. Metallica

Ao longo dos Anos 80, o Metallica teve um desempenho fenomenal. Depois de ter sido formada em 1981, a banda liderada por James Hetfield apresentou um novo nível de intensidade e técnica à cena do Metal.

Naquela década, o grupo lançou quatro discos, incluindo os aclamados Ride the Lightning e Master of Puppets, que ajudaram a consolidar o Metallica como uma das maiores bandas de todos os tempos. Até hoje, o grupo que ajudou a definir o Thrash Metal segue impressionando seus fãs com seus poderosos riffs acelerados e suas performances enérgicas.

2. Talking Heads

O grupo norte-americano Talking Heads surgiu em 1975, mas viu sua experimentação sonora servindo de inspiração para muitas outras bandas na década seguinte. Além disso, a banda liderada por David Byrne apresentou alguns de seus melhores trabalhos nos Anos 80, como os discos Remain in Light (1980) e Speaking in Tongues (1983).

A banda ficou conhecida como uma das pioneiras do New Wave e foi responsável por misturar este gênero com elementos do Rock, Punk e Afrobeat, criando um som único. A baixista Tina Weymouth foi uma das principais colaboradoras neste processo, combinando o groove de suas linhas de baixo com o uso de um sintetizador.

Além de seu som inovador, o grupo também é lembrado por seus shows teatrais e sua lendária última turnê Stop Making Sense, que recentemente teve seu filme-concerto relançado.

3. The Smiths

Apesar da sua breve trajetória de apenas 5 anos, o The Smiths foi capaz de revolucionar a música e praticamente criar o Indie Rock através de seus quatro discos de estúdio. Depois de dois ótimos lançamentos iniciais, a banda inglesa entrou para a história de vez mostrando seu amadurecimento musical no emblemático The Queen Is Dead.

O terceiro disco de estúdio do grupo mostrou um Morrissey mais inspirado em suas letras e Johnny Marr expondo um trabalho mais elaborado na guitarra, em contraste com os arranjos mais simples dos primeiros álbuns. A faixa-título se tornou um dos maiores clássicos do grupo, com reflexões sobre a decadência social da aristocracia britânica.

4. Pixies

Os Pixies se tornaram uma das bandas mais influentes do rock alternativo depois de ter lançado trabalhos que uniam elementos de punk, surf rock e rock experimental nos Anos 80. O grupo se destacou criando sons que alternavam entre momentos mais calmos e partes mais explosivas, e as letras, frequentemente escritas pelo vocalista Black Francis, costumavam abordar temas pouco convencionais como surrealismo e OVNIs.

Vale destacar que, desde sua formação em 1986, a banda segue a tradição de manter uma mulher assumindo o baixo de suas criações. Kim Deal deixou o grupo após 27 anos de contribuição, mas o cargo foi ocupado rapidamente por Kim Shattuck e, em seguida, pela incrível Paz Lenchantin, que ficou por 10 anos.

No início deste ano, Lenchantin deixou o posto e agora o baixo é comandado por Emma Richardson.

5. Legião Urbana

A Legião Urbana foi responsável por moldar o rock nacional após a sua formação em 1982. O grupo liderado pelo saudoso e icônico Renato Russo marcou a história com suas canções que se dividiam entre versos românticos e faixas repletas de críticas voltadas aos aspectos políticos da sociedade brasileira.

A banda de Brasília foi inicialmente influenciada pelo punk e pós-punk, incluindo elementos destes gêneros nas canções do seu disco de estreia homônimo. Em seguida, apostou em uma sonoridade mais voltada ao folk em seu emblemático segundo álbum, Dois (1986), que apresentou clássicos como “Tempo Perdido”, “Índios”, “Quase Sem Querer”, “Eduardo e Mônica” e “Daniel na Cova dos Leões”.

A mistura entre tudo isso foi tomando cada vez mais forma como algo único, eternizando a Legião na história da música brasileira.

6. Titãs

Os Titãs são considerados uma das bandas de Rock mais aclamadas do Brasil e não é à toa. Depois de terem consolidado seu nome na indústria com um som que unia elementos do Rock com referências do Punk, New Wave, MPB, Grunge e mais, o grupo trouxe (e segue trazendo) experimentações sonoras que desafiam as normas de gêneros musicais.

Em 1986, os Titãs lançaram o elogiado disco Cabeça Dinossauro, um divisor de águas na trajetória da banda. No total, são 17 álbuns de estúdio e, recentemente, o grupo celebrou seus 40 anos de carreira com uma aclamada turnê de reunião.

7. The Cure

O The Cure, liderado pelo icônico Robert Smith, surgiu em 1978 e iniciou sua carreira sendo bastante influenciado pelo Punk. Rapidamente, no entanto, a banda passou a explorar sons mais sombrios e mergulhou em vertentes do Post-Punk e New Wave, se tornando um dos nomes mais influentes do Indie Rock e Rock Alternativo.

No início dos Anos 80, a banda britânica lançou a trilogia de discos Seventeen Seconds, Faith e Pornography, que é considerada por boa parte dos fãs como o ápice da carreira do grupo. Porém, foi a partir de 1985 que as coisas mudaram de vez no quesito sucesso.

O The Cure lançou naquele ano seu sexto disco de estúdio, The Head On The Door, que levou a banda ao mainstream. No ano seguinte, o grupo seguiu aclamado com o relançamento da faixa “Boys Don’t Cry”, original de 1980, e desde então vieram outros diversos sucessos, como “Just Like Heaven”.

8. Van Halen

O Van Halen apresentou um disco de estreia homônimo fenomenal em 1978, mas sua potência continuou reverberando a todo vapor na década de 80, quando o grupo lançou seu álbum 1984 e apresentou aos fãs hits como “Jump” e “Panama”.

O grupo norte-americano formado pelos irmãos Eddie e Alex Van Halen revolucionou o Hard Rock com as técnicas de guitarra inovadoras de Eddie e as performances enérgicas de David Lee Roth. Depois, a entrada de Sammy Hagar fez o grupo encontrar outra sonoridade única e talvez até mais sucesso comercial, provando o poder de uma das bandas mais especiais da história.

9. Duran Duran

Formada em 1978, a banda britânica Duran Duran é conhecida como uma das mais influentes do New Wave. O grupo conquistou esse título ao incorporar uma mistura de rock, pop, funk e música eletrônica em suas canções, e passou a ganhar projeção internacional logo com seu segundo disco de estúdio, Rio, lançado em 1982.

A banda, que segue em atividade, tem 16 discos de estúdio lançados e marcou a história com suas diversas expressões artísticas, que vão desde suas músicas até suas roupas e penteados, clipes inovadores e uso de vídeos em seus shows.

10. Blondie

Em meio à efervescência punk da segunda metade dos anos 70, Debbie Harry roubou os holofotes com o Blondie, que em 1978 alcançou sucesso mundial com o hit “Heart of Glass” e, a partir dali, se tornou um dos ícones do New Wave.

Com experimentações sonoras de diversos tipos em sua carreira, nem mesmo um hiato em 1982 fez o grupo perder relevância. De lá pra cá, são inúmeros artistas influenciados pela maneira como o Blondie usou os recursos que tinha à sua disposição no estúdio, e Debbie se transformou em um verdadeiro ícone, principalmente para as mulheres na música.

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