Lenda do Folk e do Rock

Os 5 discos mais influentes de Bob Dylan

Confira os álbuns que marcaram a carreira do veterano e influente cantor

Bob Dylan
Bob Dylan

Bob Dylan está completando 65 anos de carreira e, ao longo de sua trajetória, o músico norte-americano se tornou um dos mais influentes da história ao transformar a música popular.

Apesar de ter passado por alguns altos e baixos na música – algo normal com um artista que está há tantos anos na estrada – Dylan consolidou seu nome com clássicos que influenciaram diferentes gerações e continuam servindo de inspiração para muitos outros artistas.

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Abraçando as diversas formas de produzir música, Bob ficou principalmente conhecido por explorar o Folk no início de sua carreira e mais tarde se aventurar no Rock, mas sempre incluindo elementos do primeiro gênero ao qual se dedicou.

A partir de suas diversas experimentações e sua talentosa habilidade de composição, Dylan, que aos 83 anos anunciou uma nova turnê, compartilhou com seus fãs uma extensa discografia, que inclui obras apontadas como algumas das melhores de todos os tempos.

Confira a seguir alguns detalhes sobre os 5 discos mais influentes lançados pelo icônico Bob Dylan!

Os 5 discos mais influentes de Bob Dylan

1. The Freewheelin’ Bob Dylan (1963)

Bob Dylan lançou em 1963 seu segundo disco de estúdio, The Freewheelin’ Bob Dylan, considerado uma de suas primeiras grandes obras. Apesar de ainda ter incluído algumas covers, como fez em seu disco de estreia, as músicas originais são os verdadeiros destaques do álbum.

Canções clássicas como “Blowin’ in the Wind” e “Don’t Think Twice, It’s All Right”, contribuíram para que o artista se tornasse um destaque do Folk, além de revelar sua capacidade como compositor e porta-voz do ativismo, com Dylan capturando no disco o espírito do momento em que estava vivendo e apresentando canções de protesto atemporais.

2. Highway 61 Revisited (1965)

Foi com Highway 61 Revisited, lançado apenas cinco meses depois de Bringing It All Back Home, que Dylan marcou sua mudança sonora de cantor acústico Folk para roqueiro. Ainda assim, o álbum também inclui elementos do gênero ao qual se dedicou inicialmente e experimentou com influências do Blues, em letras repletas de poesias surrealistas.

Acompanhado por guitarras em praticamente todas as faixas, comandadas por Mike Bloomfield, o astro abriu o álbum com “Like a Rolling Stone”, música que se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira e uma das faixas mais icônicas de todos os tempos. Outras músicas que também se destacaram no sexto álbum de estúdio do artista foram “Ballad of a Thin Man” e “Just Like Tom Thumb’s Blues”.

Highway 61 Revisited
  • Bob Dylan- Highway 61 Revisited

3. Blonde on Blonde (1966)

O disco Blonde on Blonde encontrou Bob Dylan em seu momento mais expansivo e produtivo, e encerrou a trilogia de obras dedicadas ao Rock gravadas pelo músico entre 1965 e 1966, que começou com Bringing It All Back Home e Highway 61 Revisited.

O trabalho foi um dos primeiros discos duplos da história do Rock e apresentou uma mistura de elementos do gênero com Pop, Folk e Soul. Isso aconteceu em músicas de sucesso como “Rainy Day Women No. 12 & 35”, “I Want You” e “Just Like a Woman”, que o consolidaram como um dos principais compositores da época por conta da complexidade de suas letras.

Pouco tempo depois do lançamento do disco, Dylan se envolveu em um acidente de moto misterioso que o manteve afastado do público por cerca de um ano.

4. Blood on the Tracks (1975)

Em 1975, Dylan compartilhou com os fãs um de seus trabalhos mais confessionais ao lançar o álbum Blood on the Tracks. O disco, considerado por muitos como um de seus melhores, teve como uma das inspirações um momento difícil da vida do cantor: o fim do seu casamento com Sara Lownds.

Com uma produção refinada e letras profundas e melancólicas, é possível ouvir os lamentos e recordações de Dylan sobre seu relacionamento agora inexistente. Apesar do músico negar que suas músicas sejam pessoais, é difícil não sentir sua dor em faixas como “You’re a Big Girl Now” e “If You See Her, Say Hello”.

5. Time Out of Mind (1997)

Após ter passado alguns anos longe dos estúdios de gravação, desiludido com o processo, como apontou em entrevista ao New York Times em 1997, Bob Dylan teve um retorno triunfante com seu álbum Time Out of Mind naquele mesmo ano.

O músico encontrou inspiração e escreveu canções sombrias sobre amor, perda e morte, como os fãs ouviram em “Standing in the Doorway”, “Million Miles” e “Love Sick”. Mas é a faixa “Not Dark Yet”, que fala sobre decepções e amarguras da vida, que consegue representar fielmente o espírito atormentado do disco.

O álbum coproduzido por Daniel Lanois (U2, Neil Young) contou com uma sonoridade ao melhor estilo anos 50, resultado de uma experimentação com diversos músicos – incluindo dois bateristas – em um estúdio e microfones espalhados no local. Time Out of Mind recebeu três prêmios Grammy em 1998, incluindo o de Álbum do Ano.

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