Se tem uma coisa que não para de mudar é a música! Nas últimas duas décadas, vimos surgir uma porção de novos gêneros e subgêneros que misturam todo tipo de influência, quebrando regras e surpreendendo os fãs de música.
Com a internet, artistas do mundo todo passaram a experimentar e criar sons que desafiam qualquer rótulo, desde o som futurista do Hyperpop até as batidas introspectivas do Cloud Rap.
Aqui no Brasil, o cenário também ferveu com estilos que mesclam o que há de melhor das nossas raízes com tendências gringas, como o Trap Funk, o Funk 150 BPM e a Pisadinha. Então, resolvemos listar alguns desses gêneros musicais que despontaram nos últimos 20 anos e que você precisa conhecer!
Hyperpop (2010s)
O Hyperpop surgiu como uma reação ao pop convencional, exagerando seus elementos de forma quase caricatural. Caracteriza-se por vocais distorcidos, batidas eletrônicas aceleradas e uma fusão de gêneros como EDM, Trap, e Pop. Artistas como SOPHIE e 100 gecs lideraram esse movimento, trazendo uma nova estética sonora e visual. O gênero subverte o pop tradicional com uma abordagem maximalista e futurista, desafiando as normas da música comercial.
Faixas-destaque: “money machine” – 100 gecs e “Immaterial” – SOPHIE
Trap (2000s)
O Trap começou como um subgênero do rap no sul dos Estados Unidos, com artistas como T.I., Young Jeezy e Gucci Mane moldando o estilo. Caracterizado por batidas pesadas, sintetizadores sombrios e letras que refletem a realidade das ruas e do tráfico de drogas, o trap rapidamente se tornou um fenômeno global. No final dos anos 2010, o gênero se diversificou, influenciando desde o pop até a música eletrônica, com artistas como Travis Scott e Future ampliando seu alcance. No Brasil, o trap ganhou força com nomes como Matuê e Jovem Dex, que trouxeram uma pegada única e ajudaram a popularizar o estilo no país.
Faixas-destaque: “Mask Off” – Future, “I KNOW?” – Travis Scott e “Kenny G” – Matuê
Cloud Rap (2010s)
O Cloud Rap é um estilo de rap atmosférico, onde as batidas são mais suaves e etéreas, criando um som introspectivo e “flutuante”. Popularizado por artistas como Lil B e Yung Lean, o gênero mistura batidas lo-fi e sintetizadores ambientes com letras frequentemente existenciais e melancólicas. A estética visual do Cloud Rap também é influenciada por temas nostálgicos e referências à cultura da internet.
Faixas-destaque: “Leanworld” – Lil B e “Ginseng Strip 2002” – Yung Lean
Kawaii Future Bass (2010s)
Misturando os elementos melódicos do Future Bass com a estética vibrante e colorida da cultura kawaii japonesa, esse estilo musical é caracterizado por batidas leves, sintetizadores alegres e samples de anime ou cultura pop japonesa. Artistas como Snail’s House trouxeram essa sonoridade inovadora, criando uma experiência auditiva que mistura inocência e complexidade eletrônica.
Faixas-destaque: “Pixel Galaxy” – Snail’s House e “Hot Milk” – Ujico*/Snail’s House
Drill (2010s)
Originário de Chicago, o Drill explodiu na cena musical com batidas pesadas e letras realistas que falam sobre a violência das ruas. Conhecido por sua sonoridade sombria e agressiva, o Drill rapidamente se expandiu para o Reino Unido, onde ganhou popularidade com artistas como Headie One e Central Cee. O estilo se tornou uma das vozes mais importantes do hip-hop contemporâneo, retratando a vida urbana de forma crua e sem filtros.
Faixas-destaque: “I Don’t Like” – Chief Keef e “No Better” – Headie One
Future Funk (2010s)
Nascido a partir do Vaporwave, o future funk trouxe uma nova vida aos sons disco e funk dos anos 70 e 80, combinando-os com batidas eletrônicas modernas. O gênero é marcado por samples pesados de músicas antigas, recontextualizadas em uma estética otimista e festiva. Artistas como Yung Bae e Saint Pepsi são conhecidos por trazer essa nostalgia embalada em ritmos dançantes.
Faixas-destaque: “Killin’ Time” – Yung Bae e “Private Caller” – Saint Pepsi
Funk 150 BPM (2010s)
O funk carioca já existia, mas a partir da década de 2010 surgiu o Funk 150 BPM, uma variação acelerada do funk tradicional, com batidas mais rápidas e intensas. O estilo foi criado pelo DJ Polyvox e rapidamente se tornou popular nos bailes e festas do Rio de Janeiro, expandindo-se para todo o Brasil. A batida mais acelerada trouxe uma nova energia ao funk, influenciando novos artistas e subgêneros dentro do movimento.
Faixas-destaque: “Bololo Haha” – MC Rick e “Sentadão” – Pedro Sampaio
Vaporwave (2010s)
Vaporwave é uma crítica e homenagem à cultura de consumo dos anos 80 e 90, com uso pesado de samples desacelerados de comerciais, jingles e canções pop da época. Sua estética lo-fi e a aura nostálgica criam uma experiência auditiva introspectiva e surreal, enquanto suas raízes na internet o conectam a temas de capitalismo e tecnologia.
Faixas-destaque: “リサフランク420 / 現代のコンピュー” – Macintosh Plus e “Nobody Here” – Oneohtrix Point Never
Arrocha Universitário (2000s)
Embora o arrocha tenha surgido nos anos 2000, na última década ele evoluiu e deu origem ao Arrocha Universitário, que mistura elementos do arrocha tradicional com o sertanejo universitário. Esse gênero conquistou um público jovem e expandiu a popularidade do arrocha, mantendo sua característica de baladas românticas e sons mais melódicos.
Faixas-destaque: “Vidinha de Balada” – Henrique & Juliano e “Você Partiu Meu Coração” – Nego do Borel, Anitta, Wesley Safadão
Reggaeton Pop (2010s)
O Reggaeton, que já era popular nas ruas de Porto Rico, explodiu internacionalmente na década de 2010, quando começou a incorporar elementos de pop, eletrônica e hip-hop. Hits globais ajudaram a elevar o gênero, fazendo do Reggaeton um dos estilos mais escutados no mundo. Artistas como J Balvin e Karol G ajudaram a levar o Reggaeton Pop para o mainstream global.
Faixas-destaque: “Mi Gente” – J Balvin & Willy William e “Tusa” – Karol G & Nicki Minaj
Trap Funk (2010s)
O Trap Funk é um subgênero musical que combina a base instrumental do trap com as batidas e o ritmo do funk carioca. Ganhou destaque no Brasil a partir do final dos anos 2010, mesclando influências urbanas dos Estados Unidos e do Brasil. Essa mistura se reflete nas letras que falam sobre as vivências nas periferias, e nos beats que trazem graves marcantes e a clássica batida 808.
Faixas-destaque: “Plaqtudum” – MC Taya e “Eu Te Avisei” – MC Cabelinho
Pisadinha (2000s)
A Pisadinha emergiu como uma variação eletrônica do forró e ganhou grande popularidade nas regiões norte e nordeste do Brasil. Ela combina o ritmo tradicional do forró com elementos de música eletrônica e teclados sintetizados, criando um som dançante e divertido. Artistas como Os Barões da Pisadinha ajudaram a consolidar o estilo, que rapidamente se espalhou pelo país.
Faixas-destaque: “Tá Rocheda” – Os Barões da Pisadinha e “Recairei” – Os Barões da Pisadinha
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