Leia as explicações dos desafetos do Green Day

5 artistas e bandas que odeiam o Green Day

De ícones do Britpop a lendas do Punk, banda acumula alguns desafetos ao longo da carreira

American Idiot Green Day
Imagem: Divulgação

O Green Day é um dos grupos mais influentes do movimento Punk Rock e foi um dos responsáveis por renovar o interesse das grandes gravadoras e o apelo mainstream do gênero.

Apesar de ter sido muito aclamado e ter marcado as gerações da década de 90 e do início dos anos 2000, o grupo californiano, que continua atraindo uma multidão por onde passa, também recebeu algumas críticas de artistas da cena ao longo de sua trajetória.

Desde que lançaram seu terceiro álbum de estúdio Dookie em 1994, o grupo formado por Billie Joe Armstrong (guitarra/vocais), Mike Dirnt (baixo) e Tré Cool (bateria) gerou controvérsias na comunidade do Punk Rock, com alguns artistas argumentando que a banda estava se vendendo.

Eles viram esta situação se repetir após o lançamento do emblemático American Idiot de 2004, descrito pela banda como uma ópera-rock. Ao mesmo tempo em que o Green Day via sua ascensão e consolidação do seu nome na indústria, a intensidade dos comentários de seus desafetos aumentava.

A seguir, você pode conferir alguns comentários reunidos pelo Far Out de artistas que já demonstraram seus descontentamentos com o Green Day!

5 artistas que odeiam o Green Day

John Lydon (Sex Pistols)

John Lydon é considerado um dos símbolos do movimento Punk por conta do trabalho marcante de sua banda Sex Pistols, mas nunca demonstrou nenhum apreço pela grupo liderado por Billie Joe Armstrong.

Uma das falas mais duras do músico em relação à banda aconteceu em 1996, quando o Green Day estava sendo definido como um dos maiores grupos punk da época. Ao ser questionado pela MTV sobre o que os Sex Pistols poderiam oferecer ao jovens fãs de punk que o Green Day não poderia, ele ironizou:

“Um grande pau. Não, você viu imitadores, é isso que você viu. E você se contentou com isso, e acha que é disso que se trata. Bem, não é. É um pouco mais. É chamado de conteúdo, que é algo que nenhum desses punheteiros de terceira têm.”

Armstrong não deixou baratas as críticas feitas por Lydon e decidiu provocar a banda no ano seguinte. Apesar de dizer que sua banda não poderia ter existido sem os Sex Pistols, o vocalista garantiu que o grupo dono do hit “God Save the Queen” não teria sido capaz de fazer seu trabalho sem grupos como eles.

Ao aparecer no programa de rádio de Steve Jones, Lydon mais uma vez soltou o verbo contra o grupo:

“São uns idiotas bobos e cafonas como o Green Day que chegam e acham que bajulando esse sistema você está, de alguma forma, ‘vencendo o sistema’. Você não está. Você se tornou parte dele. Nós tornamos fácil para eles entrarem e roubarem nossas coisas de nós — o que é bom, é legal, mas eles são crianças ricas, gordas e bobas”.

Mesmo com os anos passando e o Green Day seguindo com uma importante banda da cena Punk Rock, John Lydon continuou expressando seu ódio pelo grupo. Em 2011, ele reforçou sua posição ao LA Times:

“Para mim, eles são como cabides, e não ganharam o direito, não ganharam o diploma, para usar o manto do punk. Eles não tiveram que passar pela violência, pelo ódio e pela animosidade que nós, rapazes, tínhamos que aturar antigamente. Tivemos que lutar por cada passo. Não acho que fiz nada de bom se isso acabar com o Green Day na Broadway.”

Noel Gallagher

Noel Gallagher sempre demonstrou seu apreço pela primeira onda do Punk e já apontou que o Sex Pistols influenciou diretamente o Oasis. Dono de fortes opiniões sobre o que o Punk deveria ser, Gallagher descreveu American Idiot como uma “praga corporativa” para o gênero.

Em 2006, o cofundador do Oasis alegou ainda que a música “Boulevard of Broken Dreams”, que integra o disco de 2004 da banda de Armstrong, apresenta a mesma progressão de acordes que o hit de seu grupo, “Wonderwall”. Ele declarou:

“Eles se consideram uma banda de rock and roll foda. Não poderiam ser mais bundões se tentassem. Eles são obviamente uma banda punk corporativa – e roubaram uma das minhas músicas! Eles deveriam pelo menos ter a decência de esperar até que eu morra.”

O blink-182 e o Green Day pegaram a estrada juntos em 2002 para apresentar pelos EUA a turnê Pop Disaster Tour, que serviu como uma demonstração de união entre as bandas que eram constantemente acusadas de ter uma certa rivalidade. Porém, parece que o clima acabou ficando um pouco estranho entre os grupos depois da turnê.

Em uma sessão de perguntas e respostas promovida pela Kerrang!, um fã fez uma pergunta maliciosa para Mike Dirnt e Tré Cool questionando se em algum momento da turnê eles olharam para o blink e pensaram: “nós já fomos bons assim”.

Cool imediatamente perguntou retoricamente se o fã tinha visto a banda de San Diego ao vivo e Dirnt acrescentou que, apesar de ter gostado do blink no início da carreira, achava a banda “irritante” naquele momento por conta da banalização gerada por eles e pelo NOFX com relação ao punk rock em geral.

Alguns anos depois, Tom DeLonge comentou seu lado da história apontando que o problema do blink era com o baterista do Green Day e não com os outros integrantes. Ele alegou que Cool se encontrava “fora de si” e era “levemente retardado”. Palavras dele…

Third Eye Blind

O que era para ter sido uma brincadeira da parte da banda californiana Third Eye Blind com o Green Day durante o festival KROQ Weenie Roast de 1988 parece ter criado um conflito entre integrantes dos grupos.

Relatos da época apontam que o baixista do 3EB, Arion Salazar, correu até o palco para abraçar Mike Dirnt enquanto o Green Day tocava. Porém o segurança teria segurado o músico alcoolizado e Dirnt teria chutado Salazar enquanto ele estava imobilizado.

Um fã que supostamente presenciou o que aconteceu após o show apontou que Dirnt estava furioso quando procurou por Salazar e uma briga começou. Em seguida, o baixista foi atingido com uma garrafa em sua cabeça que o levou ao hospital com uma fratura no crânio, mas até hoje não se sabe se foi o integrante do Third Eye Blind ou um fã que agrediu o músico.

Arion chegou a divulgar uma declaração pedindo desculpas a Dirnt por ter desencadeado uma série de eventos que culminaram em seu ferimento. Após o clima ter esfriado, o vocalista do 3EB, Stephan Jenkins, disse que outra pessoa foi responsável por machucar Dirnt.

Liam Gallager

Assim como seu irmão Noel, Liam Gallagher também já demostrou sua aversão ao Green Day. Em entrevista a Tim Shiel da rádio Double J, o apresentador comentou que outros ótimos discos também estavam comemorando seus 25 anos de lançamento em 2019, assim como o icônico Definitely Maybe do Oasis.

Porém, Liam rapidamente apontou que ele que iria definir se os álbuns seriam uma boa companhia ou não. Após tocarem a introdução de “Longview”, do disco Dookie, o integrante do Oasis se manifestou:

“Eu também não vou aceitar [essa]. Não, não, não. Punks de mentira. Nada pior.”

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