Muito além do palco

Rock in Rio: quanto vale o show?

Em 2022, o festival pagou cerca de R$10 milhões ao ECAD por direitos autorais

Logo do Rock in Rio
Foto: Divulgação

O Rock in Rio é um dos maiores festivais do mundo, e vai muito além das performances no palco. Em 2022, o festival pagou cerca de R$10 milhões ao ECAD pelos direitos autorais das músicas tocadas, uma média de R$1,4 milhão por dia. Em 2024, esse valor pode chegar a R$2 milhões diários.

Cerca de 85% desse montante é distribuído para compositores e editoras, sendo que 70% vai para as músicas executadas no Palco Mundo, o palco principal do evento. O Palco Sunset fica com 20%, e os demais palcos dividem os 10% restantes.

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Um ponto importante é que esse pagamento de direitos autorais é separado do cachê que os artistas recebem. Aqueles que apresentam suas próprias composições acabam recebendo também pelo ECAD, além do pagamento por sua performance.

Emissoras também pagam na transmissão do Rock in Rio

Além dos direitos pagos diretamente pelo festival, as emissoras de TV que transmitem o evento, como o Multishow, também são obrigadas a contribuir com um percentual de seu faturamento para o ECAD. Isso aumenta ainda mais a receita destinada aos titulares de direitos autorais, especialmente em um evento da magnitude do Rock in Rio, que atinge milhões de telespectadores.

Outro aspecto que muitas vezes é esquecido, mas é igualmente relevante, é a exposição que o evento proporciona.

O impacto do festival não se limita aos palcos: a visibilidade gerada pela transmissão e pelas redes sociais impulsiona diretamente o número de streamings e downloads dos artistas. Além disso, essa exposição abre portas para que os músicos sejam contratados por marcas para campanhas publicitárias e outros eventos. Ou seja, o Rock in Rio tem um papel fundamental não só na distribuição de cachês e direitos autorais, mas também no crescimento da carreira dos artistas.

Portanto, ao discutir sobre o valor dos shows no Rock in Rio, é importante ir além do que é visto no palco e considerar todo o ecossistema que envolve os direitos autorais. Esse festival continua a ser um catalisador não só de experiências ao vivo, mas também de remuneração e oportunidades para os artistas, compositores e editoras.

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