O KISS quer inovar novamente e a banda está prestes a inaugurar uma fase inédita não apenas na sua carreira, como na indústria da música.
Com o fim das suas turnês ao vivo e a venda de seu catálogo, que inclui músicas e ainda os direitos de imagem, a banda liderada por Paul Stanley traça uma nova rota de negócios no cenário digital. Em 2027, o grupo planeja uma temporada em Las Vegas com uma proposta que promete revolucionar o formato dos shows virtuais.
Com o avanço da tecnologia e a colaboração de empresas como a Industrial Light & Magic, responsável por efeitos em filmes de grande sucesso, o KISS está reimaginando o conceito de performance digital.
Agora, em uma entrevista ao podcast Behind the Setlist, Stanley destacou que não está interessado em meras simulações ou hologramas. A ideia da banda é oferecer uma experiência imersiva, que vai além do modelo tradicional de shows virtuais, abrindo novas possibilidades para o setor.
Paul Stanley fala sobre temporada em Las Vegas e a aposta no digital
Las Vegas foi escolhida como o local ideal para essa nova fase da banda. A cidade, conhecida por sua capacidade de atrair grandes produções e residências lucrativas, oferece a estrutura perfeita para um empreendimento dessa magnitude. A proposta do KISS é criar um espetáculo único, utilizando a mais alta tecnologia disponível, o que permitirá um show que não dependa da presença física dos integrantes.
Paul Stanley definiu, sem meias palavras:
“Será uma experiência imperdível. Vamos além do que qualquer pessoa possa ter imaginado”.
Essa empreitada é vista como uma continuação do pioneirismo que sempre caracterizou a banda. Desde a maquiagem icônica até a construção de uma imagem que vai além da música, o KISS se consolidou como um dos maiores nomes da cultura pop mundial.
A venda de seus direitos de imagem para a Pophouse — a mesma empresa por trás do sucesso do ABBA Voyage — reforça o potencial lucrativo do grupo. O show planejado para Las Vegas é um desdobramento natural desse processo, segundo Paul Stanley.
Continua após o vídeo
KISS e a reinvenção dos shows digitais
O KISS não está apenas replicando o modelo de shows holográficos. Segundo Stanley, o objetivo é oferecer uma experiência que supere o que já foi feito. O sucesso do ABBA, que atraiu multidões para uma arena criada especialmente para o show em Londres, mostrou que há um mercado crescente para performances virtuais de alto investimento.
Essa movimentação do KISS reflete um novo olhar sobre o futuro da indústria musical. Com o avanço das tecnologias de realidade aumentada e outros formatos digitais, o show em Las Vegas não será apenas uma atração para os fãs, mas uma vitrine para o futuro dos espetáculos de entretenimento.
Precursores dos shows digitais e o impacto na indústria
A utilização de tecnologia digital para recriar artistas em performances ao vivo não é uma novidade completa, mas vem ganhando força com o passar dos anos.
Um dos primeiros casos de grande destaque foi o holograma de Tupac Shakur no festival Coachella, em 2012. Essa apresentação marcou o início de um novo formato de shows que exploram a imagem de artistas falecidos ou impossibilitados de estar presentes. Outro exemplo marcante foi o holograma de Whitney Houston, que realizou uma turnê digital anos após sua morte, atraindo tanto curiosidade quanto críticas sobre o uso dessas tecnologias.
Porém, nenhuma dessas experiências atingiu o nível de inovação e investimento que o ABBA Voyage conseguiu em 2022. A banda sueca foi recriada digitalmente, permitindo que os integrantes “mais jovens” se apresentassem ao vivo em uma arena dedicada exclusivamente a essa produção em Londres. Esse show, que combina elementos virtuais com performances ao vivo, estabeleceu um novo padrão para o que pode ser feito em termos de espetáculos digitais, gerando milhões em receita e atraindo audiências de todas as partes do mundo.
Com o KISS de Paul Stanley se preparando para seguir por um caminho semelhante, mas com uma proposta que promete ir além dos hologramas convencionais, a expectativa é que a banda abra novas portas para outros artistas.
À medida que a tecnologia avança, o conceito de show digital evolui, mostrando que o futuro da música ao vivo pode estar em plataformas que reúnem o real e o virtual de formas até então impensáveis.
OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! CLASSICS
Clássicos incontestáveis do Rock And Roll e da Música Brasileira aparecem nessa seleção especial do Tenho Mais Discos Que Amigos! Siga a Playlist TMDQA! Classics e aproveite para viajar no tempo com muita nostalgia. Aproveite e siga o TMDQA! no Spotify!