Banda investe em experiência digital multimilionária em Las Vegas

Paul Stanley diz que futuro do KISS será “além de tudo que já imaginaram”

"um show simulado não é o que queremos fazer. Sinceramente acharia isso um porre", diz o vocalista

Paul Stanley, do KISS, em 2012
Foto de Paul Stanley via Shutterstock

O KISS quer inovar novamente e a banda está prestes a inaugurar uma fase inédita não apenas na sua carreira, como na indústria da música.

Com o fim das suas turnês ao vivo e a venda de seu catálogo, que inclui músicas e ainda os direitos de imagem, a banda liderada por Paul Stanley traça uma nova rota de negócios no cenário digital. Em 2027, o grupo planeja uma temporada em Las Vegas com uma proposta que promete revolucionar o formato dos shows virtuais.

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Com o avanço da tecnologia e a colaboração de empresas como a Industrial Light & Magic, responsável por efeitos em filmes de grande sucesso, o KISS está reimaginando o conceito de performance digital. 

Agora, em uma entrevista ao podcast Behind the Setlist, Stanley destacou que não está interessado em meras simulações ou hologramas. A ideia da banda é oferecer uma experiência imersiva, que vai além do modelo tradicional de shows virtuais, abrindo novas possibilidades para o setor.

Paul Stanley fala sobre temporada em Las Vegas e a aposta no digital

Las Vegas foi escolhida como o local ideal para essa nova fase da banda. A cidade, conhecida por sua capacidade de atrair grandes produções e residências lucrativas, oferece a estrutura perfeita para um empreendimento dessa magnitude. A proposta do KISS é criar um espetáculo único, utilizando a mais alta tecnologia disponível, o que permitirá um show que não dependa da presença física dos integrantes.

Paul Stanley definiu, sem meias palavras:

“Será uma experiência imperdível. Vamos além do que qualquer pessoa possa ter imaginado”.

Essa empreitada é vista como uma continuação do pioneirismo que sempre caracterizou a banda. Desde a maquiagem icônica até a construção de uma imagem que vai além da música, o KISS se consolidou como um dos maiores nomes da cultura pop mundial. 

A venda de seus direitos de imagem para a Pophouse — a mesma empresa por trás do sucesso do ABBA Voyage — reforça o potencial lucrativo do grupo. O show planejado para Las Vegas é um desdobramento natural desse processo, segundo Paul Stanley.

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KISS e a reinvenção dos shows digitais

O KISS não está apenas replicando o modelo de shows holográficos. Segundo Stanley, o objetivo é oferecer uma experiência que supere o que já foi feito. O sucesso do ABBA, que atraiu multidões para uma arena criada especialmente para o show em Londres, mostrou que há um mercado crescente para performances virtuais de alto investimento.

Essa movimentação do KISS reflete um novo olhar sobre o futuro da indústria musical. Com o avanço das tecnologias de realidade aumentada e outros formatos digitais, o show em Las Vegas não será apenas uma atração para os fãs, mas uma vitrine para o futuro dos espetáculos de entretenimento. 

Precursores dos shows digitais e o impacto na indústria

A utilização de tecnologia digital para recriar artistas em performances ao vivo não é uma novidade completa, mas vem ganhando força com o passar dos anos.

Um dos primeiros casos de grande destaque foi o holograma de Tupac Shakur no festival Coachella, em 2012. Essa apresentação marcou o início de um novo formato de shows que exploram a imagem de artistas falecidos ou impossibilitados de estar presentes. Outro exemplo marcante foi o holograma de Whitney Houston, que realizou uma turnê digital anos após sua morte, atraindo tanto curiosidade quanto críticas sobre o uso dessas tecnologias.

Porém, nenhuma dessas experiências atingiu o nível de inovação e investimento que o ABBA Voyage conseguiu em 2022. A banda sueca foi recriada digitalmente, permitindo que os integrantes “mais jovens” se apresentassem ao vivo em uma arena dedicada exclusivamente a essa produção em Londres. Esse show, que combina elementos virtuais com performances ao vivo, estabeleceu um novo padrão para o que pode ser feito em termos de espetáculos digitais, gerando milhões em receita e atraindo audiências de todas as partes do mundo.

Com o KISS de Paul Stanley se preparando para seguir por um caminho semelhante, mas com uma proposta que promete ir além dos hologramas convencionais, a expectativa é que a banda abra novas portas para outros artistas.

À medida que a tecnologia avança, o conceito de show digital evolui, mostrando que o futuro da música ao vivo pode estar em plataformas que reúnem o real e o virtual de formas até então impensáveis.

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