Gene Simmons usa racismo para explicar por que não liga de ser chamado de babaca

Em entrevista recente para o podcast no YouTube Really Famous, apresentado por Kara Mayer Robinson, Gene Simmons, ex-baixista do KISS, falou sobre a sua fama de “babaca” (“asshole”, em inglês) e disse não se incomodar nem um pouco quando usam o termo para se referir a ele.

Inclusive, o músico de 75 anos até lembrou que lançou seu segundo álbum solo sob o título Asshole (2004) e ainda fez uma comparação de péssimo gosto com o racismo para explicar por que não liga quando é chamado de babaca (via MetalInjection):

“Eu diria que há alguns — pode ser um grande número, pode não ser — que acham que sou um babaca. Na verdade, chamei meu segundo álbum solo de ‘Asshole’, o que, eu pensei, era semelhante a pessoas negras tomando posse da palavra com ‘n’ [em referência a um termo racista quando dito por pessoas brancas nos EUA]. E pessoas gordas, pessoas acima do peso, pessoas obesas, tomando posse disso, para que você diminua o impacto disso. Eu não tenho problema em ser rotulado ou considerado um babaca, porque eu sei quem eu sou.”

Na sequência, Simmons, reforçando suas ações de caridade, provou sua sinceridade ao dizer que está na indústria por causa do dinheiro:

“E há outras pessoas que pensam: ‘Você só faz isso por dinheiro’. E minha resposta é — claro. Por que não sou igual a todo mundo já que quase todos os empregos na face do planeta são realizados por pessoas que não gostam do emprego que têm, e a única razão pela qual estão fazendo isso é para poder ganhar dinheiro para alimentar suas famílias e colocar um teto sobre suas cabeças? Apenas por dinheiro. Ninguém quer cavar valas em uma rodovia. O prédio em que estamos, alguém teve que construir. Eles fazem isso todos os dias. Eles vão trabalhar, fazem a mesma coisa todos os dias, das nove às cinco, cinco dias por semana. Junte-se ao sindicato ou não, e quebre as costas e nunca fique rico, apenas para poder… ‘Essas são pessoas honestas.’ Por que não posso ser também?

O fato de que ganho mais dinheiro? Mas também faço doações para a filantropia. E, a propósito, não é da sua conta quem, o quê ou onde. Não estou tentando impressionar você ou não. Eu sei quem eu sou. E talvez essa seja a melhor coisa a fazer na vida, é apenas se sentir confortável em sua própria pele, porque nem todo mundo gosta de Jesus também.”